Chicago, 1960
Gun ficou sentado na cama, vendo um Off Jumpol lhe trazer comida em uma bandeja, usando apenas uma calça de alfaiataria, o homem se sentou na cama, na luz do sol que vinha da sacada, parecendo estonteante.
—Coma. —Gun assentiu, comendo um pedaço de um bolo de limão, observou Off pegar seu outro pulso e soltar a algema de couro. —Estou te dando um voto de confiança entende?
—Sim papii. —O rapaz disse, encarando o pulso marcado avermelhado, colocou o bolo no prato e esticou a outra mão. O homem delicadamente soltou aquela algema também. —Posso ter uma roupa?
Off riu, mordendo um pedaço do bolo de limão, seus olhos devorando o rapaz nu.
—Mas Ter fica tão bem assim.
—Papii! Não posso andar pela casa assim! —A frustração de Gun era adorável, a ponto de Off sorrir balançando a cabeça negativamente. Gun apontou um dedo no rosto dele com as bochechas coradas. —Você não ouse pensar que vou ficar assim semi nu para sempre!
—Então você pensa nisso Ter?
—Em que?
—Ficar comigo.
Gun arregalou os olhos abaixando a mão, mas Off se curvou sobre ele, afastando a bandeja com um braço para o lado. A boca deles se uniram com um gemido mútuo e as línguas se encontraram.
Jumpol deitou Gun na cama e subiu em cima dele de uma só vez, deixando o menor esperando em baixo dele, cruzando os braços no pescoço do maior.
—O que você vai fazer? —Gun perguntou trazendo Off para próximo de sua boca. O mafioso sorriu divertido.
Gun perguntava isso, enquanto o puxava para si?
—O que quer que eu faça? —O menor corou, segurando firme no pescoço do outro. —Quer de novo?
Gun assustou a si mesmo, com a confirmação que deu ao outro em um aceno tímido, que os levou a outro beijo profundo.
Estava entregue, abriu a boca para ser invadida pela língua que o saboreava. Suas mãos deixaram o pescoço do outro apenas para abrir a calça que os separavam.
Off agradeceu por essa ação, a chutando para fora da cama, sua mão começou a massagear o membro duro já úmido do outro, gemendo nos lábios dele por sentir o quanto ele estava excitado.
—Você me quer tanto assim? —Off perguntou quando se separou para permitir que o menor respirasse, os olhos de Gun estavam semicerrados e ele arquejava suavemente, a bochecha corada.
Aquela visão, deixava Off com ainda mais sede, aumentou a velocidade da sua mão e lambeu dois dedos para então introduzir no canal apertado.
Gun fechou os olhos gemendo baixinho, a pontada dolorida dando espaço para o prazer. Ele ergueu seu quadril de encontro aos dedos de Off, levando o mafioso a gemer tão feliz com aquela entrega, ele levou anos esperando por aquilo.
E mesmo assim, não esperava que fosse tão intenso.
—Eu vou ter comer inteirinho. —Off disse, se curvando sobre o corpo entregue de novo.
—Faça isso Papii... —Gun respondeu, e ele assim o fez.
Se perdeu no corpo do homem que ele tanto desejou naqueles dez anos. Jumpol beijou cada parte da pele quente com adoração, engoliu cada um dos gemidos suaves de seu nome.
Assistiu Gun gozar em baixo de seu corpo, entregue a ele.
Dessa vez sem as algemas, sem nem se dar conta que... Ele realmente queria ver seu Gun livre, decidindo estar ao lado dele por vontade própria.
Eles se deitaram exaustos lado a lado, sem nenhuma amarras, a bandeja do café entre eles. Atthaphan segurou outro pedaço do bolo, com o rosto suado e vermelho, daquela forma que fazia Off desejar voltar a torturar e se deliciar no corpo todo marcado pela sua boca.
Assistiu Gun comendo o bolo, com o olhar cansado.
—Vou te trazer uma roupa sim? —Off murmurou se levantando da cama, Gun apenas murmurou um urrum e viu Off saindo do quarto, se mantendo deitado mastigando o doce.
Penteou o cabelo suado com os dedos bebericando o café já morno, completamente alheio ao fato de que estava.
Livre.
E mesmo tendo gozado tantas vezes, Off não o obrigou a ficar preso mais.
Isso parecia bom, o acordo de estar na cama dele daquela forma.
Jumpol retornou minutos depois arrumado, com o cabelo perfeitamente penteado e um terno em mãos. O menor, se virou para o homem sentando na beirada da cama animado por finalmente, vestir algo.
Quando segurou o conteúdo nas mãos, ficou encarando aquele tom de vermelho sangue do terno, chocado que Off tivesse comprado tal coisa chamativa de mais.
—Lembra que você dizia que amaria usar ternos em cores vivas?
Gun levantou o olhar para o rosto sério, se lembrando daqueles curtos momentos de paquera entre eles na adolescência.
—Você mandou fazerem isso pra mim?
—Sim, esse e mais alguns. —Off virou o rosto, mais alguns era um apelido fofo para a quantidade de ternos que ele tinha prontos para Gun. —Prove.
Gun levantou da cama com um salto, expondo o corpo nu na luz do sol, o que fez Jumpol tossir um pouco.
—É melhor eu sair.
—Você já viu tudo isso várias vezes P'Off. —O comentário descuidado e divertido fez Off engolir em seco, mas realmente desviou o olhar para o outro lado.
Afinal ele não conseguiria se conter, se continuasse o olhando.
O rapaz vestiu a camisa branca, o colete vermelho e a calça vermelha em segundos, colocando o paletó sobre os ombros e ignorando a gravata.
Cutucou o ombro do maior para que ele avaliasse o resultado final.
Jumpol quase parou de respirar ao ver o quão bonito Gun Atthaphan era vestindo absolutamente tudo.
—Está ótimo, então... Vamos ao meu escritório sim? —Puxou o menor pela mão, ainda tentando se convencer de que aquela era a escolha certa.
Off estava com medo e com razão. As palavras do pai de Gun pareciam gritar em sua mente, tanto que ele teve uma conversa séria com Nong Pim no tempo que levou fora do quarto.
—Lembre-se do que você não pode dizer ao seu irmão. —Off murmurou ao telefone, a voz suave do outro lado riu baixinho. —Nós estamos juntos nisso, se Gun...
—Eu sei o que devo dizer ao P'Gun, fique tranquilo P'Off.
—Pim! Tome cuidado. —Off implorou mais uma vez, ele estava tão assustado quanto nunca esteve antes. Mas a menina do outro lado da linha apenas riu novamente.
Assim então, Off abriu o seu escritório, que ficava relativamente próximo ao quarto de Gun e deu passagem para que ele entrasse.
Jumpol viu a primeira mão, a mudança do semblante do homem que estava entregue a ele no outro cômodo, para o mafioso que entrava no seu escritório.
—O telefone está ali, ela já está na linha. —Ele apontou para a mesa no final da grande sala adornado por várias estantes de livros, Gun caminhou sob o carpete verde, encarando a mesa de Carvalho enorme, onde o telefone preto parecia brilhar.
O escritório não era muito iluminado, contava com duas grandes janelas, mas a quantidade de madeira escura fazia o parecer muito.
Com o escritório de seu pai.
Gun segurou o telefone cintilante na mão. Sentindo que todo o peso de chefe da família voltou a suas costas instantaneamente.
E assim, apoiando uma mão na mesa o colocou na orelha, murmurando baixinho.
—Alô?
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Vendetta • OffGun
FanficO ano é 1960 estamos em Chicago EUA, Off Jumpol e Gun Atthaphan são de famílias rivais da Ásia que vieram para a América, se juntar a Cosa Nostra. A guerra das noites na grande Chicago, deixa o herdeiro da família Atthaphan a mercê do homem que que...