Capítulo 7

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Às 10 em ponto o José vem me buscar, pelo menos nisso ele é alemão, sempre pontual. Rodamos lojas e lojas até encontrarmos o vestido perfeito para a ocasião. O José ta sendo super paciente, me dando opiniões e se revelou um parceiro de compras bem melhor que o Edu.

- Vamos almoçar? - Ele faz que sim com a cabeça e nos direcionamos para a praça de alimentação - Nossa, se fosse o Edu já tava surtando de tanta loja que nós fomos.

- Por incrível que pareça, eu gostei de te acompanhar. Você fica parecendo uma criança na loja de brinquedos. - Ele afirma, dando risada.

- Eiiiii - Dou uma cotovelada de brincadeira nele e logo chegamos em um restaurante. Como um belo cavalheiro que é, ele puxa a cadeira pra que eu sente. Essas são pequenas coisas que ele sempre faz. Abre a porta do carro pra mim, faz questão de carregar as sacolas mais pesadas e por aí vai.

-Então, a quanto tempo vocês são liberais? - Ele pergunta depois que o garçom anota nossos pedidos e se afasta.

- Desde sempre, nos conhecemos em uma casa de swing.

- Sério? 

- Sim, ficavamos horas e horas no maior papo, a conexão transpassou o sexual e acabou que estamos juntos até hoje.

- Já conheci casais que se conheceram no mundo liberal, mas poucos prosseguiram depois de casarem e terem filhos.

- Pois eu pretendo ser sempre liberal e o Edu também. A sinceridade que temos um com o outro e a liberdade de realizar todos os nossos desejos sempre foram pilares em nosso relacionamento.

- Espero, um dia, encontrar alguém assim pra ser minha parceira. 

- Você vai, não tenho a menor dúvida. É um cara integro, cavalheiro, charmoso e ainda por cima lindo desse jeito... Não vai demorar muito, mas vê se não me esquece quando ela surgir.

- Jamais minha querida - Ele diz sorrindo e pegando minha mão na mesa para beijar - Sempre terei um espaço pra Manuzinha em meu coração, pode ficar tranquila. - Fala olhando em meus olhos e nem por um segundo sequer eu duvido disso. 

- E quando você volta ao trabalho? 

- Amanhã mesmo, já estão morrendo de saudades de mim. - Ele fala sorrindo e piscando pra mim. 

Nosso passeio é todo assim, regado a um bate papo leve e gostoso, depois ele me deixa em casa e vai se arrumar, passamos o dia todo juntos e foi muito bom ter meu amigo de volta. Muito mesmo.

A festa da empresa foi um porre, chata demais, cheia de pessoas conversando sobre negócios. É quase uma reunião disfarçada. O José recebe bastante atenção de todos, já que é o homenageado da noite e eu fico só acompanhando o Edu de uma rodinha de conversa pra outra. Chego em casa acabada e o José vem conosco tomar um vinho pra encerrar a noite, me recuso a encerrar minha noite de sexta com aquela festa chata.

- Misericórdia, parecia que não acabaria nunca. - Falo tirando os saltos e me jogando no sofá.

- Imagina pra mim que precisei sorrir pra tanta gente? Meu maxilar chega dói. - Fala o José

- Sorriso falso que eu vi e muito flerte também. - Completo.

- Se preocupe não Manu, o meu flerte preferido sempre vai ser você. - Ele diz rindo.

- Mas é cheio de labia mesmo ein?! - Nesse meio tempo o Edu já pegou o vinho e ta enchendo as taças. Entrega uma pra cada e eu aproveito pra folgar a gravata dele e abrir uns dois botões da camisa.

- Mas vocês dois reclamam ein?! - O Edu fala.

- Você diz isso pq tinha a Manu do lado pra evitar que as velhaças fiquem dando em cima de você. - Fala o José e todos nos acabamos de rir. 

- Porra Edu, quero tomar um banho, vou subir lá. O quarto de visitas já é meu mesmo. - Ele fala subindo.

- A gente também precisa de um banho. Vamos? - O Edu estende a mão e eu pego indo com ele.

Tomamos um banho cheio de carícia e risos, mas não prosseguimos com nada pq o José deve estar nos esperando. Coloco um vestido leve e desço pra pegar uns petiscos e montar uma bandeja de frios enquanto o Edu termina de se vestir. Quando estou preparando tudo o José entra na cozinha só com a calça, o cabelo molhado deixando algumas poucas gotas caírem sobre seu peitoral descoberto. 

Instantaneamente sinto meu coração perder um compasso e um calor cobrir minha face, mas acho que ele não percebeu. Espero muito que não. 

- Oi Manu, vim pegar mais vinho.

- Ah sim, ta ali. Enche uma taça pra mim também. 

Ele faz o que eu peço e me entrega a taça enquanto eu analiso suas costas definida pra caralho. Assim que pego a taça eu viro de uma vez e ele arregala os olhos.

- Nossa, ta com sede ein?! Quer mais?

- Quero sim, mas pode ir levando pra sala que eu só vou finalizar aqui. 

- Blz.

Chego na sala quando o Edu ta descendo a escada, também sem camisa e misericórdia. Meu marido é muito gostoso viu?! Acho que essa sessão de carícias no chuveiro me deixou ligada, não é possível. Já vi os dois se camisa outras vezes e não fiquei desse jeito. Observo ele descer, deixo a bandeja na mesinha de centro e viro outra taça de vinho. Saí de mim, pensamento malicioso. 

- Tudo bem amor? - Edu pergunta estranhando, já que sempre saboreio o vinho.

- Ta, tudo sim. Só to com sede. - O José aproveita e enche minha taça novamente, me olhando estranho também. 

- Vamos brincar de algum jogo? 

- Eu nunca, pra começar - Diz o Edu pegando a vodka.

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Eu sou terrível nesse negócio de postar um por dia né?! Hoje já postei um, mas esse vai tbm pq eu fico muito feliz com a estrelinha e em saber que tem pessoas acompanhando. Kkkkkkkkkk

Preciso me controlar 🤣🙈

Pelo nosso prazer (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora