Capítulo 12

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Na comunal dos leões Hermione andava de um lado para o outro enquanto roía as unhas, ela estava visivelmente perturbada. Hermione não conseguia dormir direito pois sempre sonhava com o que o amigo poderia estar sofrendo, não conseguia comer direito porque sempre que via seu prato tão farto de comida, ela pensava em Harry, pensava que o amigo poderia estar passando fome ou sede. 

   Ela não sabia realmente o que estava acontecendo com Harry, e era aquilo o que realmente a incomodava. Tudo o que ela sabia era que Dumbledore não pensava em ser nada gentil, pois por meses o diretor procurou o grifinório que escolheu manter o filho de você-sabe-quem. 

   Mas naquele momento, duas semanas depois de eles terem invadido a mansão onde Harry estava, Hermione sentia culpa, pois ela já sabia do plano do diretor de se livrar do feto. Ela olhou para Ronald que como sempre, estava se empanturrando de comida, ele estava rodeado de caixas de sapos de chocolate, feijões mágicos todos os sabores, penas açucaradas, delícias gasosas e varinhas de alcaçuz.

   — Como você consegue comer tanto assim? — Hermione perguntou irritada, andando de um lado para o outro.

   — Eu estou com fome Hermione, como eu poderia não comer? — Rony perguntou como se fosse óbvia a resposta.

   — Você é um incrível idiota, sabia? Seu amigo está em sabe-se lá onde, correndo sabe-se lá quais tipos de perigo e você fica se enchendo de comida. — Hermione falou irritada.

   — Eu não estou mais te entendendo Hermione, há uns dias você falou que isso era para o bem do Harry e agora acha que ele está em perigo?! — Rony a olhou com a sobrancelha arqueada.

   — Sim, realmente, mas você viu a maneira que o diretor falou e como ele olhava para o Harry?

   — Pensando por esse lado, o diretor estava bem estranho mesmo. — Ronald pensou um pouco na maneira que o diretor estava agindo.

   — Precisamos achar o Harry, acho que o diretor vai fazer algo muito ruim...

   — E como a gente vai achar o Harry, estamos falando de mexer na magia do diretor. — Rony falou como se tentar achar o amigo fosse algo impossível. — Não podemos usar nenhum feitiço para rastrear ele, o que você quer fazer?

   — Os gêmeos e o Malfoy estavam andando com o Harry e falando dele, e eu também vi o Malfoy com o Harry no dia que resgatamos ele...

   — Quando chegamos na mansão onde o Harry estava não achei que ele parecia precisar ser resgatado, Mione.

   — E por que você não falou? Deveríamos ser sinceros um com o outro! — Hermione bufou, a raiva correia suas veias.

   — Em que momento eu já duvidei ou questionei uma decisão na qual você tivesse certeza? 

   — Agora você quer dizer que eu sempre estou certa? Você nunca fez isso... 

   — Eu já não te entendo, sempre diz estar certa, mas, quando eu não opino e só aceito que você está certa, eu estou errado?! — Ronald jogou os braços para cima como se não entendesse mais nada e se jogou no sofá da comunal onde estava antes.

|...| 

   — Draco! — O garoto parou de andar ao ouvir a voz irritante da garota grifinória de cabelos cheios.

   — O que você quer garota? — Draco perguntou já sem paciência e irritado, não queria ficar sozinho com a Granger e o Weasley.

   — Queremos conversar com você sobre o Harry, sobre vocês permitirem que você-sabe-quem o sequestrasse... 

Nosso Herdeiro - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora