⁘ vinte e cinco: bêbado de felicidade

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Na manhã seguinte, Jungkook acordou primeiro, dedicando vários minutos a apenas observar o mais velho adormecido. Tinha sentido muita falta daquela visão - bem como de todo o resto. Ele de fato era adorável, tanto acordado quanto dormindo e sua expressão pacífica, não deixava nenhum indício do quão mal humorado ele podia ficar se fosse despertado de seu sono, mas enquanto adormecido, era uma graça. Os olhos fechados levemente, a bochecha esmagada contra o travesseiro, fazendo com que um bico muito fofo se formasse nos lábios fartos. Quis muito beijá-lo, mas limitou-se apenas a olhar.

Permaneceu daquela forma até que suas necessidades fisiológicas ficassem insuportáveis de adiar, então teve de sair da cama para ir ao banheiro. Uma vez lá, acabou aproveitando para escovar os dentes e dar um jeito nas coisas que tinham ficado largadas de qualquer jeito. Sabia o quanto Jimin prezava por um ambiente bem organizado, o banheiro inclusive, estava impecável antes de entrarem para o que deveria ter sido apenas um banho rápido.

Um sorriso desenhou-se em seus lábios e mordeu o inferior, sentindo o coração pulsar pesado e acelerar. Céus, o poder que Jimin tinha sobre si, não podia ser descrito. Ainda não sabia como faria para manter aquilo, não tanto por si, pois claro, gostava de contato e de estar junto, mas depois daqueles dois anos, percebeu que Jimin sofria muito mais com a falta daquilo, afinal de contas, tinha se acostumado a guardar seus desejos e vontades para si. Mas bem, o que estivesse em seu poder, faria e se o mais velho havia dito que seria exclusivo, não importava como iriam lidar com a distância, seriam exclusivos.

Exclusivos.

Pensou, ao voltar para o quarto e olhar para ele, quase desaparecido sob o edredom. Precisava dar um jeito naquilo. Sabia que por mais que Jimin se empenhasse tanto para mostrar que era alguém que não se importava com as coisas, ele era romântico, precisavam de um nome melhor para o que tinham, um mais clichê e que por tal, combinasse mais com a premissa do romantismo. Queria ser o amor dele, já que ele era o seu, mas mais que isso, queria ser a pessoa.

Sem pensar muito e com um sorriso torto no canto dos lábios, passou a camiseta que ele tinha lhe emprestado pela cabeça, estreitando os olhos e sorrindo mais, ao perceber as peças no cabideiro próximas à porta.

De fato, seu bebê era carente demais.

Negando com a cabeça, tentou puxar a blusa para baixo, para que ao menos lhe tapasse o umbigo e negou de novo ao não conseguir.

Destrancando a porta lentamente, saiu para o corredor, a fechando devagar para não despertá-lo. Da última vez que tinha pensado em levar café da manhã na cama para ele, havia falhado miseravelmente, mas talvez tivesse mais sorte na segunda.

Como Jimin havia dito que seu pai sairia cedo para o trabalho, sentiu-se menos tenso de mexer na cozinha deles sem pedir permissão. De qualquer forma, sabia que o mais velho não ia reclamar.

Ao encontrar o cômodo, depois de cruzar a sala de jantar que se abria para a sala de estar, respirou fundo, lançando um olhar ao relógio que havia na parede, para constatar que passava um pouco das dez. Não fazia ideia de que horas eram quando foram dormir, só esperava que Jimin não quisesse lhe matar por acordá-lo antes do meio-dia.

Pisando leve sobre o piso de madeira, verificou a geladeira deles, pegando algumas coisas que iria usar, depois investigou os armários em busca de utensílios e outras coisas.

Começou arrumando as coisas sobre a ilha, em seguida lidando com algumas maçãs para fazer um suco. Depois cortou alguns pedaços de melão e decidiu ir para o fogão fazer ovos mexidos. Além de carne, Jimin também não comia ovos, ao menos quando era possível identificar que era ovo o que estava comendo, pois nunca tinha ficado sem comer bolo, ou pães que sua mãe fazia. Então fez para si, para colocar no pão e depois faria pão com queijo para ele, deixando para o final, para que ainda estivesse quente quando levasse.

dissonance' ⁘ jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora