A JORNALISTA NO MORRO

Capítulo 27

A história do Lúcifer é como todos na adolescência, conhece alguém se apaixona e vive uma intensa paixão, cheia de riscos e altos e baixos, porém ele sempre deixa a desejar, Andressa foi a  primeira fiel dele que eu conheci, eram animados e ela era muito querida na comunidade, mas sempre que brigavam ele era o primeiro a virar as costas, sempre que surgia uma ameaça ele era o primeiro a desviar do assunto, e sempre que tinha uma invasão ele ficava só até aonde ele queria e depois sumia deixando quem ele jurava amar para trás, em um desses confrontos em que ele sumiu, Andressa foi sequestrada, passou uma semana desaparecida e foi entregue sem vida na entrada do morro, ele poderia ter feito mais poderia ter ido atrás, mas a sua chácara é sempre o seu primeiro refúgio, então eu jogo na cara sim pois ele sempre comete o mesmo erro, e se acha no direito de dar ordens.

— Qual é a história da Andressa?

Essa é uma conversa que vocês devem ter, não tiveram tempo de se conhecerem e nem descobrir sobre o passado um do outro, vocês precisam agora de um tempo e depois esclarecer as coisas.

— Sei que sim, mas quero escutar todos os lados da história, eu percebi que ele pode ser manipulador quando quer, e eu não quero me deixar levar, preciso realmente saber dos fatos, eu realmente não conheço o homem com quem eu iria ter um filho.

Em uma das suas consultas você relatou que se apaixonou por ele, nos dias em que esteve  na sua casa, e que agora não sabe ao certo quais sentimentos tem por ele, isso se chama Síndrome do Estocolmo, parece ser algo diversificado mas acontece com bastante frequência, você precisa agora se acalmar e pensar com calma em tudo o que esta sentindo, quando estiver melhor sem os pontos e podendo andar tranquilamente, eu vou te levar até a chácara em que ele se esconde, vocês precisam de uma conversa e resolver de uma vez por todas a situação de vocês seja para ficarem juntos ou se separarem de vez.

— Vai ser uma conversa difícil.

Tudo que envolve o Lúcifer é difícil, mas você precisa disso, é uma passo importante para o tratamento, eu vou acompanhar você, estarei lá caso as coisas saiam do controle.

— Obrigada por me apoiar.

Eu sempre vou.

Síndrome de Estocolmo: explicando a vítima apaixonada28 de outubro, 2023

A Síndrome de Estocolmo é um fenômeno psicológico que ocorre quando uma pessoa desenvolve sentimentos de empatia, simpatia ou até mesmo paixão por seu sequestrador, agressor ou captor. Essa condição foi nomeada a partir de um caso ocorrido em Estocolmo, Suécia, em 1973.

O caso que originou o termo envolveu um assalto a um banco, no qual os reféns mantidos pelos criminosos desenvolveram uma relação emocional com seus captores, chegando ao ponto de defendê-los após serem libertados. A Síndrome de Estocolmo não é exclusiva de sequestros em bancos e pode ocorrer em várias situações de cativeiro prolongado, como sequestros, abuso doméstico, casos de reféns e até mesmo em relacionamentos abusivos.

Durante o período de cativeiro, a vítima pode experimentar uma variedade de emoções conflitantes, incluindo medo, raiva, confusão e solidão. Em algumas situações, a interação limitada com o agressor pode levar a momentos de relativa calma, e até mesmo cuidado e atenção por parte do agressor, o que pode criar uma sensação de gratidão ou afeição.

Características típicas da Síndrome de Estocolmo

Vários fatores podem influenciar o desenvolvimento da Síndrome de Estocolmo, como a duração do cativeiro, a qualidade das interações entre o agressor e a vítima, a presença de ameaças ou abuso intermitente, a vulnerabilidade psicológica da vítima e a falta de suporte externo.