Capítulo 1

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Nota da(s) autora(s):

Essa história é escrita por mim ( Fashionist_Geek ) e pela luco13  e também pode ser encontrada no spirit fanfics. A história já está quase toda escrita, então se notarmos que tem pessoas interessadas em lê-la vamos postar os capítulos prontos com bastante frequência, espero que gostem e boa leitura!



Shikamaru

O chão parecia mais duro e a noite mais longa. 

Não era sempre que eu perdia uma preciosa noite de sono. Na verdade, era a primeira vez na minha vida, mas isso tinha um bom motivo.

Eu estava ansioso para vê-la; não tanto no sentido de êxtase, embora esse fator também fosse relevante, minha ansiedade originava-se de palpitações e ocasionais faltas de ar pensando em encontrá-la. 

A carta em minhas mãos expressaria melhor do que qualquer coisa que eu tentasse balbuciar em sua frente, então eu estava pensando em enviá-la pouco antes do nosso encontro seguinte.

Conquistar e namorar Temari não havia sido fácil. De fato, uma parte de mim orgulhava-se daquilo como uma das mais árduas batalhas contra minha capacidade lógica, mas noivar provou-se um desafio bem mais duradouro e conflitante.

Primeiro, meu clã. Mendokusai. Anos e anos sem interferir, sequer quando meu pai faleceu houve tanta comoção e "opiniões" a serem consideradas. 

Para eles, Temari deveria primeiro ser avaliada para ser aceita como esposa do líder do clã Nara, mas dona Yoshino, delicada e com destreza, logo os convenceu a deixarem esse passo de lado.

E por "convencer" eu quero dizer gritar, bater com força na mesa fazendo-a rachar no meio. Se me lembro bem suas palavras exatas foram:

"Como líder honorária do clã, em nome do meu marido e filho, eu vejo isso como uma façanha para interferir na nossa vida pessoal, e não aceitarei!" 

Que traduz-se como "não, vão a merda todos vocês".

Pelo menos na minha mente foi assim, e tornou aquela reunião interminável mais divertida.

Eu encarava o volume que minha cesta de lixo havia adquirido na última semana. A quantidade de papéis descartados quiçá pudesse reflorestar a várzea de Konoha, nada do que eu escrevia, ou o jeito como escrevia parecia correto. Por vezes, me sentia dramático, por outras envergonhado e no fim descartava tudo. Escrever era impossível. Suspirei.

Temari gostava das coisas diretas, porém não desleixadas. 

Pus-me a escrever e guardei no meu bolso a carta para ser levada por uma das aguias disponíveis. Um dos benefícios de trabalhar para o Hokage era o livre acesso às mesmas, e sempre comunicar-me com Temari nos tempos em que estávamos separados; se me lembro bem, numa das primeiras que escrevi fiquei tão ansioso pela resposta que sentia enjoos sempre que via um pássaro passar por mim.

Isso durou duas semanas. 

Ri sozinho lembrando-me de nossa ingenuidade no início de tudo, de como cada olhada dela ou comentário deixava-me nervoso e pensativo. Cada passo ao escritório fazia-me querer mais não estar ali, mas sim aproveitar novamente uma daquelas lembranças. 

- Shikamaru! Venha aqui. - aquela voz autoritária era inconfundível. Até mesmo alguns dos moradores pararam para nos encarar antes de retornarem a seus afazeres. 

- Tsunade-sama. - fiz uma reverência breve. A Quinta Hokage era a última pessoa que eu queria ver. - Em que posso ajudar?

- Tsk, tente soar pelo menos um pouco sincero. - estalou ela, puxando-me abruptamente. Mendokusai. - Trago boas notícias. 

Secrecy (Shikatema)Onde histórias criam vida. Descubra agora