Private Thoughts

CAPÍTULO 37

B - Vem comigo vem… - Bruno sussurra no meu ouvido, enquanto me abraça e distribuí beijos por todo o meu pescoço, o que me causa um arrepio enorme

M - Eu queria, mas você sabe que não posso… - aumento a força do nosso abraço

B - Ah que se dane tudo…eu não quero te soltar mais

Uma gargalhada foge da minha boca, achando graça na forma como ele fala e então o beijo na bochecha, tentando inalar o máximo que posso do seu cheiro, então nós nos olhamos mais uma vez e digo:

M - Fica tranquilo que vai passar tão rápido que nós nem vamos perceber que estamos separados…e quando você voltar acho que…

"O Bruno…já deu meu fi, a gente precisa ir" o grito foge da boca de Lucarelli ao fundo, interrompendo minha frase. Bruno revira os olhos me fazendo sorrir e pede para que eu continue a falar, porém dessa vez Lucarelli e Lucão o gritam, pressionando para que Bruno vá de uma vez:

M - Pode ir vai…eu vou ficar bem - sorrio para ele

B - Mas você queria falar alguma, certo? - ele me questiona curioso

M - Não é nada demais… - respondo perdendo o assunto da minha cabeça, mas ainda assim sentindo uma sensação diferente

B - Tem certeza?

M - Tenho sim…vai lá

Bruno então me puxa novamente para perto dele, e une nossas bocas, pressionando nossos lábios e línguas num beijo quente e úmido, e ele parecia querer sentir cada parte da minha boca com sua língua, o que me causava arrepios por todo o corpo:

M - Eu te amo Bruno Rezende! - sussurro quando passamos para pegar ar

B - Eu te amo mais Milena Rossi - ele sussurra de volta e me beija mais uma vez

…

Retorno para minha casa finalmente após a partida de Bruno no aeroporto. Guardo o meu celular dentro da minha bolsa e é então que percebo que as chaves do apartamento de Bruno ficaram dentro da minha bolsa. Acho estranho pois lembro dele guardando no seu bolso antes de sair de casa, porém minha atenção é chamada para um papel entrelaçado nós chaveiros ali presentes.Puxo o pedaço de papel, vendo a mensagem escrita ali:

"Um dia as nossas chaves vão abrir a mesma porta…mas até lá, fique com as da minha casa, porque lá é seu lugar também!

           Te amo muito! Ass: Bruno s2 "

Minhas bochechas ficam vermelhas instantaneamente,um sorriso grande se forma na minha boca e meu coração acelera de um modo que eu conseguia senti-lo batendo contra o meu peito. Aquilo era realmente o que parecia? Bruno estava mesmo me chamando para morar com ele ou era só uma chave?

As perguntas se acumulam na minha cabeça, mas no meu estômago as borboletas voam, e eu realmente gostei disso.

Sou retirada de meus pensamentos, conforme sinto o vento gelado da noite bater em meu corpo me obrigando a entrar em casa. Guardo as chaves no bolso lateral da bolsa junto do bilhete, e os fechos ali dentro ainda tentando esconder meu sorriso bobo.

Entro na sala de casa e vejo meus pais e minha avó sentados no sofá, tomando uma xícara de café. Me aproximo deles e sinto meu estômago gelar um pouco ao ver eles um tanto quanto sérios para mim, exceto minha mãe, que se esforçava para sorrir:

A - Finalmente lembrou que tem casa né Milena? - minha avó faz questão de lançar o comentário e eu apenas reviro os olhos e me aproximo deles

M - Aconteceu alguma coisa com o Caleb? Então tão sérios - jogo a pergunta no ar tentando tirar a atenção de minha avó