i · a megera (in)domada

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6 de maio de 1912

− suzanne... você preparou-nos algo para o almoço? eu planejo encontrar-me com valentin depois. ― jung estava com fome.

− tu gosta desse valentin? ― sofie se levantou.

− hã?

− tu quer casar com ele? ― sofie perguntou de novo.

− eu... é... não sei... ele é meu amigo e- ― maxine ficou confusa.

− sofie, você está assustando a menina. ― aneliese afirmou ― desculpa, menininha, a sofie está meio embriagada.

− eu vi, eu não sou cega! ― maxine irritou-se.

− olha, maxine, pegue um dinheiro e compre algo com seu amigo no mercadinho mais próximo, mas não me irrite mais por hoje. ― suzanne entregou-lhe uma nota de dinheiro.

− sim, senhorita. ― jung obedeceu.

[...]

maxine deu pulinhos em direção à casa da família wong. um caminho de quase um quilômetro em direção ao melhor amigo não era nada diferente da rotina de max.

abriu o portão da casa e começou a se balançar no mesmo enquanto esperava: estava muito entediada. cerca de quarenta minutos se passaram, e jung dava estrelinhas e pulava uma amarelinha que fizera com os dedos no barro na frente da habitação. então, viu o movimento dentro da casa no que parecia ser valentin e seus irmãos arrumando a mesa. esperou alguns minutos e depois gritou por seu amigo:

− valentin!!!! vem logo! ― o avental de max já estava sujo por causa do tédio. ela abriu o portão, subiu as escadas, bateu à porta e pulou os degraus subindo e descendo para se distrair.

− ESTOU INDO! ― o menino retrucou de sua casa.

valentin então apareceu, o que levou maxine a se erguer, precipitada.

− valentin, olha o que a suzanne me deu! ― maxine mostrou a nota monetária ― ela e suas estratégias para me manter longe.

− uau. vamos comprar doces com isso? ― wong perguntou.

− claro, claro que vamos.

[...]

maxine e valentin andavam sorridentes diante da cédula antes de notarem que algo estava errado, mas não era com o dinheiro: estavam diante de um passarinho machucado.

− olha, coitadinho dele! ― valentin exclamou.

− que dó... ― maxine estendeu a mão à ave, esperando que esta tivesse forças para subir. diante do animal frágil, valentin dispôs-se a pegá-lo em suas mãos ― valen, você sabe o que está fazendo?

− mais ou menos, mas já segurei as galinhas do meu tio várias vezes antes. ― wong comentou.

− ok então... ― maxine voltou a andar e imediatamente valentin a seguiu.

[...]

a dupla já tinha saído da lojinha.

− valentin... quando cheguei, suzanne estava conversando com as irmãs. ― disse jung, caminhando.

− e? ― wong pedia para que sua amiga continuasse a falar.

− uma delas era normal até, estava séria, com uma criança nos braços. ― maxine afirmou ― a outra, estava inebriada até dizer chega, mal podia falar a pobre coitada.

SENSŌ GA OWATTA TOKIOnde histórias criam vida. Descubra agora