𝘗𝘳𝘰́𝘭𝘰𝘨𝘰.

535 43 75
                                    

14h00min.
07/03/2022 - Segunda-feira.

Eu estava ansiosa. Estava nervosa. Meu Deus!

Hoje era meu primeiro dia de trabalho. O trabalho no qual eu batalhei muito para conseguir. Tudo bem, não foram muitos anos de faculdade, mas eu ainda, sim, batalhei para conseguir.

Eu estava formada e agora tinha um emprego fixo na área de fotografias. E, hoje, eu teria dois clientes. Um deles: um casal que queriam fotos de 1 ano de namoro. O outro: uma família de quatro pessoas; o pai, a mãe, um menino e uma menina (filhos).

Eu estava muito animada.

A minha primeira sessão de fotos foi um sucesso. O casal amaram as fotos e pediram para revelar todas. Avisei que até dia 15 elas ficariam prontas e eu mandaria para eles pelo correio. Foi um trabalho leve e incrível de fazer. Eu admirava eles e o amor deles, que estava estampado.

O amor é lindo quando não é comigo. Na minha vez ele me destruiu, achei injusto, mas não desejo mal a ninguém; e o casal era fofo.

Minha segunda sessão começa em quarenta minutos. Eu estou no local, apenas organizando tudo e pensando nas fotos. A família optou por fazer tudo ao ar livre e perto do pôr do Sol. Essas fotos tinham tudo para dar certo

16h44min.

— Boa tarde — uma voz masculina se fez presente atrás de mim.

— Olá, boa tarde! — cumprimentei o homem e sua esposa.

— Any, certo? — ele perguntou e eu assenti.

— Eu quem falei com você, por isso ele está um pouco perdido — a mulher esclareceu e eu ri baixo.

— Tudo bem.

— Bom, esse é meu filho mais novo, de 16 anos — me apresentou o garoto.

— Olá. — Ele apenas acenou com a cabeça.

— E essa é a minha filha, de 25. — Sorri para a mulher.

— Oii! — ela me cumprimentou animada.

— Olá — fiz o mesmo cumprimento do irmão.

Eles eram lindos. A família toda.

— Podemos começar? Quero pegar o pôr do Sol, ficaria ótimo.

— Claro! — o homem logo concordou.

E foi mais uma sessão. Essa foi longa, mas, ainda sim, ótima. Eu particularmente adorei o resultado. Eu tinha mostrado para os mais velhos, que disseram também gostar. Eles estavam perto de seu carro, conversando sobre qual iriam revelar e qual não, enquanto eu esperava apoiada em meu carro.

— Oi... — a mulher loira falou baixo, me fazendo olhá-la. — Eles são indecisos, releva a demora. — Eu ri e ela também.

— Está tudo bem.

— Você é fotógrafa há muito tempo?

— Me formei há um ano, sempre tirava algumas fotos, mas eu comecei a trabalhar mesmo com isso esse ano.

— Ah sim. Você é boa. — Sorri do elogio sincero. — Parabéns.

— Obrigada.

— Quantos anos tem? É Any Gabrielly, certo?

— Sim, sim — concordei no nome. — Mas me chame apenas de Any. — Ela assentiu. — Eu tenho 25 anos.

— Pura coincidência, não acha? — falou com humor e eu acabei rindo.

Reencontrei o Amor - JoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora