Londres, Inglaterra
09:30amSina's pov
Turbinas de aviões sendo testadas, pessoas com roupas em neon dando sinalizações para aeronaves apressadas e atrasados correndo com suas malas.
E inclusive, eu e Noah estamos nesse bolo, correndo até o portão 8. Quando finalmente chegamos ao tal portão, a moça pede nossos documentos.
—Cidade do México, que destino legal! É um ótimo lugar para um casal tão bonito como vocês. Ouvi dizer que quando um casal vai até lá, seus sentimentos se intensificam! — a moça sorri leve, falando a última parte como se fosse uma fofoca.
—Não somos um... — tento negar sua afirmação, mas Noah me puxa brutalmente pela cintura, me lembrando que agora somos um casal. Resmungo baixinho.
—Com certeza nossos sentimentos se fortalecerão! Não é, meu bem? — Urrea sorri falsamente enquanto me provoca dessa forma.
—Claro! — respondo com uma leve pitada de ironia.
—Pronto, tudo certinho. Tenham uma boa viagem, lindo casal! — a ruiva sorri.
Então damos partida para o túnel de ligação à aeronave com a mão do delegado ainda em minha cintura. Quando vejo que a ruiva que nos atendeu está longe do meu campo de visão, me desvencilho de Noah.
—Ew! Não faça mais isso.
—Sinto muito, mas só queria lembrar que a partir de agora somos um casal. Então farei isso sim! — o moreno responde.
—Ah, droga. Que castigo é esse, Deus? — eu questiono. — Vamos entrar nessa porcaria de avião logo!
Entramos no avião e encontramos nossas poltronas. Após pouco tempo, se inicia o aviso do piloto sobre a decolagem. Gelo. Minhas mãos começam a soar e minhas pernas estremecerem.
Não gosto muito de aviões, não é meu forte. Sinto um leve medo, ainda mais na decolagem. Pelo visto, Noah percebe meu nervosismo e entrelaça nossas mãos. Se fosse em outro momento, eu até negaria e mandaria ele parar com isso, entretanto agora meu coração está prestes a sair pela boca. Logo, somente lanço um olhar longo para ele, que retribui.
—Desculpe, eu só achei que... — ele tenta tirar a mão da minha mas eu a seguro forte.
—Só cala a boca. — respondo grosseiramente, interrompendo-o e me odiando por ter que estar de mãos dadas com Urrea para não cair dura de tanto medo.
Fecho os olhos e as turbinas começam a grunhir dando partida. Noah aperta levemente a minha mão, e só depois de um bom tempo que o avião se estabilizou no ar, percebo que ainda estamos com as mãos dadas e largo imediatamente.
[...]
As aeromoças começam a passear pelo o avião oferecendo os lanches do voo. Quando uma loura chega e oferece o lanche, Urrea a olha e abre seu sorriso galanteador. Ótima oportunidade para acabar com seus planos.
—O que desejam? — a aeromoça morena pergunta. Antes que Noah abra a boca, eu o interrompo:
—Eu gostaria de uma água com gás. E você, meu bem? — E boom! Apenas duas palavrinhas e eu arruinei todo o planinho de se atracar com a moça; um planinho que provavelmente estava rodando na cabeça de Noah.
O canto dos lábios do moreno apontam para baixo, mostrando sua decepção. Logo ele trava a mandíbula me olhando profundamente; pude jurar ver faíscas fumegarem nos olhos verdes claros do delegado.
Ele não pede nada e agradece, e eu sorrio ladinho, satisfeita. Eu garanto a vocês que, se não a melhor, irritar Noah é uma das melhores coisas do universo. Melhor até mesmo que sorvete de chocolate com menta; e eu adoro.
—Lembre-se que você é meu falso namorado a partir de agora. Não pode sair flertando com todas por aí. — sussurro no ouvido de Urrea, sentindo seu corpo arrepiar.
Paro um pouco para observar a aeronave e vejo duas adolescentes rindo e olhando para nós dois. Ouço o sussurro de uma delas, que diz: eles nem parecem um casal. Aposto que ele nem gosta mais dela.
Me sinto pessoalmente desafiada e ofendida. Sou competitiva demais, e odeio, odeio ser desafiada. E agora, para mim isso se tornou um jogo. E eu nunca perco jogos.
—Coloca a mão na minha coxa. — murmuro para Noah.
—O que...
—Só me obedece, porra. — ordeno e assim ele faz, apertando minha coxa. Sinto um calafrio. — Tem duas adolescentes falando de nós dois. Dizendo que nem parecemos um casal. Não sei para você, mas me senti confrontada. — admito. — Faça parecer que você me deseja, por favor.
E então ele assente, ainda com a mão sobre minha perna. Eu coloco a mão no rosto do moreno, fazendo carinho, e ele dá uma risadinha. Noah beija meu pescoço e eu me arrepio. Seus beijos sobem até meu maxilar e ele para a boca em meu ouvido.
—Talvez eu não precise fingir. — o moreno admite atordoado, falando em um murmuro entre suspiros, logo voltando a beijar meu pescoço. Suspiro de insatisfação, prazer ou seja lá o que essa confusão sentimental possa ser chamada.
Seguro o rosto meio áspero por conta da pouca barba que estava para fazer com com minhas duas mãos e o olho profundamente. Falando com os olhos. Falando sem usar uma palavra. Somente tentando dizer — ou fingir que disse — algo que uma mulher apaixonada diria ao seu amado.
Eu não posso dizer que tenho muita experiência em relacionamentos verdadeiros. Ou o amor. Mas posso dizer que estou tentando ser o mais convincente possível.
Estou tentando esquecer toda a minha rivalidade e de Noah para que essa porra toda possa dar certo. Estou tentando não olhar para seu rostinho metido e sentir vontade de vomitar. Eu odeio ele por todo o problema que ele me traz, odeio ele por todas as irritações e odeio ele por ser lindo para caralho mas um completo babaca.
Urrea segue olhando para o meu mais profundo pensamento, sem desviar os seus olhos esverdeados dos meus. Sempre tive um olhar de medusa. Eu sempre afastei os homens; não por conta da minha estética, mas sim por conta do meu jeito — vamos combinar, muitos homens se assustam com a confiança de uma mulher.
Todavia, Noah parecia ser imune ao meu olhar nocivo. Ele não se rendia ao meu olhar de medusa; na verdade, debocha dele. E isso me assusta.
Sua mão quente e forte parece subir cada vez mais pelo meu corpo arrepiado e a minha fúria começa a fumegar pelo meu corpo, como brasas quentes prestes a queimar tudo. Toda a fúria está transformada pelo calor absurdo que meu corpo tenta irradiar por meio da pele, e o delegado continua a me prender a ele sem ao menos usar algemas.
E então, enquanto suas mãos estão obstinadas em minha cintura, seu rosto se aproxima cada vez mais; por sua própria vontade e também pelo incentivo das minhas mãos que agora, além de estarem em seu rosto, passeiam pela sua nuca.
—Senhores passageiros, sejam bem vindos à Cidade do México. O pouso ocorrerá agora. Agradeço a atenção de todos. — ouvimos a voz do piloto soar por toda a aeronave e saímos de todo esse transe.
Que loucura foi essa? Porque eu fiz isso?
—Somos ótimos atores. — digo para Noah de forma confiante, fingindo estar tranquila e convencida.
—A-aham. — o moreno murmura com o olhar distante, assim como sua mente. Seu olhar libera no ar uma certa decepção.
Mas por que? Nós nos odiamos, com um milhão de motivos. Não faz sentido ele ficar assim.
Eu preciso me enrijecer. Me tornar firme o suficiente para que fugidinhas da nossa fúria não ocorram novamente e não sejam tão profundas tal como essas.
📌📌📌•Meusss amoresss, saudade que eu tava de vcs!!
•Eu to viva gente KKKKKKK juro!!!! me desculpem pelo sumiço, a criatividade só bateu na porta agora🌚
•É isso, nenéns, votem e comentem!! Feliz dia das crianças para vcsss, apesar de eu esperar q vcs n sejam mais, ne??? kk
•BJO GOSTOOOOOSOOOSSSS
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The Cell Beat | Noart
FanfictionThe Cell Beat | noart Apesar de todos os admiradores da Inglaterra romantizarem demais o país, a cidade de Londres em especial é um lugar que pertence somente a cara bonita. Em suas sombras se encontra um mundo de crime, julgamentos e injustiças; m...