Relevo

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Aqui tinha uma folha aguardando
Ser preenchida de muitos versos, esperando
Aprender muitas coisas inesperáveis
Mas o que não esperava eram palavras invisíveis
Tem coisa que você não enxerga a olho nu, precisa de toque
Chegue mais perto, sinta o relevo, se aventure com as mãos e toque
Troque
A tinta vermelha gritante pelo silêncio

A tinta vermelha gritante
Pelo silêncio
A tinta vermelha gritante
Se cala, se abala e então se dissipa
Em outros trabalhos ela participa
Mas não aqui, pois a tinta vermelha se cala

Fugiu pela janela
Ou pela passagem secreta
O silêncio é o que nos resta
Nada mais importa
Se não o relevo, que revela e derrota a sentinela
Que só olhava de longe, lá da janela

Contos que fazem pontosOnde histórias criam vida. Descubra agora