Love's so Confused

chapter 5 - Afterglow

Oi, boa noite
O cap de hoje pode ter cenas de gatilho para certas pessoas então quando aparecer "❌" é indicando a parte que talvez afete certas pessoas, ok? Também terá várias referências literárias que no final comento sobre!!
Enfim, bom capítulo.

Depois da sorveteria, Dazai foi deixar Akutagawa em casa e voltou para o trabalho. No rádio tocava Adele, Rolling in the Deep, Dazai cantarolava enquanto dirigia. Ele estava contente, tinha esclarecido para si mesmo seus sentimentos por Chuuya na madrugada deste dia e tinha conversado apropriadamente com Akutagawa, apesar de Ango ainda querer que ele tenha uma conversa mais profunda sobre o assunto e outras coisas, mas ele não ligava. 

As coisas podem parecer estar indo muito rápido, mas ele já conhece Chuuya há mais de uma década, não é rápido, está devagar demais. 

Tinha noção que, sim, foi muitas vezes babaca com Chuuya, que talvez tivesse dado belos motivo para o ruivo atualmente não o chamar de "querido" mas sim de "saco de merda", porém não podia evitar, sempre que pensava naquelas sardas ou voz rouca, sorria largo, como não sorrir? Viu aquele adolescente puto com a vida crescer(pouco) e cresceu junto dele.

Mas Dazai já está crescido, Chuuya também.

Dazai é maduro o suficiente para perceber que não tem mais tanta chance assim com Chuuya. Ele não é mais aquele único garoto que buscava destruir o sistema junto de Chuuya. O ruivo, agora, é um homem bem sucedido, tem sua própria empresa, status, amigos, ele pode ter quem quiser aos seus pés, não que tivesse que fazer algum esforço, pois sua beleza cativa qualquer um que por ele passa, além de, claro, a sua preciosa moto.

Já Dazai, era só um pai solteiro com um emprego que era o suficiente para ajudar a pagar as contas, escola e compras básicas. Não tinha nenhum bem material maior, nem mesmo uma família digna, praticamente foi abandonado e criado por um tio pedófilo.

Mas Dazai não queria pensar no passado, nem o fazia, estava fazendo planos, planos para seu eu de agora. 

Só para tudo ficar claro, fez uma lista mental de tudo que estava acontecendo e do que queria que acontecesse, além do que devia fazer.

Ele passou o resto do dia trabalhando e conversando com seus colegas. Descobriu que Ranpo estava sendo obrigado a seguir uma dieta, devido que nos últimos exames, Yosano percebeu uma grande elevação no seu nível de colesterol e disse que se um homem da idade dele não se cuidasse bem, estaria com grandes possibilidades de desenvolver uma diabetes. Ranpo agora estava comendo uvas-passas. Não era tão fã delas, mas era a coisa mais doce que podia comer e carregar em qualquer lugar.

Ao decorrer do dia, papeladas foram assinadas, reuniões foram tidas, mais notícias de crimes iam e viam, e, claro, muitos ursinhos de goma foram devorados por Dazai.

Ele organizava alguns documentos em seu computador quando um homem, uns 6 anos mais velho, com cabelos que cobriam seus olhos ametistas, tocou em seu ombro, chamando sua atenção.

_ Poe-kun? Está procurando o Ranpo-san?- Dazai perguntou.

Poe, ou por completo, Edgar Allan Poe, é um escritor estrangeiro que desde que Dazai conheceu Ranpo, era seu amigo. Ele era muito tímido e introvertido também, mas a coisa mais curiosa naquele homem era o fato de ter um guaxinim como animal de estimação. Edgar, em sua carreira, já escreveu e teve adaptações em outras línguas para diversos de seus livros, adorava escrever suspense e Ranpo sempre o ajudava dizendo quando ou não era muito óbvio o final de suas histórias. Ele já havia até dado um livro autografado para Dazai, já que, por coincidência, Akutagawa gostava muito da escrita de Poe.

E sim, ele estava ali na procura de Ranpo. Eles tinham marcado de ir para uma cafeteria, Poe estava escrevendo um novo livro e prezava muito a companhia e ajuda de Ranpo nesses momentos. Dazai disse que Ranpo devia estar em seu escritório, sofrendo por "abstinência", mas que não era para dar doces ou salgadinhos para ele, ou teria que enfrentar uma médica muito bonita mas que poderia ser muito assustadora também.