A Dona - Supercorp

Capítulo 26

P.O.V LENA LUTHOR

Na semana seguinte, ainda estávamos desempacotando as caixas do meu antigo apartamento quando Kara apareceu atrás de mim. Ainda me dava calafrios na espinha toda vez que ela arrastava os lábios ao longo da curva do meu pescoço. 

— Vem morar comigo? 

Ela perguntou simples. 

— O que? Sério? 

Eu me virei para encará-la. 

— Estamos juntas o tempo todo de qualquer maneira. Na cama uma da outra. Por que não tornar oficial? 

Eu parei o que estava fazendo. Claro, eu queria que nosso relacionamento continuasse, mas não queria deixar o Rancho. 

— Oh... uh. Eu não sei... 

— Quer dizer, só pensei... Esqueça. 

— Eu... não quero deixar este lugar, é tudo o que me resta do meu pai. 

— Não, está bem. Foi uma ideia estúpida. 

Ela se ajoelhou e continuou a desempacotar. Me ajoelhei ao seu lado, colocando meus braços em volta de seus ombros, abraçando-a por trás. 

— Oooou, você poderia se mudar para cá? 

Por muito tempo, ela não disse nada. Eu estava pedindo a ela para deixar a casa de sua família. 

— Então você não está me dizendo não. Você só quer ficar aqui e não na minha casa ? 

Eu a apertei com mais força. 

— Eu me sinto mais perto do meu pai aqui. Não estou te dizendo não. 

— Então, se eu me mudar para cá... 

— Esta será a nossa casa. Sua e minha. 

— Vem aqui. 

Ela se sentou e me puxou para seu colo. 

— Eu adoraria morar aqui com você. 

***

Duas semanas depois, Nia e eu estávamos no meu carro a caminho de Smallvile. Kara e eu estávamos oficialmente morando juntos no Rancho, e Brainy praticamente morava na casa da fazenda com Nia. Apesar de passarem quase todas as noites na mesma cama, os dois ainda não tinham feito nada debaixo das roupas ou abaixo da cintura. 

— Então... Você tem que engolir ? 

Foi a primeira pergunta de Nia em nossa viagem de três horas. 

— Não, você não precisa fazer nada que não queira. Mas vocês devem conversar sobre seus limites e deixarem o outro saber com o que vocês se sentem confortáveis. Antes e durante. O que você gosta e o que não é bom. 

— Isso é tão embaraçoso.

Ela cobriu o rosto com as mãos. 

— Me desculpe, eu sou tão inexperiente. Devo parecer uma idiota. 

— Ei, nunca se desculpe por isso, eu fiz um boquete pela primeira vez durante um jogo de verdade ou desafio no colégio no porão do meu amigo. 

— Quantos anos você tinha quando fez sexo pela primeira vez? 

— Dezesseis. Com um babaca quando estávamos os dois bêbados, em uma festa. Não teve nada de especial nisso. Eu gostaria de ter esperado por alguém que eu amava.

— Então você não acha que estou sendo ingênua ao esperar? 

— De jeito nenhum. Inteligente, isso sim. Você é muito mais sábia do que imagina.