The Cell Beat | Noart

08 | A couple

Londres, Inglaterra
08:30am

Sina's pov

O sol invade agressivamente meu quarto, e enfim, voltando a rotina comum. Hoje acordei um pouco mais tarde por conta do trabalho bem sucedido de ontem.

Após escovar os dentes e tomar uma ducha, vou até meu closet escolher que roupa vou usar. Resolvo usar um cardigan verde jade detalhado, uma calça de couro preta boca de sino, um scarpan preto e uma bolsa preta. Coloco acessórios de ouro e passo meu perfume.

Por fim, saio a caminho da delegacia. Isso mesmo, a mesma rotina de sempre. Ah, e não ache que somente porque eu e Urrea trabalhamos juntos, eu sou a amiga dele. Nada disso. Continuo o achando um babaca irritante.

[...]

Narradora's pov

—Bom dia, delegado! — exclama Deinert, com uma animação provocativa.

—Bom dia, Deinert — Urrea responde desanimado.

—Vim ver o meu cliente da cela 24...Vamos? — Noah, assente, pensativo. Muito quieto, diferente no normal.

Na verdade, o delegado estava confuso sobre sua relação com Sina. Ainda sentia um ódio arrebatador pela rixa que tem com a rival, mas agora sentia um desejo ainda mais vivo dentro de si, um desejo que se igualava até mesmo a todo esse ódio que tem da Deinert. A pergunta é, o que ele deveria deixar de lado? O ódio? O desejo? Mas ele não consegue controlar nenhum dos dois...Ou consegue? Essa dúvida martelava a cabeça de Urrea desde a noite anterior.

—Urrea? — Sina estrala os dedos na frente do seu rosto, o chamando. E logo Noah sai de transe. — Dá para abrir a porra da cela?

—Tá, Deinert. Não enche! — o delegado responde, procurando a chave no bolso.

—Me poupe, Urrea! Abre logo isso... — E enquanto essa discussão rolava, o presidiário e cliente da advogada estava apoiado na cela, somente observando.

—Licença — o presidiário fala, levantando o dedo, no meio da briguinha. E Noah seguia testando as diversas chaves, pois não achava a daquela cela.

—O que foi?! — Sina exclama irritada.

—Vocês dão um belo casal — o barbudo esclarece.

—O que? — Deinert e Urrea dizem em uníssono, incrédulos.

—Eu concordo — o presidiário da cela ao lado se pronuncia. E diferentemente do cliente de Sina, ele era aparentava ser mais novo.

—Isso deve ser piada! Não! Ew! — Sina grita, colocando as mãos na cintura, desacreditada do que estava ouvindo.

—Impossível! Casal? Nunca! Isso daqui — Noah aponta para a loura e posteriormente a si. — não existe. Nem nunca vai existir.

—Então, ok. Quem sou eu para falar... — o barbudo ri fraco e baixa a cabeça. Urrea volta a tentar encontrar a chave correta.

—Achei! — Noah diz com animação.

—Deus ouviu minhas preces! — Sina levanta as mãos para o céu, como "agradecimento".

[...]

Após sair da delegacia, Sina decide passar em uma cafeteria. Mas, de repente, seu celular toca.

—Alô? — ela diz, esperando resposta.

—Bom dia, Sina Maria Deinert. A Scotland Yard, a sede central da Polícia Metropolitana de Londres, convoca você e Noah Jacob Urrea para uma reunião de urgência as 15:00pm. Agradecemos a sua atenção.