I: LIBERTINAGEM E ESBARRÕES

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Benedict Bridgerton sabia o quanto iria lhe custar se soubessem da sua vida libertina durante as noites. Se descobrissem o que andava fazendo por aquelas ruas escuras de bloomsburry, seria o fim da sua reputação, e consequentemente de toda a família Bridgerton. Mas ele não ligava, gostava de correr riscos, e ficar com cada uma daquelas donzelas valia cada risco.

- Você já vai? Ainda está cedo. Por que a pressa? - perguntou a mulher de cabelos ruivos, enrolada por um lençol macio e aconchegante, ao ver seu parceiro da noite se levantar.

- Eu sinto muito lhe abandonar, senhorita, mas eu preciso mesmo ir embora. - afirmou, vestindo sua calça. - Adoraria mesmo ficar com você até o amanhcer, mas realmente não posso. - penou, agora vestido.

Por fim, calçou seus sapatos e se levantou por completo. Olhou pela última vez para a bela mulher que estava deitada, lhe observando, e sorriu. Ele não mentiu quando disse que ficaria com ela até o amanhcer, mas ele tinha deveres. E Anthony pegaria no seu pé até não aguentar mais caso ele chegasse no dia seguinte em casa, mesmo ele sendo dono do próprio nariz.

- Vamos nos ver novamente? - indagou-a, fazendo movimentos lentos com os dedos sobre o lençol.

- Possivelmente. Não posso prometer nada.

E estava sendo sincero, era bem difícil ele se encontrar com a mesma pessoa por mais de uma vez. Não estava nos seus planos se envolver com alguém.

Era a temporada de casamentos, e ele como o único solteiro da família, sua mãe com certeza não descansaria até arrumar uma esposa para o filho, mesmo que isso fosse contra sua vontade.

Quando saiu da estalagem, Benedict olhou para todos os lados, e ainda havia algumas pessoas andando por aqueles becos escuros, aquela hora da noite. O que estavam fazendo? Se perguntou.

Não tinha direito de se intrometer na vida daquelas pessoas, uma vez que odiava quando tentavam interferir na sua. Segundo o mesmo, ele era um homem livre, fazia o que bem quisesse, mas escondido, obviamente.

Depois de caminhar por alguns minutos, ele finalmente estava saindo daquele bairro, não via a hora de poder deitar em sua cama quente, com seu lençol mais quente ainda e dormir um belíssimo sono. A rua estava mais quieta naquele lado e o vento gélido batia no seu rosto.

Ele pensou ouvir passos rápidos à sua frente, o mesmo parou e olhou ao seu redor, desconfiado. Ali tinha muitos ladrões, prontos para roubar qualquer pessoa que parecesse ter algum dinheiro, e ele não seria uma delas. Os passos estavam cada mais perto, cogitou ser um cachorro, mas logo pensou ser impossível, um animal daquele tamanho não teria passos tão pesados.

Quando se virou para seguir seu caminho, viu ao longe uma pessoa, um homem, para ser específico, correndo em sua direção, apressado e visivelmente desesperado. O que estava acontecendo?

Não pensou por muito tempo pois o homem esbarrou com força nele e ambos caíram no chão molhado e frio.

- Quem é você? - questionou, assustado, mas antes que pudesse ter alguma resposta do homem curioso ao seu lado, ele ouviu um soar de apito a alguns metros. Droga, era um ladrão.

Eles se olharam por alguns segundos, e apesar de Benedict não conseguir ver seu rosto com tanta clareza por causa da pouca claridade, ainda sim viu um pedaço do seu rosto, um tanto quanto familiar.

- Perdão. - ele se levantou e voltou a correr apressadamente, ignorando sua pergunta. Claro, quem teria tempo de responder uma pergunta quando se estava fugindo de guardas noturnos?

Ele viu o garoto fugir por entre aqueles becos e sumir na escuridão e só percebeu depois de um tempo que ainda estava no chão, após ouvir mais uma vez o som do apito, mas agora eles estavam mais perto.

Rapidamente Benedict se escondeu detrás de uma barraca, onde eles não poderiam o ver, caso contrário seria seu fim. E se pensassem que ele era o infrator? Não gostava nem de pensar no que iria acontecer.

- Ele foi por ali, vamos! - um dos homens falou, mas Benedict não conseguia os ver.

Depois de alguns minutos, ele viu que não tinha mais ninguém na rua e decidiu sair de onde estava.

Limpando a sujeira da sua roupa, ele perguntou em voz alta, curioso e ligeiramente intrigado com o garoto e com a situação:

- O que acabou de acontecer?

~ Notas finais ~

Ai, gente, tá aí o primeiro capítulo kk espero que tenham gostado❤️

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QUANDO A TINTA SE ACABA - BENEDICT BRIDGERTON Onde histórias criam vida. Descubra agora