Capítulo 8

508 36 2
                                    

SALVATORE SAVÓIA.

Não irmão, não posso, isso é ridículo!

Mário..– Digo em forma de repreensão. – Olha só, eu nem devia estar tendo essa conversa! Você é o mais velho de quatro primos, você que deveria ser o racional.

Mas você é o futuro chefe, assim você pode treinar comigo. Me dando dicas, me ajudando a me livrar desse casamento! – Sua voz é de pura súplica.

— Não posso fazer nada! As negociações são entre o tio Enrico e senhor Wagner. – murmuro. – Belle parece ser uma boa esposa.

Pouco me interessa! Eu quero minha liberdade, assim posso ficar com quem eu bem entender.

— Então vai se fuder.

Você é um imprestável! Quer saber, vai atrás da sua esposa. – Reviro os olhos pelo seu drama.

— Que lindo. Está com ciúmes de mim! – Dou uma risadinha. – Saiba que estou lisonjeado.

Seu arrombado. Como está a Ana?

Que intimidade é essa com minha esposa? – Arqueo minhas sobrancelhas, mesmo que ele não possa ver.

responde a porra da pergunta..

BEM. – Grito. – Tá feliz?

Muito, seu gostoso..

Quando eu ia respondê-lo, ouço a porta do closet ser aberta e viro-me para olhá-la. E lá está ela, a mulher que nesses últimos dias está mexendo com minha cabeça.

Ela usa uma conjunto de short e cropped, ambos na cor branca e rendados. Seus cabelos estão em um rabo de cavalo alto, que sinto minhas mãos formigarem para puxá-lo. Seus lábios estão avermelhados, ela usa um colar diferente, não é mais o da família Savóia. A pulseira que eu lhe presenteei está ali, ela usa uma rasteirinha linda e vem andando devagar até mim.

— Cuidado. – Avisa e eu olho-a sem entender, até que ela passa o indicador nos meus lábios. – Está babando, querido.

Essa mulher é extremamente imprevisível, isso que me faz querer ficar cada vez mais próximo dela. Me faz sentir fora controle, parece que ela me tem em suas mãos de forma básica. Como se eu fosse somente um brinquedo, ela me tem, mas vejo que não percebeu isso ainda.

E temo por mim quando perceber!

— Mário! Se vira. Depois conversamos! – Desligo a chamada, sem esperar o babaca do meu primo responder.

Coloco o celular no bolso da minha bermuda jens clara, estou usando uma camisa com mangas pequenas, ela é florida na cor preta. Estou usando meus acessórios tradicionais, corrente, brinco, anéis e relógio. Nos pés eu uso um chinelo que tem somente uma alça na parte de cima.

Ela me olha de cima à baixo pela minha demora a respondê-la, vejo seu lábio se abrir e fechar contínuas vezes. Seu olhar está fixo ao meu tanquinho descoberto, já que eu não fechei minha camisa.

PORTATO ALL' INFERNO - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora