Faziam exatas duas semanas da breve escapada de Harry, e durante as duas semanas ele pensou ter ficado doente já que sempre tinha enjoos, tonturas e queda de pressão durante uma parte do dia, ele estranhou também o fato de que um pulso mágico estava pulsando nele, além de uma linha azul escuro ter aparecido em seu pulso esquerdo.
De início ele apenas estranhou, pensou ser o efeito de algum feitiço das aulas, ele pensou que os vômitos e as tonturas eram falta de alimentação ou de sono, mas os gêmeos e Neville nunca o deixavam sem comer.
Os amigos já estavam preocupados com ele quando viam tudo acontecendo, mas não comentaram com nenhum professor ou com Pomfrey, a pedido do menino que disse que logo passaria ou ele iria a enfermagem. Nenhum dos sintomas passou e ele não havia ido à enfermaria saber o que era.
Nesse exato momento ele estava sentado em uma cadeira ao lado de Neville durante a última aula do dia, ele sentia tudo girar, mas devia manter a cabeça erguida por ser poções. O colega as vezes segurava-o pelo ombro para mantê-lo equilibrado, mas a sala rodando e o âmago amargo que subia sua garganta, Neville não impedia.
Ele deu graças a qualquer entidade que o olhava quando a aula acabou, ele ficou na sala e respirou, duas, três, quatro, dez vezes até estar estável. Abrindo os olhos que ele sequer percebeu que fechará, ele viu o padrinho parado com o olhar preocupado a sua frente, tentando descobrir o que estava errado e Neville estava ainda sentado ao seu lado com os gêmeos parados á poucos passos da porta da sala.
— Pirralho, o que tem de errado com você? — Ele arqueou a sobrancelha olhando o garoto de cima. — Você girou minha aula toda...
— Padrinho, eu não tenho me sentido bem ultimamente. — Harry começou. — Tenho vomitado quase tudo o que eu como, tenho tonturas, ando mais cansado que o comum e bem sonolento.
— Pare de brincar com a sua saúde, pirralho. Você comeu algo que não deveria? Talvez seja uma intoxicação alimentar. — O homem avaliou.
— Não estou brincando padrinho... — O garoto olhou choroso para o homem e puxou a manga da camisa, mostrando a linha azul escuro pulsando de forma leve. — E isso apareceu em mim.
— Há quanto tempo? — Severus avançou sobre o afilhado, olhando o pulso dele.
— Uma semana mais ou menos, não tenho certeza, acordei uma noite com essa coisa ai, achei que era reação de algum experimento que deu errado. — Neville assentiu e olhou do amigo para o professor.
— Vamos até Poppy! — Ele exclamou puxando o afilhado, Severus rezava para estar errado em sua constatação. — Os outros podem ir jantar e irem para a sua comunal.
Ele arrastava o afilhado pelos corredores da masmorra indo em direção ao sexto andar para a enfermaria, Harry podia ver os alunos abrirem espaço sobre o corredor já que parecia que o professor os atropelaria de ficassem no caminho. Eles subiram e subiram escadas, O garoto já estava cansado de tantos degraus e escadas que não favoreciam levando-os a outros corredores.
O grifinório estava respirando de vagar já, eles não caminhavam e sim corriam, Snape parecia tão perturbado quanto possível e já que Harry nunca vira o padrinho assim era algo estranho de se ver.
Foram quinze minutos correndo por entre alunos, corredores e quadros, até eles chegarem no sexto andar, ambos estavam ofegantes e suados, mas Harry estava prestes a vomitar quando Severus empurrou a porta dupla do andar, entrando na ala de enfermaria. Ele puxou o mais rápido que pode o cesto de lixo que tinha ao lado das portas duplas.
Ele estava ajoelhado colocando o pouco que ele comeu para fora, quando Poppy apareceu ao seu lado, ela abraçou os ombros do menino e quando ele terminou, ela o ajudou a levantar e caminhar até uma maca. Ela olhava para Severus e Harry tentando obter alguma explicação para a situação toda, mas ela apenas via o olhar cansado de Harry e o apreensivo de Severus.
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Nosso Herdeiro - Tomarry
FanfictionHarry já estava farto de todos dizerem o que ele tinha que fazer ou não fazer, estava cansado de ter que ouvir o que podia ou não fazer, e uma noite foi capaz de mudar toda a vida do garoto de ouro. Ele teria que fazer a escolha mais importante de t...