CAPÍTULO 11

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Dou passos acelerados em direção ao banheiro e quando chego entro com rapidez deixando a porta bater atrás de mim.

Fecho os olhos e tento me concentrar na minha respiração que estava um pouco ofegante. Após alguns minutos consigo retomar minha concentração e posso finalmente abrir os olhos, de repente, sou surpreendida com Bruno entrando no banheiro com o rapidez e trancando a porta em sequência:

M - Bruno? O que você tá fazendo aqui?  - exclamo para ele

B - Shiiii, não grita por favor- ele faz o som com a boca a cobrindo com o dedo indicador

Bruno se aproxima de mim, e ficamos na mesma posição daquele dia quando ele me levou até o carro, mas dessa com um espaço suficiente entre nós:

B - O que está acontecendo com você? - ele questiona

M - Eu…

Tento dizer mas sinto meus lábios começarem a tremer de novo:

B - Percebi que ficou bem transtornada quando sua prima encontrou a gente…o que houve?

Ele diz de forma calma, mas também insistindo na pergunta:

M - Ah não sei... você estava me ajudando e ela nos pegou abraçados, e...meu noivo está aqui e talvez a Sophie pudesse dizer algo... não queria criar uma situação ruim para você

B - Ele é ciumento? - ele me interrompe

M - Como?

B - Seu noivo...ele é ciumento?

Penso se respondo ou não a pergunta, mas a esse ponto Bruno já sabia muito sobre tudo em relação a mim, então já não fazia mais diferença:

M - Bastante...quero dizer, se fosse ele no lugar da Sophie, provavelmente tudo acabaria em uma grande confusão e...enfim eu...

B - Você o ama?

Bruno novamente me interrompe com um pergunta que causa calafrios em meus estômago:

M - O que?

B - Você...ama ele, o seu noivo?

Ele me encara profundamente me deixando completamente sem palavras. Por um instante fico sem noção do que responder, claro que a resposta óbvia seria dizer que sim, mas algo internamente me impedia de responder de imediato.

Ficamos em silêncio total e apenas o que escutamos é som abafada da música lá fora, então ele resolve dizer:

B - Milena... você ama o seu noivo?  - Mais uma vez ele pergunta

M - Por que você insiste tanto nessa pergunta Bruno?

B - Porque eu preciso ouvir da sua boca o que eu vejo nos seus olhos!

Sinto meus lábios tremerem e conforme Bruno se aproxima mais de mim, a cada passo era como se eu levasse um choque no meu corpo. Estar tão próxima dele me deixava eletrizada, frenética e sem nenhum reação, apenas a sensação enorme de frio na barriga que era aumentada a cada vez que podia sentir seu cheiro mais próximo de mim:

M - O que você vê nos meus olhos? - questiono quase que sussurando

Bruno me encara e era como se estivesse vendo no mais profundo do meu ser, como se sua resposta para a minha pergunta já estivesse pronta e ele estava apenas esperando para responder a coisa certa:

B - Você não ama ele... não como uma mulher que ama o homem que vai se casar, às vezes parece que…

Ele não completa a frase disparando uma enorme crise de curiosidade em mim:

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