– Quando eu percebi que tinha alguém vindo, eu me enfiei numa das cabines ali – contou Cedrico, quando os dois estavam já sentados, com apenas do peito para acima fora d'água, bolhas coloridas de sabão voando por ele e Harry. Apontou para o outro lado do banheiro, onde ficavam as cabines com instalações sanitárias – Daí achei estranho que não via ninguém, até que... Até que você saiu da capa, bem à vontade por sinal – Cedrico riu.
Harry, ainda que mais à vontade, não deixou de sentir as bochechas queimarem um pouco em vergonha. Não estava acostumado a ser visto completamente sem roupa por pessoas além dos companheiros de dormitório, muito menos quando se tratava de um cara da Lufa-Lufa, menos ainda se tratando de um rival na competição. Brincou com a espuma sobre a água à sua frente. Cada um estava encostado em uma borda, frente à frente.
– Mas você também tava bem à vontade quando me chamou, né? – disse Harry, rindo também. A diferença era que não havia constrangimento algum na face de Cedrico, muito pelo contrário, havia vigor. Harry antes já admitira que achava o rival atraente, mas agora, sem roupa, ensaboado e trajado de orgulho, parecia estar mais bonito que nunca.
– Não vou mentir, Harry... Eu gosto de ficar sem roupa. Não te dá uma sensação total de liberdade? – perguntou Cedrico.
Harry deu de ombros, não pensando a fundo no assunto. Sua mente teimava em querer chegar a terrenos proibidos demais.
– Sim, na verdade, sim – ele respondeu, mais para concordar do que outra coisa.
Cedrico, então, sem que Harry pudesse prever, se colocou em movimento, chegando mais perto de Harry, vindo de quatro, quase sendo levado pela água. Ele se ajeitou na borda mais próxima de Harry, a do lado, diminuindo muito a distância entre os dois. Harry não soube dizer se tinha ficado ainda mais vermelho.
– É melhor pra conversar, assim a gente não precisa falar alto demais e evitamos sermos pegos – Cedrico disse, como se tivesse percebido a inquietação do coração pulsante de Harry.
Depois, Cedrico afundou com a cabeça toda para baixo d'água, retornando depois com os cabelos todos molhados, grudados a sua cabeça.
– Essa água é muito deliciosa – Cedrico disse. – Faz isso também, Harry. Você precisa tomar um banho por completo, cara.
O sorriso de Cedrico tinha sim um quê malicioso, agora mais nítido para Harry. Isso o deixava confuso... Qual era a intensão dele? Com esse pensamento, Harry se afundou e ficou submerso por mais tempo que Cedrico.
Ao invés de ficar de olhos fechados, como geralmente fazia quando ficava submerso, Harry abriu os olhos embaixo d'água e, sem hesitar, olhou para a direção onde o outro estava sentado. Mesmo que de forma meio turva, Harry pôde observar o corpo do outro. Mas não somente o corpo inerte. Harry viu, e teve certeza, mesmo com a visibilidade levemente debilitada, que Cedrico estava massageando o próprio pau e as bolas. Ele não estava com uma ereção completa, mas mesmo assim a cena deixou Harry desconcertado, sentido o próprio pau, sem precisar estimulá-lo com sua mão, inchar um pouco.
Harry nunca antes tinha tido as mais variadas e diversificadas experiências sexuais, mas ficou evidente em sua mente que o joguinho implícito, moldado dentro e fora por tensão sexual, era uma das coisas mais estimulantes das quais podia experimentar. Quando emergiu de volta, olhou para Cedrico, sabendo que suas dúvidas seriam sanadas assim que olhasse seu rosto.
Teve certeza. Harry teve certeza absoluta de que Cedrico estava se insinuando, sabia que ele sabia que Harry tinha o olhado por baixo d'água, pior, sabia que Harry faria isso antes mesmo de afundar. Se antes havia um quê de malícia em Cedrico, agora ele exalava tesão, olhando para Harry como se ele fosse sua caça.
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Harry e o Estresse do Quarto Ano (Hedric/Cedrarry)
Hayran KurguHarry está consumido por estresse perante seus problemas no quarto ano em Hogwarts. Além das situações rotineiras, ele ainda precisa lidar com o Torneio Tribruxo. Sendo assim, só mesmo um bom banho no banheiro dos monitores pode ajudá-lo, ainda mais...