53- Meu medo I

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 O jantar não podia ser pior do que esperado?bom, conseguiu ser. Lá estava Osamu sentado numa mesa com a mãe e um homem que nunca viu na vida, mas que se achavam no direito de impor como novo pai do rapaz que nunca iria conseguir aceitar algo assim. O cachorro, Cerbero, ficou sentado ao lado do homem, proximo de Osamu e o cachorro parecia o encarar tanto que o Miya podia dizer estar sendo julgado e vigiado.

— Então eu soube por sua mãe, que você toca violino muito bem. É mesmo o melhor da turma?—Aparentemente ele sabia só o que a mãe do garoto o ensinou.

— Melhor da turma é uma palavra forte, sou um dos melhores, mas não sou o melhor. Todos são bons lá.

—Osamu, e des de quando se compara com os outros ou os deixa se sairem a seu nivel? não foi isso que o ensinei.—Ela nem imaginava como as coisas tinham mudado, não é?

— Eu não estou mais no ensino fundamental, só tem aulas no meu campus quem tem talento.

—Osamu Miya! não fale comigo como se eu não soubesse das coisas!

Ela reclamou e ele ficou calado apenas para não ouvir mais daquele tom raivoso de sua mãe. O homem não falava muito ou demonstrava ser contra aqueles curtos discursos ou os pensamentos que a mulher tinha. Talvez   pensassem igual ? bom, para aguentar uma mulher daquelas, só pensando igual mesmo...


— Quando chegamos e estavamos olhando a casa vimos dois quartos em uso, mora com mais alguém?

Aquilo pegou Osamu de surpresa. Sua mãe sabia que por um tempo o loiro morou com ele, mas não que ainda continuava e se viu o quarto então era muito mais do que obvio que ele continuava. Ela não falou nada de Atsumu para Klaus? 

—Eu...

Ele já iria dizer sobre o irmão quando sua mãe tomou frente e respondeu por ele. Pelo que ouviu e entendeu, ela não falou mesmo e tão pouco queria. Era exatamente como pensou, sua mãe realmente não considerava mais Atsumu um filho des que o pegou com aquele garoto na sala quando ele era mais novo. No final, ela não mudou em relação a aquilo, fez bem em tirar o irmão da casa.

— Ele as vezes recebe um primo, esqueci de mencionar quando vimos o quarto. Osamu sempre foi muito prestativo.

— Oh, então você realmente é  atencioso, assim como sua mãe. —O homem sorriu e Osamu forçou um pequeno sorriso como resposta. Eles continuaram comendo enquanto algo não saia da cabeça do mais novo da mesa; como aquilo acabou assim?

— Posso saber como se conheceram?

Aquilo despertou uma expressão de agrado em sua mãe.

— Klaus e eu nos conhecemos no meu trabalho a um mês atrás.

Naquele exato momento a comida quase saiu pela boca do de cabelos cinzas que começou a tossir por se engasgar, pegando o copo de refrigerante para engolir. MAS QUE PORRA É ESSA? QUEM QUE FICA NOIVA DE UM CARA QUE CONHECEU A UM MÊS ATRÁS?!

— Desculpe?!escutei bem, um mês?!

—  Sabe como é, o amor a primeira vista é realmente algo lindo.

Ele disse com um sorriso meigo, levando uma mão até a da mãe do rapaz a segurando. Osamu achou aquilo tão tosco, tão ridiculo. Amor a primeira vista? me poupe, eles só podiam estar brincando ou realmente loucos!

— Quando eu e Klaus nos encontramos sentimos e sabiamos que eramos as pessoas certas um para o outro. Não tinha melhor.

— Mas a ponto ...quer saber, deixe pra lá.

Vanilla - OsasunaOnde histórias criam vida. Descubra agora