Estava vagando calmamente pelo castelo com Lucien, os quartos que Helion costuma deixar para possíveis visitas ficam "o mais longe possível dele" diz ele que para nenhum dos prazeres serem interrompidos, o macho não têm sequer um pingo de vergonha em dizer isso abertamente.
Conforme conversava com Lucien acabavamos deixando escapar alguns risos baixos que por mais baixos que fossem acabavam causando um eco ou outro pelos corredores em que passávamos com uma calma surpreendente.
Lucien caminha ao meu lado e parece já estar acostumado com a grandeza das cortes, a forma com que cada local transmite uma boa vibração de energia e desperta curiosidade pela decoração, mas ele age tão naturalmente durante disso que chego a pensar se eu que não estou acostumada ou ele já foi surpreendido com algo mais... específico.
— Bom, estamos chegando, quer companhia até o bebê dormir? — Perguntei num tom de brincadeira e o encarei, seus lábios se curvaram em um sorrisinho torto e sem graça enquanto seus olhos expressavam cansaço.
— Acredito que não preciso ser agraciado com a sua humilde presença, vossa majestade.
— Seria apenas um ato de coragem, apenas em estar caminhando com uma raposa que a qualquer momento poderia me atacar. — Ele grunhiu em desaprovação enquanto balançava sua cabeça de forma suave, seus fios acompanhando seu movimento.
— Pois então, sim. Aceito vossa presença e peço que tome cuidado, a qualquer momento eu posso a atacar, em meus sonhos.
— Deveria o temer? Por favor me diga que não é sonâmbulo? Espero que não atravesse para meu quarto, olhe! Estou tremendo de medo! — Disse de forma dramática conforme levantava minhas mãos e as fazia parecer estarem tremendo.
— Tenha cuidado, Aylin.
— Com quem, Lucien? — Parei em frente a uma porta e girei a maçaneta calmamente enquanto o olhava, o metal frio pareceu queimar minha pele que no momento está quente.
— Comigo. — Mal consegui ouvir o macho sussurrar e quando abri a porta do quarto ele avançou até mim, me agarrando e me arrancando uma risada conforme me levava até a cama.
— Se Helion vê esta cena você aprende a como se portar diante de mim.
Ele riu de forma sarcástica após ter praticamente me jogado na cama e ter se mantido em pé, eu me sentei na cama com uma atenção letal.
— Ei, raposinha.
Ouvi seu grunhido em resposta e sorri, ele apesar de estar com sono estava completamente consciente do que havia acabado de fazer, e para tornar tudo mais divertido, parecia estar reconsiderando ter feito isso.
Me levantei ciente de cada passo que tive que dar até estar a centímetros de distância de Lucien, que me observou atentamente, seu olhar aparentava conter várias chamas, sua postura estava totalmente ereta, ele também estava ciente de cada pequena ação minha.
O encarei por alguns segundos, suficientes para minha mão direita encontrar seu braço e eu o arranhar fraco enquanto o sobia por toda extensão, com uma calma proposital, queria ver sua reação. Lucien se manteve calado, observando e arrepiado devido a minha aproximação repentina.
— O que você quer, Aylin? — Sua voz soou num tom gutural e me arrancou um sorriso de lado.
Abri alguns botões da sua camisa com minhas mãos e a seguir toquei sua pele distraidamente, sentindo o calor de seu corpo contra minhas mãos eu sorri. O notei recuar um pouco antes de depositar suas mãos em cada lado de minha cintura, me fazendo suspirar com seu toque.
— Ainda não respondeu minha pergunta. — Retornei meu olhar a ele, humidecendo meus lábios conforme passava minha língua entre eles, o macho fez o mesmo enquanto seus olhos acompanhavam os meus.
— Irei a responder, agora. — Sussurrei deixando o espaço entre nossos lábios cada vez menor, senti o corpo de Lucien se inclinar contra o meu e tracei círculos imaginários em seu peitoral.
— Irá recuar novamente, ou desta vez cumprir?
— Se continuar falando, não irei apenas recuar.
Ronronei contra seus lábios e antes de obter qualquer resposta dele eu juntei nossos lábios e iniciei um beijo calmo, os lábios do macho passaram a acompanhar os movimentos dos meus e entraram então em um perfeito uníssono.
Separei o beijo após precisarmos recuperar o fôlego, Lucien manteve nossos rostos próximos e o notei sorrir como alguém que estava esperando por isso a um bom tempo, sequer pareceu que nos conhecemos a menos de um dia.
— Isto é o que quero, Vanserra. — Mordi seu lábio inferior, arrancando outro sorriso do macho que pareceu pretender algo mais.
— Quer mais algo, pretensiosa?
— Achou um apelido? Que orgulho.
Juntei nossos lábios em um breve beijo e me afastei do macho, resmungando algo sobre sentir uma piada ardência em minha cintura, ele a pressionou e eu sequer notei.
— Já foste agraciado com minha humilde presença, acredito ter sido suficiente para agrada-lo.
— Espero poder a recepcionar bem mais vezes, sua presença soa como uma droga. Quanto mais dela puder ter, farei de tudo e conseguirei.
Ele disse isso em um tom completamente determinado e não duvidei de sua capacidade de conseguir ter mais de minha presença, porém no castelo ele demoraria a tê-la ou a conseguir, se não me encontrasse.
— Boa sorte para a conseguir, não a darei facilmente a visitantes. — Ele sorriu malicioso e indicou a porta, caminhei até ela em passos silenciosos, para ouvir os seus por trás de mim.
— A conseguirei, independente de sua duvidosa bondade.
— É o que veremos, raposinha.
Me retirei do quarto e sorri para ele quando o macho sorriu de forma gentil para mim, sequer parece o Lucien que a poucos minutos aparentou pretender querer dormir comigo. Irônico, não?
— Boa noite, Vanserra.
— Boa noite, Aylin.
Ele fechou a porta do quarto e então eu encontrei rapidamente um caminho para meu quarto, que ficava um andar acima e era o último do corredor, não tão óbvio quanto poderia ser.
Ao abrir a porta de meu quarto eu tive visão do maldito vestido dourado de mais cedo, ele ainda seria incendiado, eu me comprometi a cumprir, mas não agora. Adentrei o cômodo e tranquei a porta, me despindo por completo caminhando até a cama, deixando o vestido dourado em qualquer canto que encontrei e me enfiando abaixo dos lençóis macios.
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Corte de Esperança e Luz - Lucien
FanfictionAté então Aylin se via sendo apenas uma mera guarda da Corte Diurna, e também próxima de seu Grão-Senhor. A fêmea se deu conta de que por isso acabou por conhecer diversas outras pessoas que esperava saber apenas a existência, conheceu também machos...