Ao me "hospitalar" na sala de visitas, fico caçando por todas as partes a pessoa na qual queria me ver. Mas, conforme, as horas e os minutos foram passando, nem sinal do indivíduo(a). No lado oposto, das grades que separavam do restante da sala, a policial sarcástica, ficou com os olhos fitados em cima de mim, tomando uma latinha de energético, sentada na cadeira.
-Vai participar da visita, também? Ou, eu por acaso não tô sabendo, disso?.-. Já tava farto dessa policial, ficar mandando olhares e sinais mentirosos a mim. Me pergunto:" Se ela só fica me atazanando ou com os outros detentos ela também agi da mesma forma?." De uma coisa é certa, isso tudo pra ela se resume mais do que seu trabalho, é divertimento e prazer, para seu ego.
-15 minutos, é basta. Eles já estão sendo contados, desde do segundo que pôs seus pés de donzela "inocente", aí! Ha,ha,ha,ha!.-. Nem sei porque o motivo de tanta graça......
O tempo passava rapidamente, de tantas horas se rodarem, a "bendita" da policial, acabou tirando uma soneca na cadeira. Apesar do energético....rs....rs...rs..... aproveito esse momento e a porta da sala estava aberta, eu tinha que tomar bastante precaução caso, quisesse sair daqui, sem fazer nenhum ruído e eles suspeitaram do meu fugimento. Era "Agora ou Nunca", comecei andando vagarosamente e prendi a minha respiração, a porta que tava aberta só era uma pequena brecha pra sair de lá. Qualquer chance de sair daqui, seria boa, de fato aprendi tudo que devia aprender, porém, tem casos piores que o meu e não estão pagando pelo que fizeram. O mundo funciona é assim......
Finalmente, depois que atravessei a porta e aquela policial, "pesohenta" nem desconfiar estou fora da parte "criminosa" da delegacia. A culpa batia de vez em quando, mas tô "livre".Depois que voltei ao meu estado normal de corpo e raciocinio, encaro os corredores luminosos com pisos brilhantes e eficazes, procurando passar em qualquer banheiro, seja feminino ou masculino pra mim tanto faz. Dado momento que me encontrave, eu teria que trocar de roupa e arrumar o meu cabelo, que já tava em auto-destruído de raiva por mim. Tive muita sorte, pois no banheiro, encontrei um pente vermelho e passei pelos cabelos embaraçados, por fim no final do "round", uma blusa preta larga com capuz escondido atrás das costas. Não sou tapado, a ponto de colocar capuz numa delegacia cheia de policias, isso atrai olhares e com certeza iriam querer saber mais sobre mim. E não quero que isto aconteça em hipotese nenhuma.
Sai do banheiro com o coração pulsando na garganta, era impressionante toda coragem que recebi em tão poucos instantes, eu não posso falhar, continuei andando, nos vários corredores com várias salas da delegacia.
Em uma das salas que passei, acabei "topando" com o delegado Robin's, mas obtive sorte no mesmo horário, corri escondendo atrás da porta. Enquanto, lá dentro da sala com o delegado tinha mais outra pessoa que não conseguir exengar de quem era. O espaço que havia entre a porta e eu, era extremamente apertado, cada movimento feito por mim à partir de lá, seria a chance perfeita deles me colocarem atrás das grades novamente.-Seu delegado. Queria saber se os testes e entrevistas que fizeram no passado de, Caio, vai ter alguma alternativa de acharmos um delinquente na história?.-. Engoli em seco. Quando o sujeito falou do meu nome, dei mais "espaço" amplo para saber quem é, minha curiosidade foi aguçada completamente. Consigui descubrir, era Trenton.......também era excelente, saber que o interessado seja ele, mas......"Se Trenton, não veio me tirar da prisão o que ele quer saber do meu passado?".
O delegado levanta da cadeira, onde ficou colado nela quase sua vida inteira e decide interroga-lo.
-Me surpreenda na verdade o fato de não querer tirar seu namorado da cadeia e falar sobre questões pessoais da vida dele. Sem, Caio, se dar conta disso.-. Revirei, olhos na hora pensando:"Coitado, ele não faz ideia que escapei da cela......"
-Temos que ser justo. Mesmo que signifique a pessoa que amo pagar por um erro que cometeu. Ele deve se responsabilizar por tudo que fez contra ela. Mas enquanto ele fica aqui, preso, queria pedir sua colaboração pra ajudar a achar talvez......algum indice da morte da familia dele. Caio, não me conta quase nada de sua vida, é isso e normal, porque......-. Resolvo tampar minha audição por uns instantes. Trenton, "pensa" que sou o único que deve pagar pelos meus atos feitos contra, Cristina. Ok, isso tá certo em algum ponto, mas ele também fez mal a ela, não creio que ele possa estar falando sério e ainda prefere "interferir" na minha vida pessoal sem me dar conta......humm.....já não sei se posso gostar e confiar plenamente nele como pensei antes.
-Na parte do sequestro da Cristina. Não acho que só o, Caio, tem haver na história. Portanto, o que quero dizer é que evidentemente tem mais pessoas envolvidas. Eles sequestram ela e colocaram numa mata densa e fechada, porém, tinham camponeses que usam aquela estrada para colheitas e etc.....-. De repente os olhos dele se arregalaram. Sim, exatamente isso, depois da segunda-feira não tenho idéia do que aconteceu com o "grupo" só apenas eles que sabem.
-Será......que eles viram, Caio, junto com o suposto "grupo" carregando, ela?.-. O delegado volto pra cadeira com um charuto nas mãos e dá uma risada maligna.
-"Suposto"? Sabemos muito bem o que estamos trabalhando. Caio, não deve ser o único que tinha suas "razões" e "motivos" para sequestrar, Cristina. Senão, não teríamos uma gangue no meio também.-. Permaneci perplexo e a culpa já se deteriorando. A porta se abre de novo e me encolhe, espremendo na parede.
-Delegado, esse cara chamado, Gabriel, deseja visitar o mais novo detento.-. Nossa, era a policial que tanto odeio, ela já havia despertado do sono. E trouxe, Gabriel, consigo.
-Gabriel?! Que faz aqui? Não vou deixar, você, se aproximar mais um centímetro dele!.-. Tá bem, Gabriel e Trenton se conhecerem através do nosso grupo com Nathan, que não existe mais. Mas a maneira que Trenton, lhe abordou, parece que eles tem anos e anos de convivencia juntos. O delegado torce um pouco e fica entre os dois, enquanto, continuou assistindo o show e vendo no que me espera.
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''Que Comece O Show'' [2 Temporada]
RandomCaio Guilherme Santos, tem 23 anos é sua ficha "escolar" e extensa, assim como seu histórico criminal de assaltos a mão armada, tentativas de homicídios com participações com a gangue mais bem procurada pelo Brasil. Será que diante deste novo cenári...