CAPÍTULO 26

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Sinto sua mão adentrar minha calcinha, e seus dedos começam a fazer movimentos circulares ali dentro causando um arrepio completo no meu corpo. Nossas línguas entrelaçadas e a forma como ele envolve nossos corpos já suados após tanto tempo ligados, fazem eu soltar gemidos dentro de sua boca.

Sinto seus lábios descerem por meu pescoço e suas mãos puxam para baixo minha roupa íntima já me deixando totalmente exposta a ele e então ele me olha uma última vez pedindo permissão e eu logo a concedo e não demora muito até que sinta…

Meus olhos se abrem e escuto o som do alarme gritar em meus ouvidos. A minha respiração ofegante e a minha pele suada condenavam o meu sonho intenso. Tento retomar minha respiração mas tudo pareceu tão real que mal conseguia acreditar que tudo não passou de um sonho.

Sento-me na cama e mordo os lábios pensando em Bruno. Minha mente nunca esteve tão presente com sua imagem, quanto está agora. A forma como ele me dominava em seus braços e me enchia de beijos e carícias, fazia meu coração acelerar tão rápido que parecia querer parar de bater.

Um sorriso leve se forma em meus lábios ao pensar no sonho, mas novamente minha atenção é chamada para o horário , pois já passam das 9 da manhã e tenho que ir para o centro de treinamento. Hoje Bruno vai tirar o curativo da mão e tenho que estar lá, e apesar de minha maior vontade ter sido passar o dia de ontem inteiro ao lado dele, não consegui despistar minha família e Willian nem por um segundo sequer.

Pulo para fora da cama e corro para o banheiro para me arrumar. Tomo um banho rápido sem molhar o cabelo e após o banho escovo os dentes e solto o cabelo novamente. Corro até a sacada e vejo que o dia está bem bonito, e vou até o meu closet para escolher uma roupa aceitável para ir para o centro.

Após ficar totalmente pronta e vestir os sapatos de salto que decidi usar hoje, pego meus itens de sempre e saio do quarto. Desço as escadas apressada, e posso sentir a ansiedade para ver Bruno novamente.

Chego ao andar de baixo, e vou logo em direção a porta e apesar de perceber que a casa está bastante silenciosa, ignoro totalmente e saio indo em direção a garagem.

Deixo o rádio tocar e vou indo pela principal rodovia. Estou um pouco tensa em relação ao resultado, e realmente espero que já esteja tudo bem com a mão de Bruno. Ontem mandei algumas mensagens na parte da noite mas ele não respondeu, o que me deixou um pouco aflita, mas realmente espero que esteja tudo bem.

O caminho estava ótimo e não demora muito tempo até que eu chegue ao centro de treinamento. Estaciono o carro e desço com pressa, acelero meus passos em direção a fisioterapia na esperança de encontrar Bruno lá ainda e conforme me aproximo vou ficando ainda mais tensa.

Passo pelo corredor geral e finalmente chegou a fisioterapia e quando abro a porta, sinto como se algo se quebrasse dentro de mim ao notar apenas Fernando lá dentro:

F - Ah…olá Milena, como vai? - ele diz notando minha presença

M - Oi Fernando, vou bem e você? - pergunto estendendo a mão e ele acena em concordância e ele retribui o gesto - Fernando, o Bruno já passou por aqui? Ou ainda não chegou?

F - Já passou por aqui sim…veio logo cedo

O nó se forma em minha garganta, e o sentimento de frustração invade meu corpo por completo. Suspiro fundo e tento encontrar os motivos que levaram Bruno a vir sozinho para o centro, porém tento manter o disfarce para Fernando:

M - Ah sim…e deu tudo certo?

F - Deu sim Mi, como eu disse no outro dia, foi apenas uma leve torção, nada muito grave…mas ele reclamou um pouco de dor ainda, então mandei ele para casa

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