Pobre trabalhador, seu suor escorre com o ardor
de carregar o pesado fardo de doar-se ao que lhe causa dor,
Uma morte lenta para poder viver,
Um sustento que somente você mesmo pode prover.Trabalhador, você se sente acolhido? Ou se vê desprovido?
De respeito, compaixão, humanidade, paixão? Ou se vê envolvido?
Em um tremendo esquema de exploração, onde os batimentos de seu coração não tem valor,
mas tem um preço a ser pago todo mês, pois trabalhaste igual um motor.Trabalhador, eu sinto alertá-lo, mas vejo escorrendo de ti um óleo desasseado,
o cansaço de tanto trabalhar amargurado.
Você não realiza suas funções com amor, as realiza com rancor,
porquê nunca teve uma escolha, de fato, esteve fadado ao horror.Morre um pouquinho, diariamente se doa por inteirinho,
mas no fundo, anseia por guardar ao menos, um pedacinho
de si para a sua amada, ou para seu apreciado animalzinho que o espera em casa,
mas é tão difícil essa vida assalariada, a energia tem estado escassa.O trabalhador declarado como guerreiro, se suicida todo dia, se matando aos poucos
para poder viver. Somos um bando de loucos,
tentando viver por amor, num mundo onde sentimos fome e dor.
Morrer, para um dia, termos a esperança de viver e ver nossos sonhos. O almejar do escritor:
O fim de sua história, a concretização da jornada, palavras contidas e encadeadas em páginas.
Sacrifícios realizados em prol da jornada de trabalho, paixões arrancadas do peito através de lágrimas,
amores contidos em caixinhas artesanais, desejos esquecidos por serem considerados banais.
Trabalhadores foram adestrados e tratados iguais animais.
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Contos que fazem pontos
ŞiirUma coletânea de diversos poemas que representam alguma emoção vivida devido a alguns momento da vida. Usemos a arte como recurso para nos refugiarmos dos pesadelos, uma terapia que nos permite respirar para quem sabe, podermos relaxar e inspirar. E...