No olho do furação.

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"Morrer não é mais uma opção, é seu destino mais próximo. "

Eu ouvi isso diversas vezes quando assistia meu filme de super herói preferido na época que era adolescente. Eu fui um adolescente meio inconsequente. Sabe, "não quero saber do meu futuro, só da atualização da minha HQ preferida." Na época eu fazia a mamãe me levar até uma Lan house perto de seu trabalho para que eu pudesse ler. Bons tempos. Aí depois criaram o filme, a mini série, e a fala de impacto era sempre a mesma. Ele nocauteava o vilão, que por sinal, era sempre um vilão bem bosta, mega nada a ver, e falava "Morrer nao é mais uma opção, é seu destino mais próximo Vlad.

Vlad era um dos antagonistas, o mocinho que vira vilão na décima sétima temporada.

Enfim, de qualquer forma, o que queria tirar disso tudo é, essa frase fictícia e categórica tragicamente virou a nossa realidade.

Eu não tenho tanta fé de que vou continuar vivo até o dia em que, naturalmente, eu morrer. Uma parada cardíaca, uma convulsão, um problema de saúde ou só, parar de existir.

Todo o santo dia eu vejo dentes podres rasgando a pele do meu corpo como aperitivo, degustando a carne com robustez.

Porque morrer não é mais uma opção, é meu destino mais próximo.
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Passamos umas cinco horas dentro do carro, confinados junto do temor da parada final.

Eu estava tranquilo. E definindo tranquilo eu estava preparado.

Porque tranquilo, nessa situação, ninguém fica.

Bem, a não ser Michael, porque ele usava a mesma expressão neutra de sempre enquanto dirigia.

Mali falava mais do que normalmente fazia, Zayn estava mais impaciente do que o normal e Louis olhava para a estrada e mexia os dedos nas calças várias e várias vezes repetidamente. O retrovisor me proporcionava essas conclusões mais facilmente.

Quando chegamos até uma enorme construção, descemos do veículo em sintonia. O carro de Lauren estacionou mais à frente, porque eles ficariam de tocaia, vigiando para caso algum imprevisto acontecesse. Somos cheios de imprevistos, então remediar no momento é o melhor a se fazer. O terceiro carro que levava Calum e seu grupo seguiram em frente pois fariam a limpa pelo perímetro.

Eu confesso que não gostava de sair com tanta gente pra missão, porque na minha percepção me soa meio arriscado. Mas devo admitir também que é muito mais prático e seguro. Prático porque cada grupo cuida de uma área, e seguro, bem, pelo mesmo motivo. Suporte.

Michael caminhou mais à frente com Louis, que possuía uma chave local para abrir o cadeado, este que trancava o enorme portão de metal em um tom de vinho queimado e grotesco.

Luke ficara mais a trás, com Zayn na sua cola e Mali dentre eles. A loira se afastara para observar a altura do portão, e, assim como Luke, constatara que o vilarejo ali dentro poderia ter um potencial elevado de moradia. Os muros ao redor poderiam chegar a quatro metros e seguiam até sumir de suas vistas ao redor da mata, contornando-a.

Michael fez sinal para Zayn se juntar aos dois e ajudar a empurrar o portão, que rangera com um ruído alto pela colisão com as ferragens enferrujadas e desgastadas do metal. Luke observou que parte dos muros, estes brancos, tinha tons escuros em certos lados, como se houvessem ateado fogo e uma parte da tintura torrara com o calor.

The Death Virus ×MukeOnde histórias criam vida. Descubra agora