O Sangue em minhas mãos me assusta muito.

Capitulo 51

   O café da manhã foi tranquilo.   Tony, que acordou logo após o cheiro de café mais uma vez encher o ar, estava sentado ao lado de Thor, que o informava sobre a conversa da manhã.   Natasha estava conversando baixinho com Clint na ilha, passando pratos do balcão para Bruce enquanto ele arrumava a mesa.   Harry se encontrou na mesa, com seu capuz levantado e sua voz ausente.   Seu corpo inteiro parecia concreto, como se algo pesado e cinza o estivesse pressionando no chão, como se não houvesse palavras dentro dele e nenhuma emoção em seu peito.

Harry beliscou silenciosamente sua comida, trabalhando lentamente em sua alta pilha de panquecas e ouvindo as vozes ao seu redor.   Lá fora, a neve caía espessa e silenciosa.

“Começou ontem à noite,” disse Bruce, seguindo o olhar de Harry.   “O boletim meteorológico diz que deve continuar nos próximos dias.   Parece que vai ser uma nevasca.”

Harry assentiu distraidamente, virando o garfo nas mãos.   As luzes de neon abaixo estavam um pouco abafadas pela névoa de flocos de neve e céu nublado.   "Você acha..."   A voz de Harry sumiu.   Ele inclinou a cabeça, apertando os olhos para a cidade abaixo.   De pé, ele foi até a janela, a conversa continuando atrás dele apesar dos olhos curiosos.   Ele se inclinou contra o vidro.

Uma sombra estranha deslocou-se através das nuvens.   Harry apurou os ouvidos, mas não ouviu nada além de conversas silenciosas na torre densamente isolada.   Seus olhos se esforçaram, rastreando a sombra como se seguisse o sempre indescritível pomo.   Ele ansiava por sua Firebolt.

"O que você está olhando?" Clint ligou.

Harry colocou a mão sobre o vidro.   A sombra era maior do que antes?   O néon abafado e os flocos rodopiantes distorceram as bordas da forma, mas…

Natasha se juntou a ele na janela, seus próprios olhos castanhos se unindo aos dele e examinando a cidade abaixo.   A sombra estava definitivamente ficando maior —

“Pessoal,” a voz afiada de Natasha silenciou a sala e colocou todos os músculos em guarda.   "Vestir."

A mesa se dispersou em uma enxurrada de movimento.   Natasha agarrou o cotovelo de Harry e o puxou para longe.   “Eu perguntaria se você está pronto, mas você não tem escolha.   Fenrir está de volta.

Harry tropeçou atrás dela, os olhos ainda na sombra que se elevava sobre os quarteirões da cidade.   Sua mente ofereceu uma trilha sonora de gritos para as ruas da cidade abaixo.   Ela o empurrou pelo corredor.   “Vista-se,” ela ordenou, antes de se virar para o elevador.

Os pés de Harry o arrastaram para seu quarto.   Seus dedos se atrapalharam com suas roupas, abotoando as calças pretas e puxando sua camisa.   Ele pegou seu cinto de ferramentas descartado do chão do banheiro—

Um rugido perfurou o ar, sacudindo o prédio e estremecendo em seus ossos.   A testa de Harry começou a doer.

Ele apertou o cinto e puxou os sapatos.

O baque de passos enormes reverberou pelo chão.

Ele tocou a faca em seu quadril –

Houve uma explosão de som.   Harry correu de seu quarto e deslizou para o salão.   Vidros e móveis quebrados cobriam a sala.   Uma enorme pata negra voltou para a torre.   O traje vermelho e dourado de Tony derrapou na frente do lobo, disparando eletricidade e balas de suas mãos.   Fenrir virou-se para bater em Tony em vez disso.   Harry pegou seu comunicador, apenas para se lembrar de como ele o havia abandonado na ponte depois que tudo se transformou em estática dolorosa.   Ele estaria fazendo isso às cegas.

“JARVIS!” Harry chamou, correndo para a escada.   “Eu não tenho um comunicador.   Eu vou para o telhado.”   Ele subiu as escadas no duplo, circulando em direção ao topo.   Outro estremecimento percorreu o edifício.   “Vou tentar manter o prédio seguro!”   Ele virou outro degrau, passando pelo andar da cobertura de Tony.   Ele atingiu a porta de acesso ao telhado com um BANG! e examinou o espaço ao seu redor.