Parte Três

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Chicago, 1950
10 anos antes

Gun Atthaphan, observava o garoto de cabelo preto, com uma longa franja quase tapando os olhos, três anos mais velho, fora de seu alcance, chupava a balinha de menta, mas sua mente estava pensando em...

—Hey Gun. —Os olhos dele se desviaram para Tay que estava ao lado dele, observando a cara do amigo observando o veterano. —Você sabe que ele é o Jumpol né?

Gun sorriu, aquele sorriso que trazia um ar tão ingênuo, mas libertino... Deliciosamente libertino. Assentiu com a cabeça, se levantando no exato momento que viu o rapaz saindo do refeitório.

—Você não deve...

—Não existe nada que Gun Atthaphan não deveria fazer. —Respondeu lançando uma piscada marota para o amigo.

E então, saiu caminhando rápido do refeitório, andando a distância observando o veterano, silencioso e sério. O qual tinha pegado o observando várias vezes, de uma forma que o fazia ter certeza, como sempre tinha nesse jogo do flerte silencioso.

Que Off Jumpol, da família rival a sua, tinha tesão nele.

E, ele tinha ainda mais.

Ele entrou no vestiário masculino, o sorriso vitorioso de Gun se espalhou prontamente naquele rosto inocente.

Assim, ele entrou logo atrás, trancando a porta.

Jumpol se virou minimamente para encarar quem o seguia, observando o pequeno filho de Dom Phunsawat, que o seu pai sempre lembrava para ficar longe.

Mas estranhamente, ele sentia que, queria estar muito perto.

—Gun Atthaphan?

Aquele garoto, de rosto inocente e belo, se aproximou lentamente dele, o avaliando com os olhos de cima a baixo, Off recuou em resposta, batendo as costas segundos depois no box de um dos chuveiros.

Era intervalo na escola, estava vazio e ele percebeu que estava...

Em perigo, com aquele olhar inocente que o devorava, parecia como um demônio vestido de anjo.

—Off Jumpol? —A pergunta foi cheia de irônia e aquela pitada de sarcasmo que pareceu deliciosa nos lábios de Atthaphan, a ponto dele os lamber lentamente. —Entre no box vou abrir a porta.

—O que... o que você vai fazer comigo? —Jumpol estava chocado de mais para, simplesmente negar aquilo, o olhar de felino daquela figura pequena, parecia mandar e ordenar ele.

Gun sorriu, empurrando ele delicadamente para dentro do box, deu um salto para fora apenas para liberar a porta do banheiro, e então voltou para dentro, deixando o mais velho assistir ele os trancar juntos.

Ali dentro, da escola.

Aquela era a primeira vez que Gun falava diretamente com o mais velho, ele no ápice de sua insegurança e timidez, causada pela pressão que ele sentia em ser o único filho da família, apenas tremeu sob a segurança e a aura de poder que emanava daquela pequena figura.

—Papii... —Gun murmurou o apelido, que ele havia escolhido a um tempo. —Você está curioso sobre mim?

Off sentia que deveria estar assustado, afinal aquele a sua frente era o filho mais velho da família que lutava contra a sua nos negócios. Mas Atthaphan estava certo, a curiosidade dele... Era maior, muito maior.

O sorriso sapeca, deixou aquele semblante quase que com luz próprio. Como uma estrela. De forma assombrosa, ele assistiu o pequeno rapaz colocar a mão por dentro da calça de alfaiataria dele, passando a cueca. Os olhos escuros avaliando cada mínima reação de Off, como se o desafiasse, a dividir um segredo mútuo.

O mais velho, não entendia a atração magnética que ele vinha sentindo, desde que viu Gun Atthaphan na escola, ele era três anos mais velho, mas mesmo assim, se mantinha observando de longe, aquela pessoinha animada e alegre, que diferia e muito, da imagem que Off tinha do que seria um herdeiro de contrabandistas.

Então ele estava realmente curioso, mas tinha certeza que não deveria, ultrapassar isso.

Ele só não esperava, que essa curiosidade, vinha de mãos dadas com.

—Você está com tesão? Ficando aqui sozinho comigo na escola? —Off apenas ficou o encarando, sentindo a mão segurando o pau dele, aquela sensação, bizarra, de vontade de lamber aquele rosto safado com um sorriso de covinhas que o encarava. Ele não respondeu, ficou em silêncio digerindo essa sensação. —Gostaria que eu o chupasse?

Puta merda.

Aquela boca, extremamente convidativa, carnuda... ao redor do...

Off Jumpol assistiu o menor, se ajoelhar diante de seus olhos cheios de desejo impróprio. Abrir o zíper da calça, tirar o pau dele duro para fora e o enfiar todo de uma vez na boca.

Ele gemeu alto, alto o suficiente para Gun tirar o pau e sussurrar sorrindo.

—Não faz barulho... Lembre sempre, quem come quieto, almoça e janta.

Off encarou o rosto como o de um anjo caído, corrompido pela a luxúria, segurando o pau dele do lado do rosto.

E ele realmente desejou, da forma mais libidinosa possível, que não se podia colocar em simples palavras.

Desejou poder dominar aquele garoto, fazer dele seu...

E então, Gun deu aquela piscadela, com mais um de seus preciosos sorrisos com covinhas e aquela expressão, que Off assistiu em silêncio seria o motivo dos seus maiores sonhos e pesadelos.

O pau voltou para a boca, que parecia o céu, Off foi obrigado a cobrir seus lábios com a mão, para não deixar escapar os gritos de prazer que ele desejava dar.

Off então se soltou o suficiente para enfiar a mão naquele cabelo macio e forçar a cabeça até o fim do seu pau. Gun era um bom menino, deixou que Off tomasse seu prazer e não reclamou em nenhum momento, mesmo quando os olhos se encheram de água, pela profundidade que o outro estava na sua garganta.

Ele permitiu que os olhos vermelhos ficassem olhando o rosto tomado pelo prazer, que o encarava lá de cima.

Os rapazes começando a entrar no vestiário e falando algo, sequer tirou a atenção dos dois um do outro ali dentro.

Daquele momento em diante, eles se encontrariam mais e mais vezes naquele ninho de luxúria deles, até quando tudo acabou em fogo e destruição.

Mas mesmo depois de anos, com o ódio profundo de Off pela família de Atthaphan, ele ainda acordava no meio da noite, com aquele rosto de um anjo caído perguntando se deveria.

Chupar ele.

E céus, ele acabaria com o mundo, para ter Gun Atthaphan em suas mãos, sem nem se importar com mais nada.

E ele assim o fez.

Antes esteve nas mãos do pequeno, mas agora, ele era o homem que tinha aquele ser intrigante preso em seu reduto.

E ele aproveitaria disso até o final.  

Vendetta • OffGunOnde histórias criam vida. Descubra agora