Capítulo 14

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Oi anjos, tudo bem? Como prometido, aqui está há maratona de encerramento! Postarei cinco capítulos agora, e o restante ao decorrer do dia, ok!?

Tenham uma boa leitura.

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SALVATORE SAVÓIA.

— Onde está Analese?

Mário soube do que aconteceu, nosso advogado foi torturado e morto a algumas horas atrás. Estamos com medo de algo acontecer com as mulheres, então mandamos elas para suas casas.

— Foi com o chefe da segurança do evento. – explico, Mário olha para o homem ao seu lado e volta a me encarar. – Oque foi?

— Geraneral Ettore Lennox ao seu dispor, senhor. – o homem faz uma reverência, e eu travo meu maxilar

— CAZZO! – jogo a taça que estava em minhas mãos ao chão, oque chamou atenção de muitas pessoas. – Se você é o general, quem é o homem que levou minha esposa?

— Acalme-se, meu primo. – a voz serena de Anthony surge atrás de mim. – O identificamos como Balzak Ellicor, ele é um turco.

— Então voc está me dizendo, que a máfia de está nos atacando há mais de vinte e três anos, está com minha esposa?

— Basicamente. – ele abre um sorriso leve, mas logo se desfaz quando soco a parede ao seu lado.

— Pelas câmeras eles estão indo para sua casa.. – viro-me para Mário. – Tem algo que eles queiram lá?

— Não. Os documentos importantes estão em um cofre na departamento, não sei o que eles querem lá.

Começo a andar com passos decididos até a entrada do evento, meu carro já estava em minha espera. Não demoro à entrar e ouço a porta ser aberta e se fechar novamente.

— O que fazem aqui?

Encaro Mário e Anthony, que estão sentados um no banco do carona e o outro no de trás.

— Vamos com você, não é óbvio? – Anthony rola os olhos.

— Não podem ir. Ana é minha esposa, estão em minha casa. Isso não é problema de vocês.

— Foda-se. Somos uma família, e família não abandonam os integrantes na primeira dificuldade.

— É melhor você começar a dirigir logo, ou serei obrigado a atirar em suas bolas.. Penso que a linda Ana queira ter filhos.

Depois dessa doce motivação, ponho o carro em movimento e presto bem atenção na estrada. O caminho foi silencioso, cada um estava preso aos seus próprios pensamentos naquele momento. Quando paramos na frente da mansão, tudo parecia normal..

Saímos do carro e os soldados que estavam logo atrás de nós, se posicionaram em torno da mansão e outro grupo entrou conosco.

Ouvi um choro fraco e olhei para Mário, logo começamos a subir as escadas correndo com a arma em punhos. Abri a porta do meu quarto no chute, encontrando Ana deitada no chão encolhida no próprio corpo.

— Você está bem? – perguntei, ao pegá-la no colo e depositar na cama, enquanto meus primos olhavam o quarto e os outros soldados a casa.

— Não.. eu fui uma fraca, eu não suportei. – ela gagueja um pouco, por conta do choro.

— Você não é fraca! Você é a mulher mais forte que eu já conheci, eu te admiro por isso.

— Eles queriam o diário da sua avó, quando chegamos de lua de mel, o advogado Cavalcante disse que queria me ver. Ele em entregou o diário e me fez prometer não contar há ninguém, eles queriam o diário e eu tentei resistir mas ele me baterem e..

— Eles machucaram você? – avalio seu corpo, mas ela segura meu rosto.

— Eu estou grávida, Salvatore. Por isso quando eles me bateram eu logo disse onde guardava o diário, eu fiz isso pela vida do nosso filho.

Minha cabeça está processando ainda essa informação, não que seja muito difícil de entendê-la, mas saber que a mulher que me deixa encantado está carregando um filho meu. Sempre tive medo de ser pai, eu sempre achei que seria ou até pior que o meu pai. Tenho medo de não saber cuidar de outra pessoa, eu mal consegui proteger minha esposa quem dirá meu herdeiro.

— Ei. – ela segura meu rosto, enquanto eu encaro seus olhos. – Não sei o que está pensando, mas saiba que você será um belo pai. Eu confio em você e esse bebê também, Eu te amo.

— Eu tinha nove anos quando meu pai começou a beber loucamente, minha mãe morreu eu ainda tinha sete pra oito meses. Minha tia Ava cuidou de mim como se eu fosse seu legítimo filho, mas quando eu completei dez anos ela teve que viajar para o Canadá, já que temos família lá e precisavam dela. – suspiro, tentando não permitir que as lágrimas desçam. – Ele bebia todo maltido dia, uma certa noite eu estava desenhando e ele chegou bêbado pela primeira vez. Pensei que em ir desejar boa noite, então desci as escadas feliz para vê-lo, já que ele passava dias ou até semanas longe. Ele estava diferente, me olhava como se eu fosse o culpado de todas as duas desgraças..

— Não precisa continuar se não quiser.

— Não! Eu quero, você está entrando na minha vida, não quero que haja segredos. – assentiu e eu voltei a encarar minhas mãos. – Foi a primeira noite que ele me deu uma surra, na manhã seguinte eu me sentia frágil mas eu achava que ele só estava nervoso. As surras aconteciam toda madrugada, até que uma noite eu decidi me trancar no closet, minha pele clara já mostravam os roxos de socos e queimaduras. Funcionou, mas aí na outra noite eu vi que as chaves não estavam lá e mais uma vez eu recebi uma surra por aquilo. Na semana seguinte minha tia voltou e viu meu estado, minha babá na época não podia contar nada para meus parentes, quando meus primos iam lá para brincar ela dizia que eu estava doente e não podia ir. Minha tia Ava teve uma discussão com meu pai e levou-me para casa do meu tio Dante, lá eu soube o que era ser amado por um pai e uma mãe.

— E o seu pai?

— Ele continuou bebendo, mas quando eu completei quinze anos ele pediu para que eu voltasse para casa. Ele alegou que eu já estava quase na hora de ir para minha iniciação, mas antes eu precisava de dicas de como ser um verdadeiro chefe. – dou um sorriso amargo. – Ele voltou a me bater, mas dessa vez ele me levava para os galpão de torturas de traidores e prisioneiros. Ali ele me destruiu por completo, me fez odiar tudo que eu mais amava a família ele me mostrou que sempre seria eu por mim. Entrei para a iniciação e passei três meses lá, o próprio chefe ia lá para me torturar quando necessário. Meu tio Enrico tentava interferir por mim, mas acabava sendo reprimido pelo meu pai.

— E o que aconteceu depois?

— Eu sai da iniciação pior do que eu entrei. Eu mudei, Ana. – abaixo meu olhar, mas ela segura meu rosto.

— Você não tem culpa de nada, você era apenas um menino que sonhava em ter uma família. O monstro aqui nunca será você, eu admiro o quanto você aguentou nas mãos dele. Hoje você pode ter um futuro diferente, e eu estarei ao seu lado quando mais precisar.

— E se eu não for um bom pai?

— Ninguém nasce sabendo a andar ou falar, aprendemos com o tempo. Terá dias que iremos errar, mas podemos fazer de tudo para acertar na próxima vez. Seu pai não conseguiu lidar com o luto e acabou destruindo o amor que você sentia por ele, mas isso não significa que acontecerá com você.

— Obrigado. Por estar ao meu lado nesse momento, eu fiz coisas horríveis durante vinte e nove anos da minha vida, mas sei que somente acertei quando escolhi você para estar ao meu lado.

— Eu agradeço por isso, você não sabe o quanto.

Ficamos ali abraçados na cama, permito-me chorar aos seus braços por tudo. Por ter deixado meu pai me maltratar, por ter sido uma pessoa fraca e amedrontada durante anos.. mas especialmente por ter encontrado alguém que me faça finalmente feliz

PORTATO ALL' INFERNO - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora