CAPÍTULO 36

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CURTA ☆


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BOA LEITURA💫🥰



 — Ei, Emma.— Hanna me da um sorriso.

— Oi. — Falo tensa.

— Quer almoçar onde?

— Não conheço muitos lugares ainda...

— Eu sei de um lugar,  acho que gostará muito. — Ela sorri. — A comida é otima.

— Perfeito. — Falo.

Nós caminhamos lado a lado, em silêncio.  Atravessamos a rua. Cinco minutos depois, Hanna para perto de um restaurante coberto pela cor  azul turquesa e  madeira rustica. Ele era bem chamativo e bonito.  Os vidros do mesmo, eram em tons claros e sem nenhuma sujeira sequer.

— É aqui. — Ela diz animada. — Vamos,  estou faminta.

Nós entramos. Sentamos na mesa dos fundos. Ela tinha visão para uma enorme janela, mostrando um lindo jardim florido e um chafariz de anjo.

— Aqui é bem bonito. — Falo admirada. 

—Eu sei.

— Como conheceu aqui?

— Vinha almoçar aqui com meus pais quando era mais nova.

— E não vem mais?— Pergunto curiosa.

— Raramente. —Ela diz pensativa.

— Ah. 

Foi q única coisa que  consegui dizer. Não entendia essa geração de pais que quase não tinham tempo para seus filhos. Só sabiam pensar em trabalhar, deixando de aproveitar suas famílias, deixando de aproveitar tempos que jamais voltariam novamente. 

Um homem se aproxima e nos entrega um cardápio.  Eu observo bem cada prato e acompanhamento. Hanna pede peixe assado com purê gourmet. Parecia delicioso,  então faço o mesmo pedido.

Nosso pedido demora dez minutos para serem feitos. Logo, o homem retorna com eles. Comemos em silêncio. Apenas saboreando aquele delicioso prato. Leve e muito apetitoso.

Termino primeiro, espero Hanna terminar também.  Ela pede uma sobremesa, dizia que eu iria me apaixonar na primeira mordida.  Eu estava me sentindo menos tensa e mais confortável para conversar com ela agora. O local, a comida estavam me ajudando, trazendo conforto e calmaria.

—Hanna, você está bem? Está feliz?— Pergunto a pegando de surpresa.

— Eu estou bem. Também estou feliz. — Ela levanta uma sobrancelha,  curiosa. — E você?

— Estou angústiada. — Falo baixo.

— Por que Emma?

— Porque tenho que te contar algo e isso pode te machucar. — Olho triste para ela. — Hanna, o que eu menos quero é machucar você. 

— O que foi, Emma? — Ela me olha preocupada. 

— Eu estou ficando com o Nathanael. Não sei como me envolvi nisso ao certo, mas não sei sair disso também.  — Olho para minhas mãos trémulas. — Eu não queria que soubesse disso pelas pessoas, por isso te chamei aqui. Eu não quero esconder as coisas de você e também não quero que me ache uma péssima amiga.

— Vocês estão juntos desde quando? — Ela pergunta séria. 

— Desde o jogo verdade ou desafio que tivemos na festa.— Olho para ela. 

Hanna, fica em silêncio. Ela analisava tudo o que eu acabara de dizer a ela. Ficamos em silêncio.  Logo o Garçom trás nossa sobremesa. Bolo, sorvete e chantili. 

— Obrigada. — Agradeço ao mesmo por nós duas.

Ele sorri e sai. O silêncio paira novamente.  Hanna estava distante.  Daria tudo para saber o que ela pensava naquele momento. Se ela me odiaria por toda aquela situação. 

— Eu já suspeitava. — Ela fala depois de longos segundos, chamando minha atenção. — Nathanael olhava de uma forma para você, como nunca havia olhado para outras meninas. Eu podia sentir isso, só preferi fingir que não. 

— Eu não queria magoar você,  Hanna. — Falo baixo.

— Eu sei. Você poderia continuar me escondendo,  mas estamos aqui, conversando sobre isso agora. 

— Sim. Não estava conseguindo ficar em paz, escondendo isso de você. 

— Me diz uma coisa, Emma... — Ela me olha séria. 

— O que? —Pergunto curiosa. 

— Uma vez, você me disse que ele não era bom para mim. —Hanna me analisa, antes de falar. —Você acha que ele é bom para você?

—Eu não sei... — Fico pensativa. —Eu realmente não sei, Hanna. Falar é fácil,  mas quando vivemos é algo muito relativo. 

— Ele ao menos te faz feliz? Te respeita?

— Sim. — Falo baixo.

— Então tudo bem. — Ela sorri. — Só não quero que ele a machuque. Você é uma menina incrível demais para ele. 

— De verdade? — Pergunto surpresa. 

— Sim, Emma. — Ela me olha.  — Não vou te odiar por isso. Não vou desfazer nossa amizade por causa de um menino. Eu não tinha caches,  me iludi sozinha e está tudo bem. — Ela sorri timidamente.  — Se tudo isso não tivesse acontecido,  não teria chances de conhecer o Victor.

— Ele te faz feliz?

— Muito. — Ela sorri. — Estou muito bem ao lado dele.

— Eu fico muito feliz por isso,  Hanna.

— Agora, você precisa provar essa sobremesa.  Ela é maravilhosa.  —Hanna me dá um sorriso, eu o retribuo.

Alguns minutos depois, nós terminamos.  Conversamos mais um pouco, ao terminar nos levantamos para acertar as contas. Depois de insistir muito, Hanna me deixa pagar a conta dela também.  

Nós saimos do restaurante.  Hanna, caminha comigo até o metrô. 🚇 Nós ficamos juntas, até a hora deu ter que ir embora. 

— Emma? — Hanna chama minha atenção. 

— Oi? — Pergunto curiosa. 

—Muito obrigada por ser honesta comigo.

Dou um sorriso para ela e a abraço antes de entrar no vagão. Respiro mais aliviada. Logo, estavamos em movimento.  Dou tchau com a mão para Hanna, que retribui. Me sento e coloco meus fones de ouvido, olhando para a a paisagem ao meu redor. 


A ALUNA NOVA ㅤ- ㅤ1° LIVROOnde histórias criam vida. Descubra agora