Cap. 7 - De Volta pra Casa 2

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Cecília Lários

Quando me despertei da minha "soneca" da tarde, Gustavo já não estava mais no quarto, e o mesmo estava todo escuro, devido a noite que já tinha caído lá fora. Me senti mais renovada, e acreditando que já estava próximo da hora do jantar, corri para o banheiro para me despertar um pouco mais. 

Irei precisar caprichar um pouco mais na maquiagem de leve para poder camuflar minha cara de sono um pouco evidente. 

Ainda tentando me acostumar com a minha nova vida, entrei no closet após o banho rápido e me dirigi até o meu lado das roupas, buscando por uma roupa mais confortável para o meu primeiro jantar em família como oficialmente parte dela. 

Por mais que, em meu coração eu já me considerava da família há um bom tempo — e sentia a reciprocidade deles nisso, agora era oficial, e para sempre seria assim. 

Vesti meu vestido, sequei meus cabelos e passei meu creme antes de sair do quarto. Antes de descer, passei no quarto da Dulce, e como esperava, ela não estava lá. Ou ela ainda está brincando lá embaixo com o Emílio, ou já deve estar grudada no Gustavo, como sempre. 

Do topo da escada, encontrei, como diz a Fran, toda a diretoria Lários reunida, exceto pelo padre Gabriel, que está presidindo a missa hoje. 

Estefania estava ao lado de Vitor no sofá, e vê-los juntos e aparentemente felizes me fez soltar um sorriso de alívio. 

— Olha só quem acordou — Gustavo é o primeiro a me notar, me lançando um sorriso ao me ver descer os últimos degraus da escada. 

— Boa noite, gente — sorri, dando a volta na sala e me sentando ao lado se Gustavo, e logo Dulce correu e pulou no meu colo — Ah!

— Você dormiu muito — ela se acomodou em meus braços, me fazendo rir com ternura.

— Eu estava um pouco cansada da viagem, e alguém aqui… — olhei discretamente para Gustavo rindo — não me acordou, e eu acabei dormindo mais do que eu imaginei. 

— Desculpa meu amor, mas eu não consegui acordar você… — Gustavo riu, buscando a minha mão e a entrelaçando na sua. Sorri boba. 

— Não tem problema, Cecília… — peruquinha disse — É bom que você descansa hoje, porque amanhã você já volta a dar aulas no colégio todos os dias, hein?

— Ah, nem me fale Estefânia… uma semana longe, e já estou sentindo falta.

— Ei! Você é minha agora, hein? — Dulce Maria disse, me fazendo gargalhar alto.

— Mas que ciumenta! — eu ri, abraçando-a com força e beijando sua bochecha repetidas vezes, arrancando altas gargalhadas suas. 

— Agora…. alguém pode me dizer o motivo dessa reuniãozinha? — Dulce disparou de vez, sendo sempre tão inteligente. 

Disparei meu olhar para Gustavo, que já olhava para Estefânia e Vitor de canto. Vão mesmo contar para a Dulce sobre a filha do Vitor?

— Quem disse que isso aqui é uma reunião, hein? Vamos apenas jantar.

— Se fosse por isso, o Titio Vitor não estava tão nervoso. 

Vitor parou de esfregar as mãos umas nas outras no mesmo momento. 

— É, Dulce Maria, você tem razão… — Vitor tomou a palavra. Eu apenas me acomodei ao lado de Gustavo enquanto fazia carinho na mão da Dulce — Eu tenho uma surpresa pra você… na verdade, é uma surpresa pra mim também. 

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