16.

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— Então, quer dizer que as próximas músicas do Stray Kids vão ter palavrões? — Perguntei risonha.

— Não vou decepcionar, pode esperar as maiores atrocidades de palavrões acumulados há mais de 5 anos de grupo. — Chan brincou enquanto me abraçava de lado. — Estou feliz que teremos mais chances de descanso e Changbin fez questão de que a empresa não o incomodasse mais sobre seu corpo.

— E lá se vão as repressões sem sentido. — Sorri grande, estava genuinamente feliz. Não conseguia mensurar o quão irritante deveria ser alguém controlando cada um dos seus passos.

— Foram semanas de negociações — Começou ele, a voz baixa, quase como se não quisesse quebrar o momento. — Quando começamos a falar sobre a renovação do contrato, todos os membros concordaram que era hora de exigir mudanças. Não só para nós, mas também para nossos futuros. Queríamos mais liberdade, mais tempo para nós mesmos. Mas, acima de tudo... eu precisava garantir que você e eu tivéssemos uma chance real.

Suspirei, ouvindo atentamente o que Chan tinha a dizer.

— Eu sabia que não poderia te pedir para esperar por mim se não tivesse algo concreto a oferecer. Foi por isso que fiquei distante esses dias. Precisava focar em fazer isso acontecer, por todos nós. E agora... — Chan respirou fundo, me encarando com aquele olhar tão sincero e cheio de amor. — Agora podemos continuar juntos sem viver com medo de que descubram.

Eu estava em choque. Tudo parecia surreal. As mudanças no contrato, o apoio dos membros, o sacrifício e a coragem que ele teve para lutar por nós dois... Era mais do que eu poderia ter imaginado.

— Você é maluco, sabia? — Disse, rindo entre lágrimas, o alívio finalmente me alcançando. — Isso foi arriscado demais.

— Talvez. — Ele deu de ombros, um sorriso brincando em seus lábios. — Mas você vale o risco, Nari. Sempre valeu.

Eu não consegui me conter. Me joguei em seus braços, capturando seus lábios macios em um beijo apressado e cheio de amor. Como eu sentia falta disso!

— Vocês não tem vergonha, não? — Changbin gritou entrando na sala acompanhado de Hyunjin. Os dois nos encaravam divertidos. — Essa pouca vergonha na nossa casa!

— Vocês dois deveriam ser expulsos por atentado ao pudor! — Hyunjin acrescentou, rindo e jogando uma almofada em nossa direção.

Eu e Chan nos afastamos de leve, mas ele não soltou minha cintura, apenas riu da reação dos amigos.

— Estamos apenas comemorando! — Chan disse, lançando-lhes um olhar provocativo.

— Tá com inveja, Changbin? — Provoquei, limpando o rastro de lágrimas do meu rosto, ainda sorrindo.

— Inveja? Dessa troca de salivas nojenta? Claro que não! Só estou tentando evitar que façam... aquelas coisas no sofá de novo.

Chan pegou outra almofada e jogou em Changbin, que desviou com facilidade. Hyunjin, por outro lado, já estava praticamente sem fôlego de tanto rir.

— A verdade é que vocês dois são um casal fofo demais, mas a gente não pode elogiar muito porque sobe à cabeça. — Hyunjin finalmente conseguiu dizer entre risos.

— Fofos? — Perguntei, arqueando uma sobrancelha. — Isso vindo de você, Hyunjin, que dormiu no sofá porque o Changbin adormeceu na sua cama, e você ficou com pena de acordá-lo por causa do biquinho bonito que ele faz enquanto dorme?

Ele arregalou os olhos e apontou para mim em falsa indignação. Changbin pulou em cima de Hyunjin, o abraçando e o enchendo de beijos, gritando "esposa" e outras coisas que não entendi por causa da risada alta de Chan ao meu lado.

𝙀𝙁𝙁𝙊𝙍𝙏𝙇𝙀𝙎𝙇𝙔, 𝘣𝘢𝘯𝘨𝘤𝘩𝘢𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora