Não foi minha intenção te fazer chorar. (Capítulo 11)

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A noite estava linda, as estrelas brilhavam como nunca, o céu azul, Harry amava a noite, amava o sereno, por isso ele estava na Torre de Astronomia fora do horário permitido, mas logo percebeu que não estava sozinho, ouviu passos e quando se virou viu uma silhueta mas com aquela escuridão era impossível reconhecer quem era, ficou desesperado com medo de que fosse pego, então fechou os olhos, mas assim que sentiu o toque de duas mãos cobrirem seus olhos, sorriu em alívio, ele reconhecia aquele toque.

- Você me assustou Dray. - Diz retirando as mãos de Draco.

- Você sabe que amo fazer isso. - Se senta ao lado de Harry. - Fora da cama essa hora, meu namorado ama quebrar regras não é mesmo?

- Esse é o melhor horário para estar fora da cama, e sabia que viria aqui me procurar, você me ama demais para ficar sequer uma noite sem me ver.

- Não seja convencido Hazz, não cansa de se achar demais?

- Aprendi com você. - Diz puxando Draco para seus braços, que segundos depois estavam em volta do sonserino.

- Amo o azul da noite é tão lindo.

- Comparado ao azul de seus olhos não é nada. - Draco sorriu.

- Você sabe o motivo da minha cor favorita ser verde?

- Porque é a cor da sua casa é óbvio.

- Não idiota. - Suspira se virando para   Harry. - No dia em que te conheci e olhei nos seus olhos, sabia que essa era a única cor que precisaria para sobreviver, e desejei vê-lá todos os dias.

- Não parecia isso, você foi um idiota na primeira vez em que nos conhecemos.

- Seus olhos fizeram eu me perder e agir como um idiota, mas naquele momento já sabia que ia te amar como um idiota ama.

- Eu também me perdi no seus olhos azuis, e seu cabelo de gel.

- Ei! Não fale do meu cabelo.

Harry riu.

- Eu te amo Dray..

- Eu te amo Hazz..
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Harry acordou com o coração disparado, não sabia como reagir.

"Harry que porra de sonho foi esse?"
"Eu estou ficando louco."

Mas quando voltou a raciocinar, percebeu que a cama de Malfoy estava vazia e se perguntou mentalmente o que o mesmo estaria fazendo, não que ele se importava, afinal, não passavam de inimigos.
-
Tudo era tão escuro, sem vida, Draco tinha dificuldade de respirar, ele tinha medo, mas não havia escolha, enquanto estava a caminho de Voldemort, todos os momentos que havia passado com Harry nesse último mês percorriam na sua mente. Ele não descobriu nada sobre Harry nem sequer uma informação, ele estava ocupado demais se divertindo que se esqueceu, se esqueceu que Harry era seu inimigo, e que nunca seriam mais que isso. Antes das grandes portas com detalhes de sua casa se abrirem, respirou fundo, ele teria que encarar isso.

- Draco. - Diz com aquele sorriso de sempre.

- Mi Lorde. - Faz reverência.

- Estava agora conversando com Snape sobre você, sabe Draco, você tem muito potencial, se encaixa perfeitamente nas trevas. Enfim, o que descobriu sobre Potter?

- Sinto muito Mi Lorde, eles ainda não confiam em mim, não tiveram nenhum deslize ainda. Mas eu me aproximei de Potter, estou começando a ganhar sua confiança.

Tom suspirou.

- Sabe Draco, eu odeio quando meus planos não se realizam como eu planejei, Isso me aborrece muito. Esperava que traria alguma informação para mim, por mais inútil que fosse, estou desapontado. - Encara Draco com aqueles olhos amaldiçoados.

Draco sentiu seu coração fraquejar, mas imediatamente respirou fundo.

- Sinto muito Mi Lorde. - Reverência novamente. - Peço que me dê mais tempo, para assim consquistar total confiança em Potter.. Assim como Pedro.

- Com todo respeito Mi Lorde, mas Draco tem razão, Potter é uma pessoa muito desconfiada, não teria nenhum deslize em um mês. Peço que considere dar mais tempo a ele. - Diz Snape.

Tom fecha os olhos por um breve momento.

- Você está certo Severus, ele terá que ganhar a confiança de Potter assim como Pettigrew. Você terá 6 meses, para conquistar a confiança de Potter.

- Obrigado Mi Lorde.

- Quando o tempo se esgotar você se tornará um comensal. - Sorri.

Draco sentiu como se sua alma tivesse deixado seu corpo em segundos.

- Sim Mi Lorde.
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No fim da tarde Draco chegou a Toca, ignorou o olhar de todos e subiu para seu quarto.

- Draco onde estava? - Harry o perguntou, droga, teria que arranjar uma desculpa.

- Pansy conseguiu com que eu visitasse meus pais. - Diz tirando sua gravata.

Ambos ficaram em silêncio por alguns segundos.

- Você foi ao encontro dele, não é?

- Ele quem? - Draco estava perdendo a paciência.

- Voldemort. - Draco sentiu um arrepio percorrer seu corpo, droga.

- Harry já disse que fui ver meus pais.

- Mentira! Porque você não consegue ser sincero sequer uma vez? É tão difícil admitir seus erros?

Draco se levantou brutalmente.

- Porra Potter, já te disse que fui visitar meus pais, diferente de você eu os tenho! - Draco percebeu no mesmo minuto a burrada que ele havia feito.

Harry sentiu uma dor em seu peito, mas por que? Ele não esperava nada vindo de Draco... Não é?

Harry foi em direção a Draco e depositou um soco em seus rosto, que foi tão forte que o fez cair.

- Eu te avisei, que a próxima vez que mencionasse o nome de meus pais, eu te mataria. - Diz subindo em cima do mesmo e o socando outras vezes. Draco se debatia e tentava tirar Harry de cima de si, mas a tentativa era falha. Quando aquele raiva que Harry tinha dentro de si saia, nada impedia ele. O gosto metálico de sangue fez com que Draco se sentisse enjoado. - Você é um bosta Draco, fala o que bem entende para os outros mas não passa de um garotinho assustado em busca da aprovação paterna. - Draco provou do próprio veneno.

- Posso até buscar a aprovação dele, mas pelo menos ele não está morto.

De repente Harry ficou imóvel e baixou sua cabeça, segundos depois Draco sentiu lágrimas em molharem sua camisa. As orbes que ele mais amava, agora estavam cobertas por lágrimas, por consequência de suas palavras bobas. Ele se sentiu péssimo, ele sempre descontava sua raiva nos outros, ele odiava isso, mas era algo que não conseguia controlar. Ele era orgulhoso demais, mas não queria magoar Harry de novo, desde criança queria sua amizade, agora que finalmente estava quase conseguindo, estragou tudo. Mas Draco decidiu deixar o orgulho de lado, por mais difícil que fosse, e então se curvou e abraçou Harry.

- Me desculpa Hazz, eu sou um idiota, eu sinto muito. - Abraçou Harry com mais força e colocou a cabeça do mesmo em seu ombro. - Me desculpa. 

Harry se sentiu terrivelmente surpreso com aquilo, mas ainda estava com raiva.. Mas mesmo com raiva não recusou o ato de carinho de Draco, afinal, nem sempre alguém fazia isso.

- Seu pedido de desculpa não vai apagar suas palavras, você é cruel, eu te odeio. - Diz e se levanta, indo ao banheiro.

"É melhor me odiar Hazz, assim vai doer menos quando for embora."

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Espero que tenham gostado do capítulo.
Beijos💋💋 amo vocês.

Votem e comentem.

Obs: logo eles voltarão para Hogwarts.

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𝙜𝙪𝙞𝙡𝙩𝙮 𝙤𝙧 𝙞𝙣𝙣𝙤𝙘𝙚𝙣𝙩- 𝘿𝙧𝙖𝙧𝙧𝙮Onde histórias criam vida. Descubra agora