Parte Cinco

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Chicago 1960

Gun estava sentado na pequena sacada que seu quarto lhe proporcionava, folheando um livro, incomodado com as cordas de tecido que o segurava, sem contar aquele short e robe de cetim vermelho que usava.

Se alguém me visse assim, céus eu pareço um gigolô.

Ele começou a remexer no cabelo irritado, era seu segundo amanhecer naquele pedaço de inferno.

Naquela manhã, Off o levou um café com xícaras e pratinhos de porcelana, o assistiu comer e depois afrouxou as longas correntes e ele começou a se questionar quantos metros de correntes tinha naquela peça mecânica em baixo da cama.

Então ele comeu o croissant sobre o olhar curioso do seu carcereiro. Para ser deixado com alguns livros e a chave da sacada, onde ele passou o dia tomando sol, tentando fechar aquele maldito robe e não se sentir tão exposto.

—Senhor Atthaphan, Mestre Off chegará hoje mais cedo, as quatro. —A voz suave da governanta o avisou horas antes, ele olhou o relógio de pulso observando os ponteiros apontando que eram quatro horas.

Devo fazer a palhaçada de deitar vendado?

Ele negou isso pra si mesmo, sentando de pernas cruzadas, encostado na cabeceira acolchoada preta. Os olhos presos na porta, no exato momento em que o homem de terno preto entrou.

O homem caminhou elegantemente, puxando a gravada borboleta preta, sem ainda olhar para os olhos que o observavam, desabotoou dois botões da camisa branca, fazendo a boca se Gun salivar.

Será que eu... estou com tanta vontade assim?

Atthaphan não era bobo, ele sabia que a resposta era um grito interno enorme, afinal ele sempre havia sentido uma atração absurda pelo perigo que representava Off Jumpol e pelo próprio Off Jumpol.

Agora ele se sentia estranhamente ansioso sobre qual seria o assunto que Off começaria, se ele reclamaria do fato de que ele estava sem venda.

Mas então, o que ele fez foi, remexer uma das inúmeras gavetas do quarto, e tirar algo que parecia de vidro longo e grosso.

Gun arregalou os olhos, quando o homem imponente se virou satisfeito com aquele objeto em mãos.

—O... o que é isso?

—Não está seguindo nossas regrinhas não é? Falando comigo assim... Sentado na cama assim para me esperar... —O pequeno gigolô rapidamente, se deitou na cama fechando os olhos. Off a essa altura já se sentava na cama enorme, passando a peça gelada nos mamilos rosados, os fazendo se arrepiar, assistiu seu alvo morder o lábio e apertar os olhos. —Você sabe o que é isso?

—Sou um homem, óbvio que sei.

—Então o que é?

—Um... Dildo. —O murmúrio assustado, era tão delicioso de ser ouvido, Off riu baixinho, deslizando o objeto gelado por toda a barriga do menor, abrindo o nó do robe no meio do caminho, assim ele o soltou e permitiu que deslizasse lentamente na cama, expondo o corpo que sempre esteve presente em seus sonhos. —P'Off... eu não sou uma mulher.

—Quem disse que isso se usa apenas em mulheres? —O experiente dom, perguntou divertido. Gun o encarou. —Sabe... muitos garotos adoram isso.

—Você... vai...

—Você quer Ter?

—Não quero! —Praticamente gritou, mas gemeu logo em seguida, quando a mão do outro rapidamente segurou o pau que começava a endurecer. —P'Off...

—Gostaria de te ouvir falar em Tailândes... Deve ser tão gostoso.

—Eu não sei falar. —Ele murmurou em meio a um suspiro, quando a mão começou a subir e descer ali.

Vendetta • OffGunOnde histórias criam vida. Descubra agora