Harry estava sentado no chão de uma sala abandonada nas masmorras há mais de uma hora, ele não sabia o que fazer ou para onde ir, sabia que sua comunal era o primeiro lugar que a ordem procuraria então ele evitou ir para lá. Ele pensou em ir para os aposentos privado do padrinho, mas ele não sabia onde ficava então ele se escondeu em uma sala de aula não utilizada.
Ele sabia que não deveria estar chorando, mas ele não sabia o que fazer, chorar era o que acalmava os problemas da vida, mas naquele momento não estava sendo de grade ajuda. Toda vez que ele fechava os olhos e via o olhar de nojo de Sirius seu peito parecia pegar fogo, ver Remus apoiar Sirius doía, e seus amigos? Isso fazia parecer que ele tinha uma faca presa as costas.
Enquanto chorava como uma criança a única coisa que passava na cabeça de Harry era 'eu não deveria ter aberto a boca!', ele achou que a ordem, seus padrinhos, e seus amigos, nunca colocariam sua vida em risco, Harry sabia bem de quem aquela criança era, cinquenta por cento da criança, teria o DNA do Lorde das trevas. Mas os outros cinquenta por cento seriam de Harry, um filho seu, sendo gerado por si, ele esperava ao menos, um pingo de felicidade ou compreensão.
No instante em que o garoto iria levantar para sair daquela sala após engolir o choro e apenas se martirizar em silencio, passos baixos soaram e ele prendeu a respiração, mesmo doendo ele fez, não queria que a ordem o achasse. Quando os passos pararam, ele voltou a respirar, mas se surpreendeu com que entrou na sala com cuidado.
— Oi? Tem alguém aí? — Era Draco. — Eu não vou te machucar... — Harry viu que o loiro olhava por toda a sala, mas parecia não ver ele ali.
— Vá embora Malfoy, por favor... — Harry pediu com a voz chorosa.
— Pottah? — Harry o viu parar e olhar em volta. — Onde você está? — A cara de confusão de Draco era algo que fazia Harry querer sorrir.
— Na sua frente seu estúpido!
— Tire o feitiço testa rachada, eu não consigo te ver... — Harry suspirou vendo o loiro olhar exatamente para onde ele estava, mas ele não parecia conseguir vê-lo.
Ele não sabia como o feitiço fora jogado sobre ele e nem como desfazer, ele não se lembrava de jogar feitiço nenhum, mas então ele começou a pensar que queria ser visto pelo Malfoy mais novo e parece ter funcionado, já que agora ele o olhava espantado.
— Já me viu Malfoy, agora vá embora, por favor. — Harry pediu secando as lágrimas.
— O que aconteceu Potter? — O olhar do loiro parecia estar carregado da mais pura preocupação e esse sentimento fez Harry deixar de compreender o sonserino mais ainda.
— Harry? — Ele escutou três vozes o chamando, ele as conhecia, mas não sabia se poderia confiar neles. Ele viu três pessoas entrarem na sala em que ele estava e olharem para um Draco parado e um Harry choroso.
— O que você fez Malfoy? — Neville perguntou rude, indo para perto de Harry.
— Eu não fiz nada Longbottom, eu ouvi alguém chorando e vim ver o que era e então encontrei o Potter assim... — Ele explicou, Harry assentiu confirmando ser verdade, não queria arrumar confusão.
— O que aconteceu Harry? Seu padrinho está te procurando como um louco chegou até a ir à comunal da grifinória.
— Qual dos meus padrinhos Fred? — O tom de voz medrosa surpreendeu os quatro jovens presentes, Harry nunca temeu os padrinhos.
— Snape. — George respondeu e ficou parado ao lado do Malfoy.
— Ok Potter, você pode dizer o motivo de você está chorando aqui nas masmorras? — Draco pediu, os braços cruzados sobre o peito e uma feição irritada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nosso Herdeiro - Tomarry
FanfictionHarry já estava farto de todos dizerem o que ele tinha que fazer ou não fazer, estava cansado de ter que ouvir o que podia ou não fazer, e uma noite foi capaz de mudar toda a vida do garoto de ouro. Ele teria que fazer a escolha mais importante de t...