⁘ extra: mundinho de algodão doce

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⚠ – Conteúdo impróprio para menor.

Decidi nomear essa parte de "extra", pois acabou ficando muito extensa para ser chamada de epílogo.



🥀🌾



A vida de Jimin nunca estivera tão boa, afinal de contas, era difícil a vida estar ruim em Paris. Claro que haviam algumas coisas que mudaria, como o fato de estar sozinho na cidade, mas como tinha ido para um curso com duração de três meses, não havia como ir acompanhado e bem, havia feito amigos em um espaço de tempo muito curto, ainda que os parisienses, não fossem tão receptivos como se via em filmes.

Enfim, a vida estava boa, realmente boa.

Jimin tinha seu próprio restaurante, dois na verdade, embora um deles não fosse de fato um restaurante, pois tinha sido pensado com um conceito diferente do que se via em restaurantes e, ainda ajudava seu pai, sempre que possível, da forma como conseguia. Estava vivendo o auge de sua vida profissional, embora sempre tirasse alguns intervalos para fazer alguma especialização, como a que estava prestes a concluir na Cidade Luz. E sua vida amorosa estava ainda melhor que a profissional.

Só não estava completamente feliz, pois como já dito, estava sozinho. Jimin realmente não gostava de ficar sozinho e não era porque não sabia apreciar sua própria companhia. Ele tinha muitos momentos consigo mesmo, momentos para ler, para sair sozinho e fazer compras, momentos para apreciar o silêncio e refletir, gostava de si mesmo, mas ainda assim, ansiava por uma companhia ao seu lado, o calor de um corpo e braços lhe envolvendo. As pessoas tinham preferências, afinal.

Mas desde que seu namoro com Jungkook havia terminado, nunca tinha passado tanto tempo sozinho. Era um novo recorde, talvez porque tinha precisado deixar o país para fazer o curso. O fato era que, por mais que estivesse amando tudo ali, as aulas, os professores extremamente rígidos, as novas técnicas que aprendia, as amizades que tinha feito, sentia falta muita de sua família, sentia falta de sua casa, de seus amigos.

Sentia-se meio velho, pois havia adquirido um gosto muito estranho por estar em casa e que havia ganhado força há cerca quatro anos e ainda lhe fazia sorrir, sempre que pensava.
Suspirou, olhando pela janela do quarto luxuoso.

— Só mais uma semana.

Pensou alto, sorrindo ao imaginar o que lhe esperava em casa e seu coração palpitou no peito. Ele brincou com os anéis em seus dedos e sorriu mais, esticando os dedos para observar os diamantes no anel em seu anelar, o girou no dedo e observou a tatuagem acima dele. Faziam tantos anos que a tinha, parecia até que tinha sido em outra vida que havia chegado a um estúdio e pedido o contorno de um coração ali. Seu sorriso cresceu, não era mais apenas um contorno, o havia preenchido, pois era como se sentia, preenchido de amor.

Lembrou-se de uma vez em que tinha dito a Jungkook que não fazia tatuagens sobre pessoas e negou com a cabeça, pensando que o contorno de coração que o mais novo tinha feito e dito que tinha sido inspirado pelo seu, também havia sido preenchido.

Suspirou. Sentia falta dele.

Novamente olhou para o anel e seu sorriso foi contido, quase melancólico. Afastou-se da janela para alcançar o celular, precisava falar com seu marido e depois mudar a data de seu voo, inicialmente pretendia ir no dia seguinte ao término do curso, mas se conseguisse, voltaria no mesmo dia da conclusão. 



{...}



Havia conseguido chegar 24h antes do horário em que tinha se programado para partir, sentia-se exausto e ao mesmo tempo, eufórico, enquanto empurrava as enormes malas pelo saguão do aeroporto, óculos escuros sobre os olhos, o sobretudo em um braço, pois ali estava muito mais quente que em Paris.

dissonance' ⁘ jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora