∞A verdade ∞

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"A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial."

William Shakespeare














Os anos não foram gentis com a família na qual agora faço parte, a nossa vida padrão já era muito difícil pôr si só, éramos criados para ser sobreviventes, e para estar prontos para qualquer mudança súbita ou para qualquer tipo de guerra, mas nada se comparava a essa nova vida, agora a fome e os impulsos ampliados, não eram nada perto dos inimigos que a vida nos deu.
Durante os anos fomos caçados, por Mikael que voltou dias depois da nossa partida e encontrou as flores secas e a natureza já fazendo seu trabalho e cobrindo com grama nova o pedaço de terra, onde enterramos Esther, ele sabia o que acontecera, por isso passou a nos perseguir, no começo ele perseguia apenas Klaus, mas após tanto termos o enganado, ele se irritou e decidiu que era melhor acabar com todo mal, e não apenas o pior deles em seu ponto de vista.
Parte da sua decisão também veio do rastro que nós deixamos no começo da nossa vida como vampiro, destruirmos Vilas inteiras por conta da nossa fome, a nossa fuga também fez com que alguns inimigos passassem a nos perseguirão também, parte das vezes que fomos achados, foi por conta de um rastro de sangue por todo mundo.

Por conta disso as coisas começaram a mudar, Kol se tornou imprudente, não tinha a mínima vontade de controlar sua fome, eu não se importava em matar em público ou não, ele gostava da sensação de ser temido, e do respeito que o medo causava, mas isso custava sempre uma fuga rápida, de um lugar que poderíamos viver por anos e criar raízes antes de Mikael nós acharmos.

Finn era contra toda essa situação, ele não só foi um dos primeiros a controlar a fome, mas também foi o primeiro de nós desistirmos da fuga, mesmo lutando contra sua vontade e seus ideais por anos, em algum momento, fugir, ficar preso, repetir tudo novamente, parou de fazer sentido para ele, mas devo admitir que ele resistiu o máximo que pode para não quebrar a promessa de sempre e para sempre, mesmo sendo contra a tudo o que a nossa condição gerou, ele ainda amava os irmãos, porém ele amava muito mais a vida que tinha antes, então para que fosse melhor para todos, prendemos Finn em um caixão, até acharmos a solução para devolver a vida que tinha antes, sem arriscarmos sermos traídos.

Rebekah que era sempre doce, conheceu o amargor da morte, e assim a brutalidade que ela sempre reclamava que tinha em excesso em casa e no mundo, se tornou uma de suas amigas, eu não a culpo, a vida de uma mulher bela, sempre foi mais difícil, ainda mais uma que ainda acredita no amor de verdade, infelizmente essas mulheres sempre foram consideradas alvos fáceis, para aqueles que não tem dignidade e nem caráter, e por mais triste que possa ser nós encontramos muitos homens sem caráter e dignidade, eu nós temos que revidar, e nos proteger.
Elijah meu agora marido, tomou o papel de líder junto a Klaus, eles eram o equilíbrio um do outro, era a dupla perfeita, Elijah era o cérebro e Klaus os músculos e vice e versa, mas cuidar de todos nós teve um preço com os anos, os segredos guardados, as decisões dolorosas de tomar, custaram o sorriso que antes era mais frequente no rosto do meu marido, mas ele ainda era doce principalmente comigo, exceto quando em algum dos milhares de lares que tivemos, ele encontrava uma diversão nova, durante os mil anos que convivo com Elijah, diversões e distrações na vida dele sempre foram sinônimos de mulheres, provavelmente mais interessantes do quê a mesmice do casamento, mas para ele, elas eram um segredo guardado, apenas entre ele e Klaus, e na cabeça de Elijah, Klaus era o culpado de todos aqueles romances breves acabarem, e em sua maioria em mortes trágicas, porém isso nunca foi verdade, a verdade era que Nik nunca entendeu como o irmão podia fazer aquilo comigo, e vez ou outra, ele assumia a culpa pelas minhas mortes, e nos nunca precisamos falar sobre, ele sempre se, pois como culpado em minha defesa, e eu nunca me ceguei diante das indiscrições do meu marido, e também nunca revidei na mesma moeda, mas o que havia mudado em mim, é que a raiva era o que me deixava impetuosa, diferente de todos da minha nova família, eu nunca precisei desligar minha humanidade para nada, eu apenas tinha que ser consumida pela raiva, e meus atos eram frios, e calculistas, talvez seja por isso que fui chamada de serial Killer em alguns momentos da minha história.

You were always my destinyOnde histórias criam vida. Descubra agora