Sinto a consciência voltar ao meu corpo conforme meus olhos se abrem e a claridade inunda meus olhos. Permaneço imóvel por um momento e logo sinto as carícias no meu cabelo e de tempo em tempo um beijo sendo deixado na minha têmpora.Após minha vista finalmente voltar ao normal, percebo ainda estar com a cabeça sobre o peito de Bruno e pelos seus movimentos, fica óbvio que ele já está acordado:
M - Bom dia! - digo sonolenta
B - Bom dia - ele dá um beijo em minha testa e continua - dormiu bem?
M - Sim…
B - Que bom!
Eu suspiro fundo sentindo sua pele quente em contato com o meu rosto. Abro novamente os meus olhos e ergo um pouco minha cabeça para olhá-lo:
M - Acabei pegando no sono ontem
B - Eu percebi mesmo…mas ainda bem que dormiu onde dormiu, afinal seria muito difícil te colocar aqui com uma mão só
Ele ri me fazendo rir também e percebo o quanto gosto quando ele diz essas coisas para mim:
M - Foi um erro de percurso meu…eu ia dormir do outro lado da cama, bem longe de você
Tento implicar com ele e finjo querer me afastar, mas antes mesmo que pudesse fazer seu braço me puxa para mais perto ainda, deixando nossas bocas mais próximas ainda:
B - Você que se agarrou em mim, quase um assédio se podemos dizer assim
M - Ah, eu te assediei? - ergo minhas sobrancelhas para ele fingindo estar chocada
B - Assediou sim…na minha própria cama ainda! - Ele faz cara de indignação me arrancando uma risada
M - Então se é assim, por que você não me solta ein?
Ele gargalha e me observa, encarando minha boca. Então Bruno se vira, ficando encima de mim, me prendendo mais ainda a ele e de repente fecha meus lábios com os seus, iniciando um beijo calmo e apaixonante:
B - Apesar dessa invasão toda sua, eu não consigo mais ficar longe de você - ele diz e retoma o beijo mais uma vez
Sinto minha boca formigar com o contato da boca de Bruno e ele encima de mim, acelerava totalmente as batidas do meu coração. Era incrível a sensação de leveza que sentia enquanto estava assim com ele. Nossas bocas ligadas, nossas línguas brincando uma com a outra, nossas mãos se fechando.
Tudo fazia o meu sangue correr mais rápido pelo meu corpo, era como se faltasse apenas o sexo para eu ser dele por completa, afinal meu coração já é seu.
Nosso momento é interrompido quando o barulho do meu celular invade o quarto fazendo eu revirar os olhos. Realmente a vontade era de ignorar a ligação e nesse momento nunca torci tanto para ser uma ligação aleatória.
Bruno toma a iniciativa de parar o beijo e começa a depositar beijinhos no meu pescoço:
M - Bruno eu preciso ir atender - sussurro para ele
B - Não, por favor…deixa tocar - ele responde lamentando me arrecando uma risada
M - Eu preciso, as vezes é alguém de casa ou algo importante - respondo fazendo carinho no seu cabelo e na sua barba
Apesar de ficar um pouco relutante, ele finalmente sai de cima se afastando para que eu passe:
M - Eu já volto - digo para ele sorrindo e me levanto rapidamente da cama
Corro até meu celular que não estava muito distante e então, o pego e vejo a chamada de minha mãe que me causa uma sensação de estranheza muito grande:
M - Alô…mãe? Tá tudo bem?
H - Oi filha, está tudo bem sim e com você? Já está a caminho?
Minha mãe diz me deixando totalmente confusa sobre o que ela quis dizer:
M - Estou bem sim mãe, e…- tento puxar em minha memória sobre o que poderia ser, mas nada vem em mente - me desculpa mas a caminho do que é exatamente?
H - Ué filha, já se esqueceu? Sua avó chega hoje, seu pai inclusive já foi buscá-la no aeroporto…eu te falei sobre isso no outro dia
As memórias da conversa que tive com a minha mãe vem a mente como uma pontada e então me lembro da chegada da minha avó:
M - Aí mãe, me desculpa eu esqueci…mas já estou a caminho ok?
H - Venha logo, porque você conhece a sua avó, ela odeia que a deixem esperando…
M - Tá bom…já estou indo
Nos despedimos e quando me viro Bruno já está de pé vindo em minha direção:
B - Algum problema? - ele diz um pouco sério
M - Não…na verdade minha avó está chegando da Espanha e eu tenho que ir receber ela - as palavras saem de minha boca e junto delas o desânimo se formando em meu corpo por causa daquele momento
B - Ei…tá tudo bem - ele desliza os dedos pelo meu rosto, abraçando sua mão na minha bochecha - vá receber a sua avó, e depois você volta para mim
Suspiro fundo pois não queria ir para casa hoje, e realmente minha maior vontade era ficar com Bruno, passar o dia abraçada nele, conversando sobre qualquer coisa e beijar sua boca sempre que eu tivesse vontade, mas agora tenho que retornar para casa:
B - Vem cá…
Ele diz me puxando para um abraço pois fica notório o meu desânimo com aquela situação:
M - Eu volto mais tarde, ok?
B - Ok!
Beijo sua boca e me despeço e começo a procurar minhas roupas para trocar.
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Private Thoughts
RomanceEla, uma modelo de 23 anos, que busca a felicidade em sua profissão, mas principalmente no seu relacionamento. Ele, um jogador de vôlei bem sucedido, mas que ainda não conseguiu se apaixonar verdadeiramente por ninguém. Tudo pode acontecer entre ele...