Sicília
1962Off Jumpol respirava profundamente, atento ao compasso baixo do ar que entrava e saia de seus pulmões. Suas mãos apertavam com força o couro macio que o mantinha preso naquela cama sob os lençóis de cetim que deslisavam por sua pele.
O ardor suave do chicote em seu peito o fez estremecer e gemer baixinho aquele nome adorado.
—Gun... —O sussurro deliciado foi presenteado com unhas que arranharam sua barriga definida, ele arfou em resposta, aguardando o glorioso momento em que a boca úmida o tomou de uma só vez.
Seus olhos estavam bloqueados pela venda de camurça, apenas por isso ele sequer deu o trabalho de mover a cabeça para frente, apenas apertou as algemas que o mantinham de braços abertos na cama com um pouco mais de força.
A boca o lambia e sugava avidamente, tornando, os seus sentidos que lhe eram negados faziam aquela sensação se tornar ainda mais intensa, como se Atthaphan o devorasse, e ele queria continuar a ser a sobremesa. Os dedos úmidos massagearam aquele canal intocado e Jumpol apenas gemeu abrindo as pernas mais assim que lhe foi introduzido.
O homem que sugava o membro faminto de seu marido, tão faminto quanto ele mesmo. Praticamente urrou de felicidade com a reação da entrega do outro.
Nesse tempo antes do casamento, desde a morte do pai de Gun e a quase morte de Off. Eles se mantiveram resolvendo tantas pendências e problemas nos negócios, que sequer tiveram tempo um para o outro.
O sexo era como ascender os céus, mas era uma mesmice rotineira e Gun gostava de inovar, ele queria dominar agora.
Afinal ele já dominava a vida de Jumpol toda. Desde os pensamentos, o coração, a atenção. Agora ele dominaria o seu corpo tão entregue aos prazeres que apenas Gun o proporcionava.
—Vou foder você. —Atthaphan murmurou com aquela voz mandona e suave, seguida de uma risada gostosa. Jumpol apenas assentiu um pouco suado.
Então ele.
—Ter... não vai doer?
—Não... É muito bom na verdade, você vai gostar.
—Ter...
—Confie em mim Papii. —Atthaphan o interrompeu, acariciando a cicatriz no peito de Off, com carinho, seus olhos se tornando duros de repente. —Nunca machucaria você, nem permitirei que o façam.
Aquela pequena criatura diante de Off Jumpol, podia permitir ser mandado na cama, fazer tudo o que o seu homem o mandasse, dentro daqueles quatro cantos acolchoados.
Fora dali, Gun Atthaphan era um Deus. Ele comandava os negócios com um pulso quase que cruel, acabou assumindo todas práticas legais e ilegais da sua família e em dois anos ele triplicou o lucro.
Inteligente, Perspicaz...
E completamente dono do coração de Off Jumpol.
—Eu confio em você com minha vida Ter... —Off murmurou em resposta, fazendo o menor sorrir de novo e buscar tomar aquele corpo para si.
Gun foi paciente e carinhoso, respeitando os limites do homem que arfava baixinho, com o suor pingando em sua testa. Quanto estava todo dentro de seu amado, Atthaphan se curvou sobre o corpo grande, beijando a bochecha do outro levemente, antes de murmurar.
—Você é tão gostoso... me aperta tão bem. —O murmúrio com um suspiro de prazer, foi retribuído com outro gemido delicioso de Off para o rapaz.
Então Gun fez o que prometeu, fodeu seu marido com força e rápido. O fazendo implorar várias vezes pelo o orgasmo, sempre que Gun parava de masturba-lo e diminuía o ritmo.
Ele queria negar aquele prazer ao seu homem, até que ele gozasse de uma só vez em sua mão, gritando o quanto o amava.
Gun caiu deitado na cama exausto, liberando os pulsos de Off antes, abraçou o corpo quente e se aninhou ali nos braços do homem que amava. Seu marido, respirava em arquejos, tirou a venda e se virou para o menor que sorria maliciosamente.
—Você... pretendia fazer isso? —Ele se referia a todo o acontecimento daquele começo de lua de mel, Gun riu baixinho assentindo.
—Você é inteiramente meu. —Disse com muita certeza em suas palavras, que levou Off a rir assentindo. —E eu posso fazer o que quiser não é?
—Claro Ter...
—Então, estamos casados.
—Sim marido e marido, esposo e esposo. Não sei como me referir.
—Meu amor e minha vida. —Gun respondeu rindo, segurou a mão de Off em que o aro dourado da aliança brilhava. —Sabe o quanto amo você?
—Você sabe o quanto amo você?
A pergunta mútua fez Gun arquear a sobrancelha.
—Eu te amo, como Hades amou Perséfone.
—Com um sequestro?
Gun riu alto, negando com a cabeça rapidamente, o cabelo úmido chacoalhou, caindo em seus olhos bonitos, o que levou a Off afastar com os dedos.
—Ele viu a mais bela deusa em meio a um jardim de flores e ele decidiu que ela seria sua rainha, ela decidiu estar com ele. Eu te amo porque te escolhi desde a primeira vez que te vi.
—Mas isso não muda o sequestro.
—Você tem uma preocupação com isso em. —Gun respondeu ainda risonho. —Eu sou apaixonado por você desde a escola Papii, você salvou minha irmã, me salvou. Mesmo tendo perdido tudo por se envolver com minha família.
—Eu já disse que...
—E é por mais isso que amo você, são vários porquês, eu sei. Mas eu amo você também, justamente por não me culpar, por mesmo com tudo aceitar continuar me amando.
—E sobre Perséfone? Você me sequestraria?
—Talvez? Quem sabe? Eu não precisaria fazer por que você também me amava.
—E eu te amo, te amo como... Ísis amou Osiris, já que estamos falando em mitologia.
—Ísis e Osiris?
—Eu poderia desafiar qualquer um para salvar você, poderia enfrentar o inferno por você. Quando Ísis tentou salvar a vida de Osiris, ela doou tudo por ele mesmo sabendo que, ela só teria um dia com ele. Um único dia.
—Você então sacrificaria tudo por um dia comigo?
—Sim —Aquela resposta veio tão de repente que Gun piscou embasbacado. —Eu pensava que só teria um dia com você quando o levei para casa. Mas eu queria aquele dia, queria com todo meu ser, apenas eu e você, conversando sobre o que você fez ou comeu... Apenas ter sua atenção naquele único dia... E eu poderia viver com aquela lembrança.
Os olhos de Gun encheram-se de lágrimas, ele sentiu toda a dor e angústia de Jumpol naquele momento.
—Eu passaria a eternidade ao seu lado. —Atthaphan respondeu em dado momento. Acariciando o rosto de Off. —Você me amou em silêncio por tanto tempo... E mesmo assim nunca desistiu de mim.
—Nem em um milhão de anos Ter.
—Então, saiba disso. —Gun espalmou as mãozinhas no rosto do seu amor, o fazendo olhá-lo sem piscar. —Eu arriscarei tudo por cada único dia ao seu lado. Você sempre será minha prioridade é assim que vou retribuir seu amor e cuidado. Porque... Você é a minha vida, meu companheiro e meu melhor amigo.
Off sorriu para ele assentindo em meio às lágrimas.
—Obrigado por isso Ter... Por me amar.
—Você sempre será meu primeiro e único.
E assim eles começaram aquela linda lua de mel naquela ilha próxima à Itália.
Com mais uma de suas habituais juras de amor.
Fim?
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Vendetta • OffGun
FanfictionO ano é 1960 estamos em Chicago EUA, Off Jumpol e Gun Atthaphan são de famílias rivais da Ásia que vieram para a América, se juntar a Cosa Nostra. A guerra das noites na grande Chicago, deixa o herdeiro da família Atthaphan a mercê do homem que que...