Capítulo 23

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Sentada no pequeno sofá em frente ao sofá, a espinha de Emma era como uma barra de aço. Ela tinha certeza que ela nunca tinha exibido uma melhor postura em toda a sua vida. Seus dedos formigavam, aquela sensação de dormência, enquanto dançavam nervosamente em cima dos joelhos. Seu estômago revirou a cada respiração, e ela tinha certeza de que seu coração não tinha parado de martelar desde o momento em que ouviu Cora voltar do quarto de Henry.

Regina, sentada ao seu lado, inclinou-se e bateu no ombro de Emma com o dela próprio.

- Respire - ela sussurrou.

Percebendo que ela estava segurando a respiração até o ponto da dor, Emma aceitou o conselho de Regina e sugou uma boca cheia de ar. Seus ombros cederam um centímetro quando ela exalou e ela sorriu para Regina.

- Obrigada.

Cora entrou na sala com um olhar calculista em seus olhos. Ela caiu sobre o sofá em frente de sua filha e Emma e inspecionou-as.

- Meu Deus, vocês duas parecem que viram um fantasma.

Regina se inclinou para trás na almofada do sofá, ombro descansando calorosamente contra Emma.

- Pare de nos provocar mãe, e vamos acabar com isso, não é?

- Oh, Regina, eu não tenho a menor ideia sobre o que você está se referindo. - Disse Cora com brilho em seus olhos.

Um irritado olhar penetrante foi tudo que ela recebeu de Regina. Emma, porém, riu sem jeito e coçou a parte de trás do seu pescoço enquanto ela disse:

- Você é uma má mentirosa.

Regina virou, os olhos arregalados, quando ela olhou para Emma com uma mistura de choque, preocupação e algo semelhante a admiração.

- Pardon? - Perguntou Cora, seu rosto duro.

Com seu peito apertando com força, Emma gritou internamente para si mesma por abrir sua boca grande em primeiro lugar. Ela engoliu em seco antes de responder:

- Eu disse que você é uma má mentirosa. - Sua voz tremeu ligeiramente.

Os lábios de Cora se separaram para responder, mas Emma cortou:

- Eu não quis ser desrespeitosa - disse ela. Isso lhe rendeu uma outra franzida de testa, o que fez rolar o estômago de Emma. - Não que eu esteja te chamando de mentirosa ou algo do tipo. Eu percebi que você estava brincando. Mas se estamos sendo verdadeiras, acho que todos nós sabemos que não estaríamos sentadas aqui como se estivéssemos diante de um pelotão de fuzilamento se você não estivesse com a intenção de se divertir um pouco às nossas custas, certo?

O sorriso de Regina puxou-se em torno de seus dentes brancos perolados, quando olhou para Emma como se ela fosse um tipo de revelação.

- Bem, bem - Regina disse, virando-se para oferecer a sua mãe uma expressão presunçosa. - Parece que a Emma aqui a acabou com você muito bem, não é?

O silêncio cresceu entre elas, em seguida, quando Cora estreitou os olhos para Emma. Ela permitiu que o silêncio crescesse e apodrecesse na alma de Emma até que Emma estivesse tão assustada que suas entranhas se contorcessem.

Ela prendeu a respiração quando Cora e Regina olharam uma para a outra, e em seguida, Cora começou a sorrir. Assim que Emma viu a ligeira subida, ela soltou uma respiração lenta, silenciosa de alívio. Talvez ela viveria para namorar Regina Mills até outro dia, afinal.

- Ela certamente parece combinar com você em ousadia, Regina.

- Então, isso é bom, certo? - As palavras correram para fora de Emma. - Quero dizer, eu não falhei ainda, não é?

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