Você já o viu sorrir uma vez?

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— Eu vou matar Will

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— Eu vou matar Will.

Catarina ergueu o olhar de seu telefone e observou seu marido andar de um lado para o outro no quarto como um leão enjaulado.

—Não é culpa de Will que Magnus tenha conseguido se apaixonar por algum nojento rico e ter seu coração partido no espaço de alguns meses. – Catarina disse suavemente.

Ragnor olhou para ela, passando a mão pelo cabelo.

— Ele deveria ter me contado imediatamente quando descobriu.

Catarina ergueu as sobrancelhas.

— E o quê, você teria arrastado seu irmão para casa? Eu sei que você acha que ele é um bebê, mas ele é um adulto, Ragnor. – Ragnor fez uma careta para ela e não disse nada. – Além disso... – disse Catarina. – Will não poderia saber que o cara iria morrer.

— Ele ainda não está morto. – disse Ragnor em um tom que sugeria que ele não estava totalmente feliz com isso. – Embora é como se estivesse.

Catarina não perguntou. Sabendo o quão minucioso Ragnor era, ele provavelmente descobriu tudo que havia para saber sobre a condição de Alexander Lightwood.

Catarina suspirou.

— E aqui estava eu me perguntando que tipo de pai você seria. – disse ela. – Eu não deveria ter me perguntado. Você vai ser a definição de um pai superprotetor.

O olhar de Ragnor se voltou para ela.

— O quê?

Catarina encolheu os ombros.

— Pare de olhar para mim desse jeito. – disse ela em sua voz mais casual. – Você acha que eu não sei que você quer filhos?

Ragnor a encarou por um momento antes de se aproximar e se ajoelhar na frente dela. Ele pegou as mãos de Catarina nas suas.

— Não se trata apenas do que eu quero, gatinha.

Catarina revirou os olhos. Sério, era como se às vezes Ragnor esquecesse que ela era uma mulher adulta.

— Eu dificilmente farei algo só porque você quer. Você me conhece melhor que isso.

Ragnor a perscrutou profundamente.

— Você realmente quer isso?

Catarina olhou ao redor da sala antes de voltar seu olhar para os olhos de Ragnor. Ela encolheu os ombros novamente.

— Eu não me importaria de ter uma menina, eu acho. Mas ela tem que ser muito bonita. Não podemos ter uma filha feia ou ela vai crescer com um monte de problemas de auto-estima.

Ragnor lançou-lhe um olhar exasperado, mas ele estava sorrindo, pela primeira vez desde que Magnus voltou para casa.

Isso fez Catarina sorrir de volta para ele, impotente.

Ragnor se inclinou para frente e deu-lhe um beijo curto e suave – exceto que eles de alguma forma acabaram se agarrando no chão, com Catarina montada no colo dele.

Quando o beijo se transformou em beijos suaves, Catarina colocou a cabeça no ombro de Ragnor e fechou os olhos, apenas curtindo o momento de felicidade.

Eles se tornaram raros desde que Magnus voltou para casa quebrado e frágil, a luz em seus olhos havia desaparecido.

— Ele vai melhorar. – disse ela calmamente.

Os braços de Ragnor se apertaram ao redor dela. Ele suspirou.

— Já faz um mês. Você já o viu sorrir uma vez?

— Ele sorri o tempo todo.

— Você sabe o que eu quero dizer.

Catarina fez uma leve careta.

— Ele vai melhorar. Ninguém morreu com o coração partido ainda.

— Isso não é verdade. – disse Ragnor. – É chamado de cardiomiopatia induzida por estresse. Isso pode acontecer até mesmo com pessoas saudáveis e...

— Oh, pelo amor de Deus. – disse Catarina, levantando a cabeça e olhando para ele com o que esperava ser exasperação, mas era provavelmente carinho. – Você simplesmente não consegue viver sem me dizer o quanto estou errado, não é?

Ragnor sorriu e a beijou novamente.

Enterrando os dedos nos cabelos de seu marido, Catarina retribuiu o beijo, todos os pensamentos sobre Magnus esquecidos.

Depois de Você (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora