O Sangue em minhas mãos me assusta muito.

Capitulo 4

   A área comum era um espaço enorme. As duas paredes mais distantes eram quase inteiramente compostas de janelas do chão ao teto. A parede à sua direita, porém, tinha janelas menores com persianas prontas para deslizar sobre elas. Uma enorme tela de TV dominava o centro da parede e, em um semicírculo de frente para a tela, havia uma coleção de sofás de couro macio e uma mesa grande e baixa de vidro. A área do sofá era mais baixa no chão com uma pequena escada em espiral que descia em ambos os lados.

Atrás dos sofás havia uma mesa de jantar em um nível mais alto. Um declive fácil se curvava da mesa em direção à parede onde Harry estava atualmente, e que fazia fronteira com os fundos do quarto de Steve. A parede era uma cozinha completa e aberta, com uma longa bancada de granito forrada com banquetas dividindo-a do resto da sala. Espalhadas por todo o espaço comum estavam várias cadeiras e algumas pequenas mesas. Harry tinha certeza de que a torre de Tony o impressionaria muito mais vezes nos próximos dias.

Steve foi em direção aos sofás. Harry o seguiu, acomodando-se no canto de um sofá de frente para o elevador e corredor. Harry não tinha intenção de sentar de costas para nenhum dos Vingadores ainda. Não quando ele ainda tinha que verificar a motivação deles para oferecer a ele este novo 'lar'. Se Steve notou suas ações ligeiramente paranóicas, ele não disse nada a respeito. Em vez disso, ele se recostou no sofá em frente a ele, e Harry teve que se maravilhar com o quão confortável ele parecia. Mesmo em ambientes familiares, Harry tinha dificuldade em relaxar.

Antes que o silêncio pudesse se transformar em constrangimento ou conversa, as portas do elevador se abriram. Bruce saiu e caminhou para se juntar a eles. Seus olhos demoraram um momento em Harry que estava empoleirado na beirada de seu assento com uma mão descansando sobre a mochila encostada em sua perna, mas ele se virou para Steve em vez disso. “JARVIS disse algo sobre o jantar?”

“Clint disse que Tony pediu pizza.”

Bruce riu. "Claro." Ele se sentou ao lado de Steve e olhou para Harry novamente. Harry sentiu os dedos dos pés se enrolarem ansiosamente na barra de sua calça de moletom muito grande. Ele ergueu o queixo desafiadoramente; ele se recusou a ser intimidado. Ele havia se acostumado a cobrir suas cicatrizes neste mundo, mas em casa ele não lhes deu muita atenção. Ele se recusou a tomar qualquer outra abordagem agora. Depois de um momento de pausa, Bruce desviou o olhar educadamente.

"Tony estava no laboratório?" perguntou Steve. Harry colocou as mãos nas pernas e tentou parecer um pouco menos nervoso. Ele não tinha certeza se estava tendo algum sucesso.

"Um tempo atrás," Bruce deu de ombros. “Fui atrás de algo e acho que ele se desviou com um novo recurso de traje no qual ele está elaborando detalhes.”

Se Harry não estivesse de frente para o elevador, ele nunca teria notado a aproximação de Clint. Observando-o se mover, Harry de repente percebeu como o homem apareceu tão de repente na lavanderia. Ele tinha um passo decidido e silencioso que deixou sua abordagem sem ser ouvida. Clint estava sentado em um sofá perpendicular a Harry, quando a ruiva, Natasha, se juntou a eles também. Quando o elevador se abriu mais uma vez, Tony saiu ao lado de um homem que carregava uma pilha enorme de caixas de pizza.

Clint deve ter visto o olhar de boca aberta no rosto de Harry, porque ele estava sorrindo enquanto sussurrava, “Não espere sobras garoto. Você nunca viu alguém comendo até ver Bruce e Steve fazendo isso.”

Harry sentiu suas sobrancelhas se erguerem contra sua vontade. Ele olhou de volta para o Steve incrivelmente musculoso e o Bruce mais compacto, mas nada menos que em forma. Bruce ficou vermelho brilhante, mas sorriu. "Metabolismo elevado", ele murmurou. Harry permaneceu tão confuso quanto antes, mas não pediu esclarecimentos. Por tudo que ele sabia, era um assunto delicado ver como Bruce reagiu à zombaria de Clint.