Hanma Shuji não era uma pessoa paciente, mas tivera que aprender a conter sua própria euforia e impaciência, quando começara a ser a dama de companhia de Hikari em suas brincadeiras, mas estar ali servindo de comentarista em trocas de luques, o estava deixando entediado a níveis que ele se jogaria da janela, com toda a certeza que possuía em seu corpo. Um suspiro pesado deixou seus lábios, enquanto olhava para seu telefone e depois para a adolescente diante do guarda-roupa, usando uma calça de moletom e uma camiseta velha, a maquiagem estava feita e os cabelos quase prontos, mas ela ficava indo e vindo do banheiro, com mudas e mais mudas de roupas que desistia de usar.
— Hikari, é só uma festa.
— Mas eu não posso ficar indecisa pela roupa?
— Pode. — Retrucou, jogando-se mais para trás na cadeira, onde estava Rindou quando Shuji precisava? Aquilo era tarefa dele, o namorado e não de Shuji, o irmão arrastado contra vontade para a festa.
— Tira essa cara feia, vai ser legal.
— Se sabe que eu não sou muito bem-vindo lá né?
— Rune falou com Pah-chin e ele disse que se pode ir, além que você recebeu o perdão. — Ela retrucou, jogando um vestido xadrez vermelho com alças finas, sobre a cama, seguido de uma meia calça preta com rasgos propositais nas coxas e na batata da perna, além de uma camiseta branca de manga curta para colocar por baixo do vestido. — Escolhi, fica aqui. — Disse sorrindo e pegando toda a roupa e correndo para fora do quarto.
— Deuses, eu fui o que na vida passada? Político corrupto pra ter que fazer tanta caridade assim? — Hanma resmungou, mas continuou sentado na cama, mexendo no celular e esperando sua irmã voltar, o que levou cerca de 12 minutos e Hikari já estava de volta.
A meia calça preta dava um contraste com o vestido vermelho, que harmonizava com a camiseta branca que ela usava, o vestido por cima até mais o menos quase a altura do joelho e era mais justo, mas não chegava a ser aqueles vestidos justos que não se imaginava como a pessoa andava, na verdade ele era apenas mais firme ao corpo (?) Shuji não sabia descrever aquele vestido.
— E ai?
— Tá bonita, sério, ficou bom. — Hikari acenou em confirmação e fora até a mesinha onde estava Shuji, pegando seu espelhinho e pondo sobre uma das pilhas de livros que estava sobre a mesa. — Vai com cabelo solto ou preso?
— Solto, vou acabar perdendo meus lápis que uso pros coques, se for com ele preso. — Respondeu e Shuji acenou.
— Está linda, Hikari. — Ambos os adolescentes se viraram na direção da voz, vendo o senhor idoso sorrindo para ambos. — Só tome cuidado com a bebida tá bem?
— Vovô aquilo não vai acontecer de novo. — Hikari afirmou e Shuji riu.
— De novo se chegando bêbada em casa e se tacando do armário? — Shuji provocou, desviando facilmente de um lápis de olho. — Ainda lembro da cena quando te trouxe daquela festa, se chegou e olhou pro vô e disse; Vovô não me deserta tá? Eu sou bissexual, eu gosto de homem, mulher, não binários, mas gosto do Rindou.
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My Ordinary Life | Haitani Rindou
Lãng mạn"Me deixe te amar, com a intensidade que somente nós podemos fazer. Me deixe te amar, nos abraços calorosos que somente nós podemos nos dar. Nessa vida ordinária que nos reserva, me deixe te amar, até que esse mundo não exista mais e além dele, me d...