Capítulo 07

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Duas semanas depois de ter uma conversa confusa e profunda com Tom, Harry começou a passar mais tempo no jardim da mansão lendo algum livro ou apenas dormindo durantes as tardes tranquilas, Tink planejou uma estufa enorme para que o garoto ficasse sempre que os comensais do lorde aparecessem, o que era quase sempre. Nessas duas semanas ele quase não viu o pai do seu filho, o homem passava o dia todo trabalhando, em reuniões e ou assinando papeis.

Por algum descuido ele ouviu o lorde dizer que seus seguidores não deveriam matar ninguém, a não ser que eles fossem atacados primeiro, mas antes de qualquer coisa, eles deveriam atordoar para que não houvesse nenhuma morte. O garoto minimamente ficou feliz com a descoberta, mas ainda se sentia só por não ver o homem tanto quanto queria ou até mesmo ver Nagini que passava dias fora.

Para tentar se distrair durante as tardes, Harry lia e fazia as atividades enviadas por seus amigos, mas não ter companhia depois de tanto tempo rodeado de pessoas era solitário, em duas semanas o garoto tinha terminado a pilha de livros sobre arte das trevas, e já tinha até mesmo praticado alguns feitiços, leu a pilha de livros de astronomia, e às vezes, ele se perdia as horas olhando o céu estrelado mapeando mentalmente as constelações.

Agora ele estava lendo a pilha de livros sobre alquimia e necromancia, olhando as capas, os livros parecem chatos e desinteressantes, mas ao começar a ler, Harry se apaixonou por cada um, os livros chamavam tanto a atenção de Harry que por diversas vezes ele se esqueceu que deveria almoçar ou jantar.

Mas algo que irritava o garoto era que ele não podia fazer nada além de ler ou estudar, não podia andar por quase nada, falar nada, mal tinha privacidade para seus malditos enjoos já que a casa sempre estava cheia de comensais. De repente Harry sentiu uma onda de magia conhecida tão bem por si, ele respirou fundo e fechou o livro, segundos depois o lorde apareceu em sua frente, mais uma vez as roupas formais se fizeram presentes.

— Harry...

— Lorde. — O garoto levantou se colocando na frente do homem.

— Já pedi para não me chamar assim, Harry... — O homem falou em tom de desistência.

— E eu não vou te chamar por outro nome ou pseudônimo.

— Certo. — O lorde desistiu e olhou Harry de cima a baixo. — Como vocês estão?

— Estamos bem, apesar dos enjoos e toda essa movimentação na mansão. — Ele apontou a falta de privacidade de forma indireta.

— Ontem o pulso mágico estava um pouco agitado, eu passei um bom tempo conversando com ele... — O mais velho confessou e então tocou o abdômen de Harry, o que estava se tornando um hábito.

— Ontem? — Ele perguntou perdido. — Que horas?

— Já estava tarde, você estava dormindo... — O lorde sussurrou e Harry sentiu a corrente mágica correr seu corpo.

— Eu não sabia que você conseguiu um tempo livre ontem. — Harry falou fraco se sentindo observado, sem o mínimo de privacidade.

Mas a casa é dele, eu não posso fazer nada, o menino dialogou consigo mesmo.

— Eu fugi daqueles incompetentes para saber de vocês, Tink tem me contado que você passa muito tempo aqui fora lendo...

— Sim, alguém tem usado um dos quartos ao lado do meu, não queria ser descoberto. — Ele deu de ombros e olhou em volta.

— Vou ver quem está indo lá em cima, mas agora, vamos comer. O que acha? — O lorde ofereceu a mão para o garoto e de forma hesitante Harry aceitou.

Nosso Herdeiro - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora