Capítulo 17

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SALVATORE SAVÓIA.

Preparamos tudo e às 03h00 da manhã já estávamos no jatinho para a Turquia. Tive que deixar Ana dormindo, assim ela não iria se preocupar com minha viajem repentina. Nossa meta é voltar até amanhã anoite, já deixamos tudo preparado caso não retornemos.

Queríamos que Anthony tivesse ficado, assim ele poderia cuidar das mulheres caso algo acontecesse. Mas alguma coisa me diz que ele só veio, por medo de Ana e Belle o forçarem a ficar perto de Safira. O que eu não entendo é, ele tem atração por ela mas corre dela igual o diabo corre da cruz.

Mário estava todo momento tenso, isso é notável. Na realidade, todos nós estamos bem tensos com tudo isso. Meu tio Enrico veio conosco para essa visita, mas meu tio Dante preferiu ficar e cuidar das mulher - oque me acalmou mais -

O voo durou no mínimo umas treze horas, enquanto não acabava, bebemos, conversamos e até jogamos um jogo de tabuleiro. Assim que chegamos o clima tropical já nos pegou de surpresa, eram 16h27 e o sol ainda brilhava no céu azul.

Nossos soldados já nos esperavam no local do desembarque, eles vieram duas horas antes que nós. Caminhamos até os carros blindados e entrei no banco de trás, Anthony e Mário sentaram ao meu lado e Enrico no banco da frente, junto com o motorista.

Devo admitir, a paisagem da Turquia é bem bonita. Mas em compensação a Sicília ganha disparado, não é querendo me gabar, mas a Itália é um dos melhores países do mundo.

— Chegamos! – o motorista avisa, somente agora percebo que estamos na frente de uma enorme mansão vermelha, e no topo tem uma bandeira da Turquia.

— Obrigado. – agradeço, já abrindo a porta e esperando meus primos saírem e assim eu saindo em seguida.

Começamos a caminhar um do lado do outro, os soldados estavam atrás de nós, mesmo sabendo que eles não passariam do porta de entrada. A cada passo eles nos reconheciam e apontavam suas armas em nossa direção, quando faltava cinco passos do portão paramos e levantamos nossas mãos.

— Sou Salvatore Savóia, líder Italiano. Quero falar com Altan, o líder de vocês. – grito, eles olham entre si e falam algo no rádio.

— Será que ele irá nos receber?

— Com certeza, filho. Eles irão querer saber o que fazemos em suas terras. – tio Enrico responde ao filho.

— Eles não me parecem muito amigáveis.

— Porque eles não são, Anthony.

O guarda veio nos buscar, mas antes tivemos que passar por uma longa e constrangedora revista. Tiraram tudo de nós, estamos desarmados em território inimigo. Passamos por vários corredores bem escuros, tinha pinturas bem estranhas e feias nas paredes.

— Fiquem aqui, vou anuncia-los. – o homem bate na enorme porta de madeira e logo entra.

— Credo. – Mário está olhando pra algum ponto do corredor, direciono meu olhar e vejo um enorme quadro em um homem, ele é moreno e careca seus olhos são castanhos e ele estranhamente parece com meu avô. – É a replica do meu tio.

— Isso é estranho. – Anthony faz uma careta, olho para os meus tios e eles estão se olhando.

Que caralhos está acontecendo aqui?

O soldado voltou e nos deu permissão para entrar, assim que adentramos naquele escritório o cheiro forte de charuto entrou em nossas narinas, olhei de realce para Mário que continha uma cara de puro nojo.

O homem moreno, com os olhos castanhos e cabelo grisalho nos olhava atento e com um ar de deboche. Atrás dele havia um retrato do mesmo homem do corredor, será muita coincidência ele ser parecido com meu avô?

— O que querem aqui? – foi direto e reto, quase o nariz dele acerta meu olho de tão empinado está.

— Boa tarde. – digo, mas ele sentiu meu deboche.

— Se viram aqui para me desejar boa tarde, já podem voltar pro país sem graça de vocês. – ele olha para alguns documentos na mesa, Mário ia avançar nele mas é parado pelo meu tio.

— Te garanto que eu não iria sair do meu país, pra vir nesse vim de mundo e olhar pra sua cara feia.

— Olha como você fala comigo, seu garoto insolente. – ele se levanta, os soldados atrás dele nos avaliam atentamente. – Não se esqueça que estão no meu território e sem armamento algum.

— Já matei com muito menos, não se ache somente porque estamos desarmados. – me aproximo dele, as armas foram apontadas pra mim mas eu não paro. – Ou acha que estamos no poder por anos atoa?

— Fale oque vocês querem aqui, antes que eu os expulse. – volta a se sentar.

Olho para os meus primos e tios em cumplicidade, precisamos ser cautelosos e espertos, sabemos que o líder turco foi morto e esse no poder é o seu filho.

PORTATO ALL' INFERNO - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora