iv · uma decisão estupidamente brilhante

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14 de maio de 1912
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e, em alguns segundos - que pareceram anos - tinham uma resposta.

− nós... ― maxine respirou fundo ― vamos fazer isto.

− ótimo, sabia que poderiam ajudar a minha filha. estarei eternamente grato pela ajuda de vocês. ― o homem sorriu, e com o olhar apontando para o céu, continuou a falar ― tenho que ir agora, espero que cumpram a palavra o mais rápido que puderem.

eles se entreolharam e seguiram caminho para o liceu.

[...]

maxine e valentin estavam atrás da parede observando a canadense ao longe. se entreolharam de novo antes de uma questão importante surgir:

− e agora, o que a gente faz pra chegar perto dela? ― maxine perguntou.

− não sei não, max. ― o menino pensou em todas as piores coisas que poderiam lhe ocorrer caso não cumprissem com a palavra: ser morto, morrer, perder a vida, bater as botas, virar estrela, etc. ― mas... eu pensei numa coisa. se a rue gostar da nossa amizade, e convencermos a elena a andar com a gente sempre, podemos criar um exército enorme para derrotar a esther, a suzanne, o peter, o martin, a martha e a senhora ühlmann! não é ótimo?

− é sim, mas não sabemos como fazer isso. ― maxine pensou e pensou: nada saiu.

− já sei! nós sentamos perto da janela, certo? e ela senta atrás de nós. eu posso fazer com que meu caderno caia da mesa e ela pegue. ― wong sugeriu.

− está bem, meio bobinha mas não me parece um mau começo. ― maxine pensou.

− ok, vamos pra sala. temos que fingir que você está me explicando algo. ― valentin disse.

− vamos.

[...]

quando perceberam passos próximos da sala, wong e jung ― até então os únicos no aposento ― começaram uma encenação: vetsera chegara à sala.

− então, pra somar estas frações você tem que achar o mínimo múltiplo comum dos denominadores com fatoração, e então tem que multiplicar os numeradores pelo número que multiplicou os denominadores. ― a mais velha quase nem prestava atenção nas próprias palavras.

rue passou, atenta ao caderno.

− oi, rue. ― valentin disse.

− oi... estão revisando frações? ― november perguntou, sem muito interesse.

− estamos sim. quer... revisar com a gente? ― maxine sorriu de uma forma estranha.

− ...não, muito obrigada, maria. ― rue respondeu ― seu nome é maria, não é?

− passou muito longe do meu nome. ― maxine respondeu com um olhar torto.

− sinto muito. ― rue sentou-se em seu lugar na classe, sem se interessar em perguntar o nome correto da colega.

− tá, né. ― valentin olhou para a canadense.

então wong se preparou para a pequena encenação: quando virou-se para olhar de perto o caderno de maxine, mexeu o braço esquerdo de modo que atirasse o caderno para fora da carteira: mas maxine e valentin não eram muito sortudos, e todos sabiam disso. o vidro de tinta da caneta-tinteiro de valentin saiu voando e estilhaçou-se ao atingir a parede, e para piorar, wong acertou com o cotovelo o olho de jung, que por sua vez mexeu-se de modo que o rosto de rue fosse atingido pelos longos fios castanhos da primeira.

SENSŌ GA OWATTA TOKIOnde histórias criam vida. Descubra agora