Capítulo 1

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SALVATORE SAVÓIA.
Veneza - Itália.

— Casar? – anuo e meu primo, Mário. Cai na gargalhada, as vezes, não! Na maioria do tempo eu tenho certeza que ele é idiota. – Já estou até vendo, que lindo!

— Lindo é meu pau. Isso é aterrorizante, de onde já se viu? Eu, casado! – bufo me deitando mais na proltona de couro.

— Mas sabe que é necessário, meu tio não ira te dar a cadeira sem se casar antes. – meu primo, Anthony. Dá de ombros comendo seu enorme pastel.

— Eu não preciso de uma noiva para mostrar que sou capacitado ou não para ser chefe. – fecho os olhos. – Sei que é importante e necessário, mas ele podia me dar um voto de confiança. Não aguentei anos nas mãos dele pra nada, eu melhor que ninguém, sei que posso ser melhor que ele.

— A questão não é ser melhor que ele, mas sim, saber governar como tal. Sabemos o que você passou nas mãos do tio Leo, mas isso não irá fazer mudar as regras.  – Anthony me olha como meu pai me olhava quando eu estava errado. Droga!

Uma coisa é certa, não há como contestar Anthony Savóia. Ele é uma pessoa muito racional e inteligente, não sei de onde puxou tudo isso, mas ele é.

— Mesmo que eu odeie admitir! Mas, Anthony está certo, como das outras mil vezes. – Mário pega uma maçã e rola os olhos, enquanto Anthony cai na gargalhada.

— Eu sei que estou certo. Mas Salvatore tem que se casar, querendo ou não.

Nesse ponto ele está certo, tenho que me casar. E não posso nem escolher minha noiva, bom, em parte eu posso. Mas isso é errado! Estou escolhendo elas como se fossem uma roupa, me deram fotos de sete supostas mulheres perfeitas para serem a Primeira-Dama.

Mas nenhuma delas serão como minha mãe, ela é única. Ninguém nunca, irá ser igual há ela.

— Vocês podem me ajudar. – me estico para pegar as fotos em cima da mesinha, me sento e coloco as fotos no meu colo.

— Vamos nessa. – Mário esfrega suas mãos e tem um sorriso levado nos lábios.

— Até parece que é você, quem vai casar. – Anthony brinca, fazendo nosso primo fechar a cara na hora.

— Vamos lá. – pego a primeira foto, a menina é bonita, tem cabelos loiros e olhos castanhos. – Carina Stevens, dezenove anos. Mora em Palermo, Itália.

— Não! – Mário indaga com uma careta.

E assim começamos a olhar todas as pretendentes, muitas eles nem me deixaram completar; outras eles passaram horas olhando as fotos, no final ficamos em dúvida de três.

— Gostei dessa. – Anthony aponta, para a loira de olhos verdes. – Safira Lancelloti, ela é da Sicília e seu pai é um dos conselheiros.

— Já eu, amei essa aqui. – Mário pega a foto de uma asiática. – Alexie Person, vinte anos, mora na Inglaterra e é sobrinha de um dos juízes.

— E essa. – pego a foto de uma mulher bonita, cabelos lisos e presos em um rabo de cavalo, seu olhar é doce e penetrante. Interessante. – Quem separou ela?

— Nós dois. – Anthony aponta para si e para Mário. – A gente acha ela perfeita para você, irmão!

— Posso saber porque? – arqueo minha sobrancelha na sua direção.

Estou verdadeiramente curioso, nunca fui me em envolver com ninguém. Nunca tive nada mais que eu uma noite, o que pra mim já era o bastante. Sempre gostei de ter meu espaço, e tem mulheres que são grudentas demais.

— Ela é sagaz, e você consciencioso. Ela é doce e meiga, você é bruto e grosso..

Anthony ia continuar mas eu o interrompo.

— Literalmente. – Abro um sorriso malicioso. – Quer ver como sou bem dotado?

Me levanto ficando na sua frente, e levo meus dedos até a borda da minha calça social.

— Se você coloca os dedos no botão dessa merda. – aponta sua arma para o meio das minhas pernas. – Eu vou estourar suas bolas, senhor bem dotado.

Engulo seco e ouço a risada de Mário e Emília.
Pera, Emília?

Me viro e vejo minha prima encostada na porta sorrindo para nós. Logo ela corre na minha direção e eu a pego no colo, logo a rodando no ar. Quando a coloco no chão ela vai falar com Mário, e depois com seu irmão gêmeo, Anthony.

— O que você faz aqui, sua peste?

Emília estava na faculdade, já que ela conseguiu convencer meu tio a deixá-la fazer o curso de gastronomia. Sim, ela é apaixonada pela nossa cultura e decidiu se aperfeiçoar nela.

— Férias! – dá um gritinho e leva seus braços para o ar. – Estava com tanta saudade, e tenho tantas coisas para contar. Vocês não tem noção.

— É! Estávamos também com muita saudade, sua diabinha. – Mário começa a fazer cócegas em nossa prima, que luta para sair de seus braços.

— Então. – tenta recuperar o fôlego, depois da série de cócegas que nosso primo fez. – Você sabiam que meu ficante da faculdade desapareceu, assim, do nada!

Eu e meus primos nos olhamos. Ok, eu sou ciumento! Isso já é de família, mas ela é nossa irmã caçula. Crescemos nós quatro juntos, e nosso dever é protegê-la de qualquer homem nojento.

Quando descobrirmos que Emília deu seu primeiro beijo, eu e meus primos fomos na casa do menino - que na época, era nosso colega de classe – demos uma boa surra nele, e depois ele nunca mais se aproximou dela. Quando descobrimos - depois de quase oito anos - que ela estava ficando sério com alguém, surtamos.

Anoite fomos até sua faculdade e pegamos o menino, não o matamos, por ele ser um mundano e não saber quem somos de verdade. Mas nossa família tem uma empresa de tecnologia e imóveis por todo o mundo, os Savóia são muito cobiçados por ordem passam.

Então não foi difícil convencê-lo à ir embora do país, fiquei sabendo que ele se mudou para Portugal. Espero que continue lá, porque se eu sonhar que ele voltou, eu mesmo o mato sem pensar duas vezes.

— Que pena, querida irmã. – Anthony beija sua bochecha. – Que tal nos ajudar a escolher uma esposa para Salvatore?

— Você vai se casar? – pergunta, curiosa e eu sorrio de forma forçado.– Claro que eu ajudo! Cadê as opções.

Ficamos mais vinte minutos apresentando todas há ela, para no final as três finalistas também eram do seu gosto. Mas ela ficou em dúvida da Lancelloti e da Welfen. Confesso, as duas realmente me agradaram muito.

– Essa. – aponta para uma foto. – Você irá se casar com essa.

— Anelese Welfen. – falo pra mim mesmo.

Eu vou me casar com Analese Welfen!

Eu vou me casar com Analese Welfen!

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