Run for your life- VINNIE HACKER

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Jayla'

Vinnie estava me levando para algum lugar, acho que é no refeitório, não vou sair do colo dele, estou cansada de andar.

Estou tentando ao máximo não demonstrar nenhum sentimento, ainda mais perto de Vinnie, capaz desse otario rir e cuspir na minha cara.

-Me leve pro quarto Vinnie- Pedi.

-Vamos jantar primeiro.

-Não to com fome- Ele me colocou no chão e se aproximou do meu rosto.

-Não queremos que ninguém fique preocupado com nossos comportamentos, então vamos ficar na linha, assim não vão ficar na nossa cola.

Ele falou no meu ouvido, sua mão estava na minha cintura, oque me desconfigurou um pouco, o moleque sabe como seduzir alguém, por um momento eu quase beijei aqueles lábios hidratados.

-Ta- Me recompus e fui pegar a comida, Vinnie veio logo atrás- Onde Cleo está? Não falei com ela hoje.

-Não sei, para de falar e vai logo.

Vinnie é extremamente grosso quando quer, ele ignora, responde de qualquer jeito, fica bravo do nada.
Não sei se aceitar isso foi uma boa ideia, estou me arriscando muito.

Jantei, subi para o quarto.

-Você sumiu o dia todo, Hacker estava te procurando.

-Ja encontrei aquele garotinho sem educação.

-Ele é mesmo, mas você ainda sim gosta dele- Ela riu.

-Para de ser besta- Sentei na minha cama- Eu posso ate achar ele bonito, porque ele é mesmo, mas ele é tão egocêntrico que chega a ser feio.

Ficou um silêncio no quarto depois que Magaly veio conferir, depois eu fui no banheiro, tomei banho, escovei os dentes e fui deitar.
Virei para a parede e a saudade bateu...ir com o Vinnie para Tennessee?...não era esse o plano.

(...)

Já era quase duas da manhã, eu estava pensando se realmente valia a pena ir na onda de Vinnie, ele poderia estar mentindo pra mim, e armar pra mim, como uma forma de vingança pelo que eu fiz com ele.

Me levantei da cama e sai do quarto, não era exatamente proibido sair do quarto, somente os pacientes da área vermelha são proibidos ja que eles são os piores, os mais malucos e perigosos.
Eu estou na área amarela, onde as coisas não são tão ruim, os pacientes so querem saber de fumar e comer comida.

Fui ate a dispensa, sorte que a Magaly sempre deixa a chave atrás do quadro, ela disse que eu posso vir e comer algumas coisas, em caso de emergência!
Mas isso é uma emergência.
Quem discordar não sabe nada sobre viver cercada de gente problemática.

Abri a dispensa e entrei, vi alguns chocolates, eu não iria comer, quero manter meu corpo do jeito que está, mas eu preciso afogar minhas mágoas em comidas ja que não tem bebidas.

CLEONICE'

Percebi que Jayla não estava no quarto, AMÉM, ela é legal mas eu precisava me aliviar, mas com ela no quarto seria estranho pra porra.

Eu estava aproveitando a vida, batendo uma...isso é muito bom, so não posso viciar.

Acabei dando um gemido alto e escutei um barulho de alguma coisa caindo.

-Quem ta ai?- Gritei.

Vi uma pessoa de branco correndo pela porta que estava um pouco aberta, droga! era algum medico.

-O porra não se pode nem se tocar em paz, já tô presa aqui, ai senhor, me dê paz.

Levantei e fui atrás da pessoa, por sorte o cara era meio desajeitado e eu pude ver ele entrando na sala de meditação.

-OU- Gritei- Que porra você estava olhando em caralho?

-E-eu?- Vi pavor em sua voz- Eu só iria conferir se você estava no quarto- Ele riu sem graça.

-Para de ser mentiroso, o toque de recolher é antes de meia noite.

O cara ficou calado me encarando

-Você é novo nesse lugar? Nunca te vi desde o dia que cheguei

-Não, na verdade eu sou da área vermelha mas ai eu consegui trocar de área pra...

-Pra...?

-Ok ok...-Ele respirou fundo- Eu vi você chegar e fui ver sua apresentação e achei sua história interessante, queria me aproximar.

-Os funcionários não podem ter afeto por uma louca.

-É eu sei... mais é que eu fiquei com dó de você, estupro é mó barra.

Esse idiota acha que eu preciso de alguem pra ter do de mim, ah vai se fuder.

-Cara, eu estava quase te chamando pra transar mais agora eu não vou, não preciso de dó de ninguém ,eu já resolvi o meu problema e boa noite médico tarado- Estava voltando pro quarto.

-Meu nome é Entony-

-Tchau cuzão.

Escutei uma leve risada que ele deu, ele era ate bonitinho, mas não to afim, a não ser que eu precise de algo...
Fui me deitar, acabei dormindo mesmo estranhando o fato da Jayla não estar no quarto.