CAPÍTULO 45

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M - Bruno… - digo já sonolenta, enquanto mantenho meu nariz enterrado no pescoço de Bruno

B - Oi?

M - Eu tô com fome

Digo sentindo meu estômago roncar e logo escuto Bruno começar a rir:

B - Milena você acabou de comer dois hambúrgueres, batata frita, três copos de refrigerante…e ainda teve um sorvete no final

M - Mas eu tô morrendo de fome - digo lamentando

B - Meu amor, são só os hormônios…você tá muito bem alimentada!

Me afasto dele um pouco, cruzo meus braços e me sento na cama, totalmente irritada com o fato de não poder comer nada:

M - Ótimo, tem uma criança crescendo dentro de mim, e eu não posso comer o que eu quero? - digo me sentindo muito contrariada

Bruno me olha perplexo por um momento, mas não consegue deixar de sorrir enquanto me assiste reclamar da fome que toma conta do meu estômago:

B - Milena relaxa um pouco…e vem cá!

Sinto ele de novo me puxar para os seus braços, enquanto me abraça forte com o braço contra o seu corpo:

B - Temos um voo longo amanhã de volta pro Brasil e você precisa estar descansada… até porque nosso filho não pode ter a mãe dele muito cansada né?

M - Não pode mesmo!

B - Pois é! Agora a gente tem um bebezinho crescendo na sua barriga, então temos que cuidar muito bem dele e de você.

Eu apenas aceno em concordancia com Bruno, já sentido o sono novamente chegar no meu corpo conforme ele fala, e então, fecho de vez os meus olhos e sinto meu corpo se desligar

Quando estou prestes a dormir, sinto Bruno se desgrudar um pouco de mim, me apoiando no travesseiro, e vai descendo até a região da minha barriga com seu estômago. A princípio eu estranho, mas decido continuar de olhos fechados para ver o que ele ia fazer. Ele então, apoia o rosto próximo, acaricia com as mãos e ali toca com os lábios, começando a dar alguns beijos sob a minha pele:

B - Oi bebê! - escuto ele sussurrar perto da minha barriga - eu sou o seu papai, sou eu mesmo! - ele pausa mais uma vez, e distribuí mais um beijo na minha barriga - Você é pequeninho ainda, do tamanho de uma ervilha, mas eu já te amo mais do qualquer coisa nesse mundo…amo muito você e amo muito a sua mãe, vocês dois são as coisas mais importantes que eu tenho, e juro que vou proteger vocês de tudo!

Bruno pára por um instante, e tenho que me segurar para não derrubar algumas lágrimas ali mesmo, pois nos últimos dias tudo tem me feito chorar, e Bruno falando desse jeito me emociona mais ainda. Ele definitivamente vai ser um pai e tanto para o nosso filho, e isso só me faz ter mais certeza ainda que escolhi o homem certo para ser o pai do meu filho.


Depois da correria de sempre e de algumas horas esperando o atraso do avião, enfim estamos dentro e já viajando a algumas horas. Por mais que eu achasse uma tremenda bobagem, Bruno fez questão de comprar as passagens de primeira classe para que fossemos mais confortáveis.

Prevendo que vou enjoar por boa parte da viagem, tento dormir logo no início pois quando chegarmos no Brasil, vou direto para o consultório de um médico amigo do Bruno para fazermos os primeiros exames da gravidez.

Confesso que estou ansiosa para saber se vai ser uma menina ou um menino, apesar de sempre que penso no assunto, a possibilidade de ser um menino é bem mais provável no meu coração, me fazendo ter quase certeza de que é um. Já Bruno disse que acha que é uma menina, e o conhecendo bem, sei que se for menina vai ser a princesinha da vida do Bruno, e ele vai mimar ela de todas as formas possíveis, ou seja, é melhor que seja um menino:

B - Vida?  - Ele diz me cutucando de leve, me trazendo de volta a realidade

M - Oi? - respondo o encarando

B - Seu lanche! - Bruno aponta para a bandeja que a comissária de bordo deixou na minha frente

Olho para o lanche e não fico nada animada com as opções:

M - Ah eu não tô com fome! - digo levando a bandeja para um pouco longe

B - Nada disso…você precisa comer! - ele discorda, trazendo a bandeja para perto de mim novamente

M - Bruno eu não tô com fome…

B - Tem uma criança crescendo na sua barriga, você precisa se alimentar bem!

M - Eu tô com preguiça de comer - respondo fazendo beicinho e me abaixando na poltrona

B - Não tem importância…eu dou na sua boca

Dou uma gargalhada vendo que não posso fugir da sua enorme insistência em me alimentar. Bruno então pega o pudim de chocolate e com uma colher, trás até a minha boca:

B - Olha o aviãozinho ó…

Ele brinca pedindo abertura na minha boca, e devido sua enorme insistência não tenho como recusar e acabo comendo o pudim:

M - Ok, já comi, agora deu…

B - Nada disso, você tem que comer pelo menos metade dessa bandeja

M - Bruno você vai me engordar… - brinco com ele

B - Shiu, que você é linda de qualquer jeito…agora, mais uma colherada, ó…

Ele diz sorrindo trazendo novamente a colher na minha boca, e me arrancando outro sorriso labial no meio disso:

B - Você sabe que eu vou te mimar o tempo todo agora né?

M - É eu percebi

B - Que bom que percebeu!

Ele brinca comigo e nós dois rimos baixo um com o outro, emendando entre mais alguns beijos e risadas.










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