Cidade do México, México
22:30pmSina's pov
Assim que entramos na festa, o som alto invade meus ouvidos sem pedir licença, assim como a iluminação forte e colorida. Sou puxada pela cintura por Noah.
Lembre-se, você é a namorada dele; fiz um lembrete mental para que não cometesse nenhum deslize.
Eu e o moreno caminhamos sorrindo como celebridades pela multidão. Muitos nos elogiam em inglês; já outros sorriem e falam algo em espanhol que acreditamos ser elogios também. Podemos ver marinheiros e marinheiras, enfermeiros e enfermeiras, policiais e bandidos e qualquer tipo de fantasia que você possa imaginar. Mas a nossa vence no quesito erótico, e isso não deve ser considerado um elogio.
Enquanto vamos andando, posso avistar uma sala com uma placa vermelha que contém algum aviso. Pode ser um escritório, então puxo Noah até lá.
Abro a porta discretamente e entro. Boom! Acertei em cheio! Um computador está pousado na mesa, e, por sorte, aberto. Isso pode significar que o responsável daqui está prestes a voltar, entretanto, pouco importa. Abro os arquivos e vejo uma aba nomeada de "rendas". Clico para abrir. Noah corre até a porta e põe uma cadeira na maçaneta, logo voltando para meu lado.
—Vamos logo com isso, Deinert! — Urrea sussurra ansioso. Ele confere com os olhos a porta o tempo inteiro, enquanto segura o pen drive.
Reviro os olhos.
O documento finalmente abre e eu vejo algumas contas bancárias e senhas, mas uma parte me chama atenção: as despesas das transferências. As alíquotas de tributação são muito baixas.
Um paraíso fiscal, também conhecido por refúgio fiscal, é uma jurisdição onde a lei facilita a aplicação de capitais estrangeiros, com alíquotas de tributação muito baixas ou nulas. E é exatamente isso que estamos vendo aqui.
Bingo.
—Coloca o pendrive. Rápido.
O download é feito aos poucos. Dez porcento, vinte porcento, trinta...
Após a eternidade que esperamos, chegou aos noventa e oito porcento. De repente, a porta começa a mexer. Quem estava aqui voltou.
A porta vai cedendo cada vez mais para a maçaneta, e, aos poucos, as chances de sermos pegos aumenta.
Noventa e nove porcento...
Cem porcento!
Tiro o pendrive e a porta cede bruscamente. Mas, antes mesmo que eu reaja, Noah se agarra a mim e me joga na parede. Ele começa a beijar meu pescoço com fome.
Logo percebo seu plano.
Teoricamente, nós somos um casal. E casais amam se pegar em lugares proibidos. Essa é a tática.
Minha pele começa a responder esse ato e eu, acidentalmente, solto um gemido, fechando os olhos e aproveitando a boca de Urrea em minha pele.
As vezes penso em como meu corpo responde a essas situações. Na corrente elétrica que percorre meu corpo com o toque do delegado. Eu odeio tudo isso na mesma medida em que fico excitada com esses pequenos gestos.
—Oh...Licença. Essa é minha sala! — um homem loiro e alto exclama.
Noah olha para trás, parando de beijar o meu pescoço. Me puxa pela cintura, nos guiando até a porta. Antes de sair, ele diz:
—Desculpe por isso, senhor — e nós saímos.
Vamos andando de mãos dadas até o meio da festa como se nada tivesse acontecido.
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The Cell Beat | Noart
FanfictionThe Cell Beat | noart Apesar de todos os admiradores da Inglaterra romantizarem demais o país, a cidade de Londres em especial é um lugar que pertence somente a cara bonita. Em suas sombras se encontra um mundo de crime, julgamentos e injustiças; m...