06 | Understood, delegate?

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Londres, Inglaterra
07:30am

Noah's pov

Na sala gélida da prefeitura, eu e Sina nos encontramos logo cedo com todas as amostras da coisa que achamos na festa.

Deinert está extremamente séria, observando a testagem que fazem para a confirmação se são drogas ou não. Seus braços estão cruzados. Ela usa um vestido branco tubinho e um blazer branco também com detalhes em dourado.

—Teste positivo para cocaína, prefeito — a perita confirma, mostrando a tonalidade azul viva formada pelo encontro da droga com a substância investigativa.

—Obrigada, Perito. Sra. Deinert e Sr. Urrea! O trabalho de vocês foi ótimo, mas vocês terão que voltar hoje ao iate e investigar mais. Nos domingos, pelo o que parece, a proprietária visita a festa, e provavelmente, vai chegar mais droga. Preciso que vocês captem as placas e se possível, até mesmo digitais.

Por um momento, congelo. Não quero trabalhar com Sina novamente. Não, não! Isso é um pesadelo repetido. A advogadazinha também parece não estar satisfeita: os olhos delas se arregalam assim que ouve essa possibilidade.

—Olha, com todo respeito, Sr. prefeito, mas eu não vou mais trabalhar com a Sra. Deinert e o Sr. Mike juntos novamente — me exalto, sentindo repulsa somente de lembrar dessa imagem do inferno.

—Isso não será problema, delegado! Mike está fora do caso. Além de ser irresponsável, não estava adicionando nada nessa investigação.

—O que? — Sina questiona, estreitando seus olhos raivosamente. — Deus me defenda.

[...]

Narradora's pov

Deinert agora estava a procura do seu vestido para essa ocasião ridiculamente especial. Ela voltara a loja para escolher outro vestido, e assim que entrou, bateu o olho em um vestido preto. Ele batia até o meio das coxas. Era colado, e no lado direito, havia uma fenda proporcional ao comprimento. Seu decote era reto — deixando aparecer somente a superfície dos seios —, sendo sustentado pelas mangas meio bufantes no início e que ao longo do comprimento, colavam no corpo.

Sina se aproxima da peça, passando a mão pelo macio tecido — que provavelmente devia ter uma costura de mil fios de algodão. A loira o pega e leva para o provador, encaixando em seu corpo.

Por um momento, ela perde o ar somente pela beleza daquele vestido; passa a mão pelo seu corpo coberto pela peça e se admira. A garota já aprendera a muito tempo a se amar, se aceitar e se admirar nos momentos certos; não era uma narcisista. Ela desfila no provador, mexendo seu quadril sutilmente. Vira, olha suas costas nuas até acima da bunda.

A loira para e fica imaginando o coldre que carregaria o revólver, o qual mais tarde descansaria ali. Deinert passa a mão pela coxa direita, na fenda.

Sina coloca sua roupa novamente e sai dali, pagando pelo belíssimo vestido, que por sorte, encontrou nesse curto espaço de tempo.

[...]

Mais tarde, Noah e Sina estavam prontos, e se encontraram no mesmo lugar anterior: o escritório da advogada.

Urrea optou por usar uma blusa social branca, um conjunto de calça e blaser preto e um sapato social.

—No carro eu te explico o plano, delegado — declara a loura, entrando na limusine preta.

Quando ambos estão aconchegados no banco, eles ficam totalmente calados e se observam. Noah passa o olhar pelos olhos de Sina, o vestido com sua fenda fantástica e sua perna nua. Por um momento, o moreno perde o ar só de ver aquela imagem, conseguindo imaginar claramente a rival nua.

Sina também não fica para trás. A Deinert trata de secar o delegado de cima a baixo, parando seu olhar nos três botões da blusa do moreno, que estão abertos. A loira se arrepia com o pensamento de abrir todo o resto dos botões da porra daquela blusa.

Um ar de fúria, tensão e excitação inala o ar daquela limousine, tirando as vendas do cego — já que eles vão continuar mentindo para o seu corpo; e como sempre, afastar aqueles pensamentos com um: "o tanto que tem de beleza tem de chatice".

Deinert se desvencilha dos pensamentos intrusivos e inapropriados. Mas antes mesmo que pudesse racionar, Noah se aproxima tanto da loura que parece que vai beija-lá. O moreno coloca suas mãos na cintura de Sina, que paralisa, sem associar o que acontece ao seu redor. É possível que um sinta a respiração — quente e acelerada — do outro, por conta da proximidade inimaginável. A consciência da loira volta na velocidade da luz e ela o empurra para o outro banco, subindo nele, tirando a pistola do coldre e colocando na garganta de Urrea, que levanta as mãos em rendimento.

—Eu juro que na próxima vez que você pensar em fazer isso, eu estouro sua garganta, porra — os olhos verdes de Sina passam calor, a fúria estampada em seu rosto raivoso.

Já Noah, sorri ladinho, numa tentativa — bem sucedida — de provocar a advogada. Ele sente seu coração pular no peito, e interpreta como se fosse a raiva gritando. O moreno sente excitação; seu amiguinho de baixo não o deixa mentir em questão a isso. Quando a loira percebe o pênis do rival acordado — o que não foi difícil, já que a única proteção das partes íntimas de ambos são: o tecido da calça de Noah e a calcinha fina de Sina —, se constrange levemente. Suas sobrancelhas se levantam, mas quando observa a droga do sorriso de Noah, sente a fúria voltar.

—Entendido, delegado? — Deinert pressiona a arma na garganta de Urrea.

—Sim, Loirinha.

E não me chame desse apelido. Vamos logo entender a droga desse plano! — declara a loira, saindo do colo do moreno.

[...]

Quando a limusine preta para em frente a festa, Sina e Noah descem do carro, preparados para tudo. A música alta chega em seus ouvidos, e o cheiro da bebida alcoólica inala suas narinas e eles entram, glamourosamente.

Eles disfarçam um pouco na festa, dançando e bebendo uma bebida com baixo teor alcoólico. Apesar de dançarem em um pequeno espaço de tempo, Sina desce e sobe sensualmente, sentindo a música de invadir, e expelindo toda essa emoção dançando. Ela dança lentamente. Noah observa a garota, lambendo os lábios e tombando a cabeça para o lado, em uma tentativa — fracassada — de afastar essa imagem.

A "diversão" é interrompida quando a advogada avista algumas pessoas na varanda do iate, observando o mar ansiosamente. Ela chama Urrea com o dedo e segue até lá, dizendo para o moreno ficar na "esquina" dessa sacada. A loira pega o celular intocável e coloca na palma de sua mão, como se estivesse levando normalmente. Ela se aproxima e uma mulher morena se vira.

—Olá, o que faz aqui? — ela parece receosa.

—Olá! Ah, eu estava querendo ver golfinhos — Deinert inventa uma desculpa e olha para o mar, vendo bolhas de ar saindo e um pé de pato escapando do fundo da água rapidamente. Um mergulhador. A voz da mulher diz algo, mas Sina só presta atenção no barco a 20 metros do iate.

—Senhora? — a moça pergunta.

—Oi! Desculpe, pode falar! Ah, eu nem me apresentei, uh? — Sina levanta a mão com o celular para cumprimentar a moça. — Prazer, Maria!

—Prazer! — a moça aperta a mão com o celular. Checkmate; a digital da morena estava ali, e agora Deinert podia ir. Ela se despede e vai em encontro a Noah, que está a espera na "esquina" daquela sacada. A loira joga o celular no saco transparente.

—Maria? Sério? — Urrea questiona.

—Não menti em nenhum momento, delegado — a loura ri.

—Espera, que?

—Vamos logo sair daqui — declara a advogada, ignorando a pergunta e indo até o automóvel que espera eles.

                                    📌📌📌

A margarida apareceu, a criatividade deu as caras!!
Finalmente voltei!! Me desculpem, mas eu estava sem ideia e ESTOU muito desanimada com essa fic kk dor.
Votem e comentem! o outro cap teve 2000 palavras e vcs nem deram sinal de vida :((
Bjo GOSTOSOSSSS!!

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